CAPÍTULO 8

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P.O.V VICTÓRIA

Sicília, Itália

00:37AM

Horas se passam como se fossem minutos, as curtas conversas regadas a álcool funcionando como pausas entre os beijos e amassos ferozes que Heitor avança sobre mim. A cada volta de intervalo acabo chegando mais perto, e noto no quão difícil tem sido me manter virgem nas últimas horas, cheguei até mesmo me questionar se é o que quero, se realmente vale a pena resistir a ele.

Dez anos de namoro não foram tão difíceis quanto dez minutos nas mãos de Heitor.

Encaixo minha cintura no balcão do bar enquanto o encaro do outro lado da sala, alguns metros a frente com minha visão meio turva pelo álcool.

- Meu whisky é ruim, mas o Senhor quase esvaziou a garrafa. - uma risada exagerada sai de mim quando minha cabeça tomba para trás e vai perdendo a força aos poucos, não conseguindo sustentar bem o corpo depois de tantas doses, enquanto ele...ele parece perfeitamente bem, não imune ao álcool, mas estável.

- Whisky é que nem sexo, mesmo que seja ruim, é bom... - Dá de ombros com um sorriso de lado no rosto relaxado.

Meu sorriso se desfaz no rosto em um milésimo de segundo.

- Que indelicado dizer isso a uma dama...- desdenho querendo rir pelo nervosismo mas ao mesmo tempo sentindo uma pontada de incômodo com seu pensamento.

Prefiro não imaginar com quantas mulheres ele se deita e constata que mesmo não sendo algo extraordinário vale a pena, apenas pelo ato do sexo. E agora está aqui...tentando o mesmo comigo achando estar correndo o mesmo risco, de que o sexo com a mulher o qual tento desejou acabou por ser superestimando. Ali ele se entregaria a frustração, já satisfeito por realizar o desejo e seguiria em frente, como deve ter feito com tantas. Eu seria apenas mais uma.

Um nó se faz em minha garganta e outro se aperta com o triplo de força e complexidade em meu estômago.

- Me desculpe, Senhorita Barone... Mas você não é bem uma dama.

Reviro os olhos balançando a cabeça lentamente com um sorriso chateado ameaçando se formar em meus lábios. Acho que estamos caindo na estaca zero novamente...como eu imaginei que seria, como eu tinha quase certeza que seria, entretanto, existia uma parte pequena e esperançosa no fundo de mim, parte pequena e esperançosa que se reduz a pó.

- Tudo bem...na sua percepção posso até não ser, só não entendo sua comparação porque não me sujeito a sexo ruim. - meu tom é passivo e simplista mesmo que minha fala seja afiada.

Na verdade eu não me sujeito a sexo nenhum, só que eu não direi isso a ele.

-Ah... - Acaba rindo, não como nas outras vezes que o vi rir hoje, o som não é alegre e sim dispara desgosto pelo ar. - E depois me repreende por não te trata como uma dama. Você não quer ser tratada como uma.

MEU SENHOR: OS AVELAR LIVRO IOnde histórias criam vida. Descubra agora