04. Pride

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Não revisado

Caitlyn é assustadora para Miranda, é como se o dragão tivesse sido derrotado com simples olhares curiosos e sorrisos que não passavam de espasmos musculares, perto dela não havia barreiras, nem mesmo uma máscara em sua face, ela apenas existia em função daquele pequeno ser que agora descansa em seus braços. É claro que conhecia essa sensação, mas experimentou apenas com suas gêmeas antes, quando Cassidy “sorria” passava minutos a encarando esperando o próximo espasmo para lhe dar uma dose de serotonina, Caroline costumava ser a mais quietinha e observadora das duas, então sempre a pegava lhe encarando, e agora vê as duas na bebê Sachs. O fato da bebê ser uma cópia cuspida e escarrada de Andrea não ajuda nem um pouco nisso, a menina a enrolou no mindinho com uma facilidade inacreditável. O médico havia liberado mãe e filha três dias após o parto, mas Miranda insistiu que elas continuassem no hospital por mais um dia, principalmente depois do susto quando quase perderam Caitlyn, que apesar de ter parado de respirar por alguns segundos ao nascer não teve nenhuma sequela aparente, longe disso, apesar de pequena ela é serelepe e responde a maioria dos estímulos. Em parte, ela também quer passar mais tempo com ambas, aproveitar os primeiros dias da bebê e tentar conversar com Andrea.

- Oh... - a editora quase grita de emoção ao senti-la pegando seu dedo indicador e segurando com a mãozinha.

- O que aconteceu? - Andrea acordou da soneca e imediatamente se virou para ver as duas interagindo, a mais velha sentada na poltrona de canto com a bebê nos braços, uma cena doce e adorável que ela quis registrar na memória.

- Você tem uma filha muito forte, olhe como ela é esperta.

- Ela é mais forte ainda com a boca, meus seios continuam doloridos. - a jovem apertou o seio onde Caitlyn cismou em se alimentar e gemeu ao perceber que continua dolorido, sua filha é faminta e não poupa esforços para conseguir o que quer. E o ato não passa despercebido por Miranda que sente o próprio rosto corar.

- E um pouco teimosa, ela não gosta de ficar no berçário, a enfermeira teve que trazê-la até aqui pois estava inquieta e conseguiu acordar os outros bebês. – ela sussurrou e tossiu desconcertada, tentando manter a postura.

- Não acredito nisso... - Andrea gemeu, como se fosse ficar triste ou envergonhada, mas não aguentou a graça da situação e acabou rindo - Em desculpe, é só que eu já esperava isso, ela mal me deixava dormir durante a gravidez.

- Tive sorte com as gêmeas, elas eram calmas quando bebês, em compensação quando cresceram me deram todo o trabalho que não tive nos primeiros anos da maternidade. – as duas mulheres riram, sabendo muito bem como a duplinha poderia ser geniosa, Andy sabe disso melhor que ninguém – Aliás, elas pediram para te visitar, sentem tua falta e estão loucas para conhecer Cait.

- Tenho saudades delas também, era um caos divertido. Quando elas poderão vir?

- De tarde, após as aulas, quase fiquei surda com os gritos delas por telefone. – o sorriso de Andrea morreu rapidamente, percebendo que durante a quase uma semana internada no hospital a mulher não saiu do lado dela em nenhum momento e se não está com ela está cuidando da recém nascida, que parece só ter olhos para a editora, ficando agitada ou melancólica quando com uma enfermeira ou até mesmo nos braços da própria mãe. Ela simplesmente largou tudo para cuidar das duas, isso lhe aqueceu o coração, mas ao mesmo tempo a deixou preocupada – O que houve? Está com dor em algum lugar? – Miranda levantou da poltrona imediatamente com medo que ela tivesse se machucado ou que fosse alguma complicação pós parto.

- Oh não, eu estou bem, talvez um pouco cansada. – Andy sorriu fracamente e suspirou – Só não consigo parar de pensar no quão maravilhosa você está sendo para Cait e eu, tão de repente e sem querer nada em troca. Eu apenas...

Loving and Protecting - MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora