capítulo - 3

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O sol da manhã, ainda tímido atrás das montanhas que circundavam a cidade de Chuncheon, pintava o céu em tons de rosa e laranja. Um novo dia nascia sobre a escola Gangwon State, trazendo consigo a promessa de novas batalhas e desafios.

Dentro de um pequeno apartamento aconchegante, Ji-Woo se espreguiçava na cama, ainda sonolenta. Os eventos do dia anterior a assombravam em sonhos agitados. O rosto de Min-seo, pálido e assustado, a frase cruel de Hyun-Soo ecoando em seus ouvidos, a sensação de impotência diante da fúria de Jang-Haru.

Mas, junto com a lembrança da dor, vinha também a chama da determinação. Ji-Woo não era de se curvar diante da opressão. Ela havia nascido e crescido na sombra do Gangwon State, aprendendo desde cedo a lutar por seu lugar ao sol.

Ela se levantou da cama, espreguiçando-se e sentindo os músculos adormecidos protestarem. O reflexo no espelho a encarava: olhos negros e penetrantes, cabelos negros presos em um coque prático, e uma expressão firme que revelava sua força interior.

Ji-Woo se dirigiu ao banheiro, onde lavou o rosto com água fria, o choque da temperatura despertando-a completamente. Enquanto se arrumava, seus pensamentos corriam soltos. Ela precisava de um plano. Não podia enfrentar Hyun-Soo e seus capangas sozinha. Precisava de aliados, de pessoas que acreditassem na justiça e estivessem dispostas a lutar por ela.

Enquanto tomava café da manhã, Ji-Woo pensou em Min-seo. Sua amiga era gentil e leal, mas também frágil. Ji-Woo sabia que precisava protegê-la, mas também ajudá-la a encontrar sua própria força.

Depois do café da manhã, Ji-Woo se despediu de seus pais, que trabalhavam em uma pequena loja de conveniência na cidade. Eles a encaravam com orgulho e preocupação, sabendo dos desafios que ela enfrentava.

— Cuide-se, Ji-Woo — disse seu pai, apertando-lhe a mão. — E lembre-se, você não está sozinha. —

Ji-Woo assentiu, um sorriso encorajador em seus lábios. Ela sabia que seus pais a amavam e a apoiavam.

O ar fresco da manhã invadia os pulmões de Ji-Woo enquanto ela caminhava em direção à escola. A cada passo, ela se sentia mais forte, mais determinada a enfrentar seus inimigos. 

De repente, uma sombra se lançou sobre ela. Sung-hoon, o braço direito de Hyun-Soo, surgiu do nada, bloqueando seu caminho. Seus olhos frios a encaravam, um sorriso cruel se formando em seus lábios.

— Onde você pensa que vai, Ji-Woo? — perguntou ele, sua voz carregada de sarcasmo. — Não acha que deveria se entregar a nós e nos obedecer? —

Ji-Woo ergueu o queixo, encarando Sung-hoon sem medo. — Eu não me entrego para ninguém, Sung-hoon. — respondeu ela, sua voz firme. — E não vou permitir que vocês me intimidem desse jeito patético. —

Sung-hoon deu um passo à frente, seus olhos faiscando com raiva. — Você está brincando, né? — ele sibilou.
— Você sabe o que acontece com quem tenta ser mais superior que nós?! —

Ji-Woo não se intimidou. Ela sabia que Sung-hoon era perigoso, mas também sabia que ele covarde. Ela não permitiria que ele a dominasse.

— Eu não tenho medo de vocês, se vocês fazem coisas perigosas, não fazem ideia do quanto eu devo fazer em dobro de vocês — disse ela, sua voz firme. — Vocês podem tentar me parar, mas lembrem-se que quem começou isso foi a vadia da Jang-Haru. — sorriu com os lábios sarcástico.

Sung-hoon ficou visivelmente irritado com a ousadia das palavras de Ji-Woo. Ele mordeu os lábios, pronto para reagir, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, um grito alto ecoou pela rua.

— Sung-hoon! O que você está fazendo? —

Hyun-Soo se aproximava, seu olhar fixo em Ji-Woo. A tensão no ar era palpável. a garota desviou facilmente de Park Sung-hoon e continuou o caminhou, não olhou para trás. Ignorando os insultos e ameaças que ecoavam atrás dela, ela acelerou o passo, deixando os valentões para trás. Cada passo a levava mais perto da escola, mais perto da segurança relativa das salas de aula, longe dos olhos ameaçadores de Hyun-Soo e seus capangas.  Mas a tensão permanecia.

As aulas se arrastaram em um turbilhão de palavras e fórmulas matemáticas que pareciam perder todo o sentido para Ji-Woo. Seus pensamentos estavam longe da sala de aula, presos à ameaça que pairava sobre ela e seus amigos. Cada vez que ouvia um barulho alto, um riso estridente, seu corpo se enchia de adrenalina, esperando o ataque.

Min-seo, atenta aos sinais de ansiedade de Ji-Woo, tentava distraí-la com comentários leves sobre os colegas de classe, sobre as fofocas do corredor. Mas Ji-Woo sabia que era apenas uma trégua temporária. A sombra de Hyun-Soo se alongava sobre seus dias, infectando cada momento de paz.

No intervalo, Ji-Woo encontrou um refúgio na biblioteca, um lugar silencioso e acolhedor onde podia se concentrar em seus estudos e tentar afastar os pensamentos perturbadores. Mas a paz era novamente interrompida.

Sung-hoon surgiu na entrada da biblioteca, seus olhos frios fixos em Ji-Woo. Ele se aproximou lentamente, um sorriso se formando em seus lábios.

— Pensando em como vai se safar dessa, Ji-Woo?— perguntou ele, sua voz baixa e calma.

Ji-Woo fechou o livro com força, encarando Sung-hoon com desafio. — Eu não preciso pensar, já você, tenta fazer isso. homem não deve ter o mínimo de ideia útil nesses casos — disse ela, sua voz firme.

— você é realmente uma maluca, vai se iludindo nos seus pensamentos, a próxima desaparecida da história será você. — respondeu Sung-hoon, seus olhos brilhando com malícia. — Você não tem ideia do que está por vir. —

Antes que Sung-hoon pudesse continuar sua ameaça, uma voz firme ecoou pela biblioteca.

— Sung-hoon, o que você está fazendo aqui? —

A bibliotecária, uma mulher severa com óculos de armação grossa, se aproximava, sua expressão furiosa. Sung-hoon hesitou por um momento, olhando para a bibliotecária e depois para Ji-Woo, antes de se retirar da biblioteca com um último olhar ameaçador.

Ji-Woo respirou fundo, aliviada por ter escapado mais uma vez. Mas ela sabia que a trégua era apenas temporária. A bibliotecária, a Senhora Park, observou Ji-Woo com olhar inquisidor. Ela conhecia a reputação de Park Sung-hoon e sua gangue, e sabia que Ji-Woo estava no centro de uma confusão entre eles.

— Você está bem, Ji-Woo? — perguntou a Senhora Park, sua voz suave, mas com um tom de preocupação evidente.

Ji-Woo hesitou por um momento, lutando contra a vontade de se abrir para a bibliotecária. Ela não queria parecer fraca, não queria expor seus medos. Mas algo na gentileza da Senhora Park a fez confiar.

— Eu estou bem — respondeu ela, forçando um sorriso.

A Senhora Park assentiu, compreensiva. — Agora, volte aos seus estudos. E lembre-se, Ji-Woo, a coragem não é a ausência de medo, mas a força para enfrentá-lo. —

Ji-Woo voltou aos seus livros, as palavras da Senhora Park ecoando em sua mente.

Quando o sinal tocou, anunciando o fim das aulas, Ji-Woo se levantou, sentindo uma nova determinação pulsando em seu coração. Ela estava pronta para qualquer coisa nesse momento.

  oque vocês acham que vai acontecer nesse rolo todo ??

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