CAPÍTULO 6

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P.O.V  VICTORIA

Se passaram alguns dias desde o meu último encontro desagradável com Heitor Avelar, só que é como se ele estivesse presente ao meu lado vinte e quatro horas por dia, porque quase não há outra coisa em minha cabeça se não ele. O cheiro, a presença, a voz...seus olhos e o corpo mais atraente que já vi em um homem.

É impressionante e vergonhosa minha capacidade de estar fissurada em um cara que só sabe me humilhar. Acho que não aprendi nada em meu último relacionamento e eu como Victoria Barone vim a este mundo para fazer papel de idiota. Nem mesmo Augusto em dez anos de relacionamento tomou conta da minha mente e do meu corpo dessa forma que Heitor anda fazendo sem estar perto ou ao menos me tocar.

Por isso cá estou eu, em uma noite de quinta vindo de tiracolo com Marcos ao bar mais superfaturado da cidade. Ele em prol de um encontro e eu, de encher a cara e poder voltar segura e acompanhada para casa, consequentemente por ele me levar, vai estar fugindo do sexo no primeiro encontro. O que ele faria sem problema algum se não houvesse uma barreira, que hoje, serei eu.

— Boa sorte. - digo empurrando as costas de Marcos para a direção de uma das mesas no fundo do bar. — Eu vou encher a cara ali no balcão. - aviso.

— Fica boazinha aí que eu volto pra te buscar... Posso demorar, mas eu volto. - avisa com um sorriso sapeca no rosto, ao seguir para o fundo onde o seu acompanhante o espera.

Rio, balançando a cabeça e quando me viro para caminhar na direção do balcão do bar, o vejo ali e engulo em seco, começando a fazer o caminho mais devagar.

Para o meu azar o barmen está de frente para o banco de Heitor no balcão, então tenho que me aproximar dele.

— Boa noite...- cumprimento o barmen tentando sorrir.

— Boa noite... o que deseja? - pergunta simpático.

— Uma dose tripla de tequila, por favor. - peço e ele sorri, assentindo ao se afastar. Me mantenho olhando para frente e tentando  ignorar que ele está bem ao meu lado, entretanto, seu cheiro másculo e sua presença imponente não me deixam ter muito sucesso na missão.

É impossível fingir que ele não existe, mesmo quando ele não está perto.

— Cansou dos atendentes das cafeterias e agora quer os números dos barmans? - Questiona com a voz grossa de forma ácida, olhando diretamente para frente enquanto bebe seu whisky.

— Não. - respondo seca.

Começou...

— Meio tarde para beber, não acha? Pode ser perigoso.

É, senhor Avelar...quem é o intrometido agora?

— Não é perigoso, eu estou segura aqui. - respondo também olhando para frente quando minha bebida é servida, e eu agradeço ao barmen.

MEU SENHOR: OS AVELAR LIVRO IOnde histórias criam vida. Descubra agora