29. You'll Be My Death III

585 62 7
                                    

Não Revisado

A luz da lua ilumina o quarto no breu da noite quente, mesmo sendo outono. Talvez não seja a temperatura, já que do lado de fora o vento assobia e carrega as folhas das árvores, as carregando pela encosta, decorando as trilhas que descem ao mar. Mas dentro, os fios negros, levemente ondulados pelo suor, contrastam com os lençóis brancos e enfadonhos que compõem o cenário elegante, ao lado, na cabeceira, há uma garrafa de sidra esquecida, junto as taças meio cheias manchadas de batom e os pratos praticamente intocados. Os dedos de Miranda vagueiam da têmpora, onde deixa um beijo delicado, pelo comprimento do cabelo longo, emaranhando os dedos dentre as madeixas grossas antes de se inclinar para juntar seus lábios mais uma vez. É delicado, gentil, um pouco cansado, completamente amoroso. As respirações suaves preenchem o silêncio confortável, mãos vagueiam por toda a extensão da pele sedosa, explorando cada pequeno canto que pode dar prazer uma à outra, as línguas se enrolam em movimentos despreocupados e até mesmo desleixados. Andrea aperta os dedos dos pés e estremece ao sentir o tecido da calcinha escorregar pelo quadril, tão sutil e carinhosamente que mal poderia notar se não estivesse em alerta a cada toque.

As unhas bem feitas cravam na sua coxa, arrastando-se, fazer da cor leitosa de repente rosada, desenhando marcas vermelhas que alcançam a panturrilha e pousam ali, lhe acariciando. Isso faz Andy gemer surpresa, como se fosse algo quase indecente de tão íntimo que é, além de, é claro, estar acostumada com a delicadeza habitual, não com este lado, qual sempre fantasiou antes, da ex chefe. Talvez seja por isso que tudo com a mulher parece tão mágico, é eloquentemente intimista e de pura adoração que poderia lhe fazer chorar, sentir alguém lhe amar emocionalmente e carnalmente neste nível é demais para lidar. Ela não cansa de beijar a mais velha, o ar não se faz mais necessário quando se tem ela nos braços, febril de paixão e murmurando coisas que mal entende enquanto mordisca o lóbulo da orelha. Poderia desmaiar ali mesmo e não se importaria se acordasse sob o corpo DELA.

- Andrea, você tem certeza? – a editora pergunta pela décima vez, ainda insegura, apesar de ter a jovem praticamente implorando por isso embaixo dela – Eu não quero te machucar.

- Por favor! – ela sussurra, esfregando as coxas uma na outra em busca de algum alívio – Eu quero, muito, agora... Eu. Preciso. De. Você.

As palavras ditas com tanta confiança e carência fazem Miranda ofegar, a excitação correndo por todo o corpo, deixando sua cabeça em branco, concentrada em apenas uma coisa, em uma pessoa, na missão de dar prazer a sua noiva e lhe dar uma noite de amor inesquecível. Ela abre um sorriso presunçoso e desce os lábios pelo pescoço alvo, depositando beijos demorados, entre chupões antigos e novos, marcas de paixão que apenas provam todo o desejo que tem por ela. Seus dedos se movem da panturrilha pelas coxas e alcançam, arrastando-se provocativamente, a intimidade úmida, ansiosa e necessitada do toque dela. É a única que consegue, orgulhosamente, deixá-la em tal estado, uma bagunça total.

- Mira...

- Tudo bem, querida. – Priestly provoca mordiscando entre o pescoço e clavícula – Estou quase lá.

Ela leva o polegar até o clitóris necessitado, começando com carícias suaves em movimentos circulares, experimentando um ritmo suave e torturante que faz a morena gemer sem nem perceber, entre prazer e frustração, quadris se movendo contra ela em busca de atrito. É o suficiente para fazê-la pressionar com mais força, a esfregar com rapidez e precisão, o que faz com que Andy feche as pernas instintivamente, mas é impedida pela mão livre que a empurra até que esteja totalmente aberta e exposta. À mercê.

- Tão linda... – ela murmura descendo os beijos pela clavícula e entre os seios, onde lambe antes de se levantar, ficando de joelhos, sem parar com os movimentos que apenas aceleram, incentivados pelos barulhos divinos – E devassa.

Loving and Protecting - MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora