Intocável

Capítulo 31: Uma Noite Diferente

Hope colocou a bebida na boca, hesitou, e em um piscar de olhos, cuspiu tudo fora, fazendo uma careta.

— Isso é muito forte! — reclamou Hope, enquanto todos caíam na risada.

Yumi gargalhou ao lado dele, apoiando-se no braço de Jin para não cair de tanto rir. Os meninos também não conseguiram segurar o riso, e logo a mesa inteira estava em uma crise de gargalhadas.

— Eu avisei que você não ia gostar, Hope! — Jimin brincou, limpando as lágrimas de tanto rir.

— É, nunca mais! — Hope respondeu, ainda fazendo careta enquanto segurava um copo d'água.

Aquela cena só fez a noite ficar mais leve e divertida, com todos à vontade. Mesmo após algumas rodadas de bebida, o clima era tranquilo, descontraído, com piadas e risadas ecoando no ambiente.

Como era sexta-feira, todos estavam mais relaxados. Eu sabia que Jungkook teria o dia seguinte livre, o que me deixava ainda mais animada para o que estava por vir. Quando ele se inclinou para mim e sussurrou:

— Quer dormir lá em casa hoje? Eu adoraria passar mais tempo com você — meu coração acelerou.

— Claro, eu adoraria — respondi, sentindo um misto de excitação e nervosismo. Era impossível não me perguntar se algo mais aconteceria entre nós naquela noite.

Yumi, que estava totalmente à vontade, decidiu que iria para casa com o irmão do Jungkook, Todos concordaram em se despedir cedo, já que o cansaço estava começando a bater e o álcool já tinha feito o efeito necessário.

Nos despedimos de todos, com abraços e promessas de mais momentos como aquele. Yumi foi para casa com o irmão do jk, e o restante dos meninos também foram embora aos poucos, cada um seguindo seu caminho.

Quando finalmente chegamos ao apartamento de Jungkook, meu coração batia mais rápido a cada passo. Eu tinha estado lá antes, mas dessa vez parecia diferente. Havia uma tensão no ar, uma expectativa. Dentro de mim, um frio na barriga crescia, e eu não conseguia parar de pensar: Será que hoje vai acontecer?

Assim que entramos, Jungkook fechou a porta e, com um sorriso suave, se aproximou de mim.

— Fique à vontade, Hari. É sempre bom ter você aqui — ele disse, com a voz calma e reconfortante.

Mas, por mais que eu tentasse me acalmar, meus pensamentos estavam a mil. Eu sabia que, no fundo, estava pronta para aquele momento. Já tinha estado com outros caras antes, mas com Jungkook tudo parecia diferente. Havia algo mais profundo, algo mais intenso. Isso mexia comigo de uma forma que eu não esperava.

Nós nos sentamos no sofá, mas minha mente continuava acelerada. Jungkook percebeu meu nervosismo e, com sua doçura habitual, me puxou para mais perto, me envolvendo em seus braços.

— Está tudo bem, Hari — ele sussurrou em meu ouvido, sua voz baixa e gentil. — Não precisamos fazer nada que você não queira.

Eu respirei fundo, sentindo o calor do corpo dele contra o meu. Eu quero, pensei. Mas ao mesmo tempo, meu corpo parecia dar sinais de nervosismo, como se não estivesse pronto. Era estranho. Eu sabia que queria estar com ele, mas aquela sensação de que algo tão especial estava para acontecer me deixava ansiosa.

Olhei para ele, seus olhos escuros me encarando com tanta ternura, e me senti segura.

— Desculpa, Jungkook. Eu estou meio nervosa — confessei, mordendo levemente o lábio.

Ele sorriu, aquele sorriso suave que sempre me acalmava.

— Não precisa se desculpar. Podemos apenas ficar aqui, assim... — Ele apertou um pouco mais seu abraço, como se quisesse me proteger do mundo.

Fiquei em silêncio por alguns minutos, deixando minha cabeça descansar em seu peito. Aos poucos, o nervosismo foi diminuindo, e eu comecei a me sentir mais à vontade. Talvez não fosse sobre estar pronta ou não. Talvez fosse sobre o fato de que, com Jungkook, tudo acontecia naturalmente, no tempo certo.

Ele acariciava meu cabelo de leve, seu toque suave como uma brisa. O silêncio entre nós era confortável, e percebi que, naquela noite, não precisava ser mais do que isso.

Finalmente, olhei para ele e sorri.

— Eu só quero ficar aqui com você — disse, deitando minha cabeça no ombro dele.

Ele sorriu de volta, me beijando suavemente na testa.

— Eu também — respondeu, com a voz suave e cheia de carinho.

Naquela noite, não precisava ser nada além do que já era: nós dois, juntos, compartilhando aquele momento, sem pressa, sem pressão. E isso, por si só, já era perf