05 - Home... or...

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Não revisado

Os olhos da garotinha são curiosos e impacientes encarando o teto branco do quarto de hospital enquanto espera a atenção integral da mãe, no dia seguinte completa uma semana de vida mas já é tão inteligente e ativa quanto um bebê de algumas semanas. Depois de minutos esperando que alguém lhe pegue no colo, como Miranda sempre faz, Caitlyn estranha a falta de contato fisico e atenção, preparando os pulmões para descontar a frustração em forma de choro. Antes que pudesse fazer isso, reconheceu os fios de cabelo castanho escuro em cima do berço e o sorriso doce de Andrea direcionado a ela, isso imediatamente a acalmou. Andy se sentiu culpada, querendo pegar a filha nos braços e embala-la, porém não há tempo para isso, pelas suas contas há cerca de meia hora antes que Miranda ou Nigel apareçam no hospital, ela é agradecida por tudo o que fizeram por Cait e ela e não quer dar mais trabalho a eles, se sentiu como uma criança tendo que ficar presa no hospital por quase uma semana inteira, não quis nem imaginar a extensão das contas médicas. Fazer um parto emergencial e manter um bebê em supervisão por tanto tempo não é nada barato, principalmente quando não se tem um seguro de saúde, assim como ela não tem. A jovem suspira e coloca algumas peças de roupa dentro da bolsa que Emily lhe trouxe há alguns dias, os últimos itens guardados foram os presentes que Cait ganhou de todos os amigos e até das gêmeas, há ursinhos, roupinhas e itens básicos de bebê. Uma lágrima solitária escorre pela bochecha dela enquanto imagina a reação deles ao se depararem com sua ausência, seria doloroso mas necessário para que possa seguir a vida como planejado, em busca de independência para que possa cuidar da filha da própria maneira, não querendo ser o estorvo ou uma responsabilidade extra na vida de alguém.

- Vamos para casa, meu amorzinho. - ela sussurrou se aproximando do berço, a bebê se agitou movendo os bracinhos e a mãe poderia jurar que viu um sorriso se formar quando ela percebeu que está prestes a ser pega no colo novamente - Você é uma pequena diva que gosta de atenção, não é?! - Andrea a levanta e a deita contra os seios, a garotinha relaxa na maciez, prestes a cair no sono novamente - Agora vamos te vestir com a roupinha que titio Nigel deu, você vai sair desse hospital igual uma princesinha. Vamos voltar para casa. - e de repente Cait se agitou, parecendo entender o significado por trás do conjunto de sons, os gemidos e choramingos denunciaram o choro iminente, a morena suspirou começando a balança-la no colo lentamente - Sabe, você tem uma personalidade muito forte para alguém que nasceu de mim, eu sou muito diligente, teu... pai... ou doador de esperma era um imbecil, você não é nada disso. Deus, você é uma menininha engenhosa e tenho medo de quando começar a falar. - ela riu quando percebeu a filha se acalmar com os elogios e aproveitou a baixa de guarda para começar a vesti-la.

Caitlyn fora muito calma em todo processo e em minutos já está vestida com o vestido rosa bebê, uma meia calça quentinha, sapatilhas brancas e o mini casaco de pele, por último adicionou uma touquinha de lã com pompom no topo. Este é o momento importante qual Nigel citou e ela entendeu o porque de ser tão importante, a ideia de levar sua filhinha para casa, para longe de todo aquele ambiente médico e inatural, lhe dá uma sensação incrivel e enche o peito de alegria. Apesar de não ter muito as esperando em casa, este deveria ser o lar delas, um pequeno berço de segunda mão ao lado da cama dela onde já imagina a bebê dormindo e crescendo até se tornar uma pessoinha, sendo o presságio de um futuro melhor, rezando para conseguir lhe dar uma vida decente em breve. Andrea colocou a bolsa no ombro, enrolou a garotinha em uma manta quentinha e ouviu uns batida na porta, achou que fosse Miranda mas ficou aliviada ao reconhecer o uniforme azul da enfermeira designada ao quarto dela.

- Já está indo embora? Sua noiva não nos informou...

- Ela anda muito ocupada! Acabou esquecendo. - ela tentou se explicar rapidamente e sorriu fracamente, se sentindo culpada - Me sinto muito melhor e quero levar Cait para casa o quanto antes, Miranda é muito preocupada.

Loving and Protecting - MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora