O sol da manhã, ainda tímido atrás das montanhas que circundavam a cidade de Chuncheon, pintava o céu em tons de rosa e laranja. Um novo dia nascia sobre a escola Gangwon State, trazendo consigo a promessa de novas batalhas e desafios.
Dentro de um pequeno apartamento aconchegante, Ji-Woo se espreguiçava na cama, ainda sonolenta. Os eventos do dia anterior a assombravam em sonhos agitados. O rosto de Min-seo, pálido e assustado, a frase cruel de Hyun-Soo ecoando em seus ouvidos, a sensação de impotência diante da fúria de Jang-Haru.
Mas, junto com a lembrança da dor, vinha também a chama da determinação. Ji-Woo não era de se curvar diante da opressão. Ela havia nascido e crescido na sombra do Gangwon State, aprendendo desde cedo a lutar por seu lugar ao sol.
Ela se levantou da cama, espreguiçando-se e sentindo os músculos adormecidos protestarem. O reflexo no espelho a encarava: olhos negros e penetrantes, cabelos negros presos em um coque prático, e uma expressão firme que revelava sua força interior.
Ji-Woo se dirigiu ao banheiro, onde lavou o rosto com água fria, o choque da temperatura despertando-a completamente. Enquanto se arrumava, seus pensamentos corriam soltos. Ela precisava de um plano. Não podia enfrentar Hyun-Soo e seus capangas sozinha. Precisava de aliados, de pessoas que acreditassem na justiça e estivessem dispostas a lutar por ela.
Enquanto tomava café da manhã, Ji-Woo pensou em Min-seo. Sua amiga era gentil e leal, mas também frágil. Ji-Woo sabia que precisava protegê-la, mas também ajudá-la a encontrar sua própria força.
Depois do café da manhã, Ji-Woo se despediu de seus pais, que trabalhavam em uma pequena loja de conveniência na cidade. Eles a encaravam com orgulho e preocupação, sabendo dos desafios que ela enfrentava.
— Cuide-se, Ji-Woo — disse seu pai, apertando-lhe a mão. — E lembre-se, você não está sozinha. —
Ji-Woo assentiu, um sorriso encorajador em seus lábios. Ela sabia que seus pais a amavam e a apoiavam.
O ar fresco da manhã invadia os pulmões de Ji-Woo enquanto ela caminhava em direção à escola. A cada passo, ela se sentia mais forte, mais determinada a enfrentar seus inimigos.
De repente, uma sombra se lançou sobre ela. Sung-hoon, o braço direito de Hyun-Soo, surgiu do nada, bloqueando seu caminho. Seus olhos frios a encaravam, um sorriso cruel se formando em seus lábios.
— Onde você pensa que vai, Ji-Woo? — perguntou ele, sua voz carregada de sarcasmo. — Não acha que deveria se entregar a nós e nos obedecer? —
Ji-Woo ergueu o queixo, encarando Sung-hoon sem medo. — Eu não me entrego para ninguém, Sung-hoon. — respondeu ela, sua voz firme. — E não vou permitir que vocês me intimidem desse jeito patético. —
Sung-hoon deu um passo à frente, seus olhos faiscando com raiva. — Você está brincando, né? — ele sibilou.
— Você sabe o que acontece com quem tenta ser mais superior que nós?! —Ji-Woo não se intimidou. Ela sabia que Sung-hoon era perigoso, mas também sabia que ele covarde. Ela não permitiria que ele a dominasse.
— Eu não tenho medo de vocês, se vocês fazem coisas perigosas, não fazem ideia do quanto eu devo fazer em dobro de vocês — disse ela, sua voz firme. — Vocês podem tentar me parar, mas lembrem-se que quem começou isso foi a vadia da Jang-Haru. — sorriu com os lábios sarcástico.
Sung-hoon ficou visivelmente irritado com a ousadia das palavras de Ji-Woo. Ele mordeu os lábios, pronto para reagir, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, um grito alto ecoou pela rua.
— Sung-hoon! O que você está fazendo? —
Hyun-Soo se aproximava, seu olhar fixo em Ji-Woo. A tensão no ar era palpável. a garota desviou facilmente de Park Sung-hoon e continuou o caminhou, não olhou para trás. Ignorando os insultos e ameaças que ecoavam atrás dela, ela acelerou o passo, deixando os valentões para trás. Cada passo a levava mais perto da escola, mais perto da segurança relativa das salas de aula, longe dos olhos ameaçadores de Hyun-Soo e seus capangas. Mas a tensão permanecia.
As aulas se arrastaram em um turbilhão de palavras e fórmulas matemáticas que pareciam perder todo o sentido para Ji-Woo. Seus pensamentos estavam longe da sala de aula, presos à ameaça que pairava sobre ela e seus amigos. Cada vez que ouvia um barulho alto, um riso estridente, seu corpo se enchia de adrenalina, esperando o ataque.
Min-seo, atenta aos sinais de ansiedade de Ji-Woo, tentava distraí-la com comentários leves sobre os colegas de classe, sobre as fofocas do corredor. Mas Ji-Woo sabia que era apenas uma trégua temporária. A sombra de Hyun-Soo se alongava sobre seus dias, infectando cada momento de paz.
No intervalo, Ji-Woo encontrou um refúgio na biblioteca, um lugar silencioso e acolhedor onde podia se concentrar em seus estudos e tentar afastar os pensamentos perturbadores. Mas a paz era novamente interrompida.
Sung-hoon surgiu na entrada da biblioteca, seus olhos frios fixos em Ji-Woo. Ele se aproximou lentamente, um sorriso se formando em seus lábios.
— Pensando em como vai se safar dessa, Ji-Woo?— perguntou ele, sua voz baixa e calma.
Ji-Woo fechou o livro com força, encarando Sung-hoon com desafio. — Eu não preciso pensar, já você, tenta fazer isso. homem não deve ter o mínimo de ideia útil nesses casos — disse ela, sua voz firme.
— você é realmente uma maluca, vai se iludindo nos seus pensamentos, a próxima desaparecida da história será você. — respondeu Sung-hoon, seus olhos brilhando com malícia. — Você não tem ideia do que está por vir. —
Antes que Sung-hoon pudesse continuar sua ameaça, uma voz firme ecoou pela biblioteca.
— Sung-hoon, o que você está fazendo aqui? —
A bibliotecária, uma mulher severa com óculos de armação grossa, se aproximava, sua expressão furiosa. Sung-hoon hesitou por um momento, olhando para a bibliotecária e depois para Ji-Woo, antes de se retirar da biblioteca com um último olhar ameaçador.
Ji-Woo respirou fundo, aliviada por ter escapado mais uma vez. Mas ela sabia que a trégua era apenas temporária. A bibliotecária, a Senhora Park, observou Ji-Woo com olhar inquisidor. Ela conhecia a reputação de Park Sung-hoon e sua gangue, e sabia que Ji-Woo estava no centro de uma confusão entre eles.
— Você está bem, Ji-Woo? — perguntou a Senhora Park, sua voz suave, mas com um tom de preocupação evidente.
Ji-Woo hesitou por um momento, lutando contra a vontade de se abrir para a bibliotecária. Ela não queria parecer fraca, não queria expor seus medos. Mas algo na gentileza da Senhora Park a fez confiar.
— Eu estou bem — respondeu ela, forçando um sorriso.
A Senhora Park assentiu, compreensiva. — Agora, volte aos seus estudos. E lembre-se, Ji-Woo, a coragem não é a ausência de medo, mas a força para enfrentá-lo. —
Ji-Woo voltou aos seus livros, as palavras da Senhora Park ecoando em sua mente.
Quando o sinal tocou, anunciando o fim das aulas, Ji-Woo se levantou, sentindo uma nova determinação pulsando em seu coração. Ela estava pronta para qualquer coisa nesse momento.
୨ৎ oque vocês acham que vai acontecer nesse rolo todo ??
PRÓXIMO CAPÍTULO ESTÁ AI...
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THREAT OF LOVE
RomanceO antigo monopólio feminino da escola Gangwon State havia chegado ao fim. As portas se abriram para os meninos, transformando a instituição em um campo misto. A esperança de uma convivência harmoniosa se esvaiu rapidamente, dando lugar aonde se impo...