Seis

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006| Cheryol.

Junho

Busan , 2019.

" Já estive em poços mais fundos. Mas não estou conseguindo suportar como antes". - Mukowski.

O meu corpo e mente pediam rendição , para tantas  lágrimas derramadas. Tenho chorado do mesmo jeito exatamente todos os dias , minha humilde vida sem funcionalidade só dá mais vontade de não existir.

" Quantas as prostações para um ser humano tão deprimido ".

Apesar de ter passado cinco anos da partida inusitada da Zuki  minha melhor amiga , ainda fazia muito falta , nossas vidas eram uma só , mesmo morando sobre tetos diferentes  , fazíamos tudo juntas, isso era apenas um gatilho para tudo que estava acontecendo internamente comigo.

O meu quarto tem se tornado minha casa fixa , e a única pessoa que tinha frequência diária nele era meu irmão mais velho que também estava na mesma situação , ele a amava em silêncio e não podia demonstrar por suas diferenças de idades e sua ida criou uma certa revolta nele.

Zuki era todos sinônimos que definiam uma pessoa grossa , sem nenhum descomedimento , sua sinceridade ultrapassava qualquer limite, amava a forma como exprimia isso em papéis e não em pessoas, isso a tornava diferente.

Espero que um dia a gente se esbarre e contemos uma para outra o que conseguimos dos nossos sonhos.

" Ela era única que me abraçava em dias nublados".

" CHERYOL "

" CHERYOL "

" CHERYOL "

" CHERYOL "

E bem lá no fundo da única consciência que ainda me restava , ouvia alguém gritar meu nome verdadeiro em meio a toda fumaça do cigarro barato que estava fumando. Quase não respondia por " Cheryol " já que o apelido criado por Zuki era muito mais criativo.

" CHERYOL "!!!!!!!

Meu irmão inclinou-se seu corpo colocando seu rosto sobre o meu que estava de cabeça para baixo na cama , dei algumas tragadas.

— Quer me responder , — aparentemente já estava muito estressado por não está conseguindo assimilar nada pelo meu nível de droga no corpo. — Eu não vou falar novamente! — exclamou , levantei com a cabeça corrupiando.

— Que ??? — apaguei o cigarro e esperei com que falasse.

— Tem certeza que não quer ir passar o final de semana na casas dos nossos avós ? Você está precisando, e nossos pais não querem deixar você aqui sozinha.

— Não, não quero ir , e já tenho dezoito anos! — exclamei convicta.

— Ok... espero que se ajude a mudar , ninguém aguenta mais essa sua situação. Supera essa partida da Zuki , ou procura algo para fazer da vida de uma só vez. — retirou-se do quarto batendo à porta.

Não sentia vontade de fazer nada a não ser ficar deitada  , esgotada e sem vontade de viver, como se algo estivesse corroendo o meu cérebro exatamente todos os dias da semana.Cair sobre minha cama novamente apagando.

O barulho da chuva forte chiava em meus ouvidos, fazendo-me com que acordasse num escuro calmoso  dando por conta de novamente ter  dormido o dia inteiro, andei até o banheiro , tomando um banho  já que havia alguns dias que não sabia o que era isso, meu pé da barriga doía e sentia fortes dores de cabeça e uma tontura que já fazia aniversário.

Com amor: Zuki ( Park Ji-min )Onde histórias criam vida. Descubra agora