"Porque não é mais a gravidade que te segura na terra, é ela!"
Onde Mallory Uley Swan se vê entre vampiros e lobisomens graças a sua meia irmã Bella Swan que se apaixonou por um vampiro.
Obs: Não é um romance doce.
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Ｂｅｌｌａ Ｓｗａｎ
Na península Olympia, do noroeste do estado de Washington, há uma cidadezinha chamada Forks, quase constantemente debaixo de uma camada de nuvens de chuva.
Chove mais nessa cidade insignificante do que em qualquer outro lugar dos Estados Unidos. Foi desse lugar e de suas sombras melancólicas e onipresentes que minha mãe fugiu comigo quando eu tinha apenas cinco anos de idade.
A única pessoa que não deixava as coisas tão entediantes pra mim, era minha irmã por parte de pai. Mallory. Mas a gente começou a se afastar quando ela começou a se aproximar do irmão dela, então eu parei de ir. Nos últimos três anos, meu pai, Charlie, passou duas semanas de férias comigo na Califórnia, sem ela, ja que o irmão dela dava uma desculpa diferente pra garota nunca sair da cidade. Não sei que medo era esse... Será que ele pensava que ela não iria mais querer voltar pra Forks? Que também se apaixonaria pelo clima agradável, sem chuvas diárias?
Era em Forks que agora eu me exilava, uma atitude que assumi com muito pavor. Eu detestava Forks. Eu adorava Phoenix. Adorava o sol e o calor intenso.
— Bella — disse minha mãe, pela centésima vez, antes de eu entrar no avião —, você não precisa fazer isso.
Minha mãe é parecida comigo, a não ser pelo cabelo curto e as rugas de expressão. Senti um espasmo de pânico ao fitar seus olhos arregalados e infantis. Como eu podia deixar que minha mãe amorosa, instável e cabeça de vento se virasse sozinha? É claro que ela agora tinha o Phil, então as contas provavelmente seriam pagas, haveria comida na geladeira, gasolina no carro e alguém para chamar quando ela se perdesse, mas mesmo assim...
— Eu quero ir — menti. Sempre menti mal, mas ultimamente ando contando essa mentira com tanta frequência que agora parecia quase convincente.
— Diga ao Charlie e a Mallory que mandei lembranças.
— Vou dizer.
— Verei você em breve — insistiu ela. — Pode vir para casa quando quiser... Eu volto assim que você precisar de mim.
— Não se preocupe comigo — insisti. — Vai ser ótimo. Eu te amo, mãe.
Ela me abraçou com força por um minuto e depois entrei no avião, e ela se foi.
De Phoenix a Seattle são quatro horas de voo, outra hora em um pequeno avião até Port Angeles, depois uma hora de carro até Forks. Voar não me incomodava; a hora no carro com Charlie e talvez Mallory, porém, era meio preocupante.
Charlie foi realmente gentil com tudo aquilo. Parecia realmente satisfeito que eu, pela primeira vez, fosse morar com ele por um período mais longo. Já me matriculou na escola e ia me ajudar a comprar um carro.
