capítulo - 6

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Ji-Woo, ainda abalada, saiu da sala em busca de ar fresco. No pátio, avistou a vaca da Jang-Haru pastando tranquilamente. A imagem surreal a fez lembrar de algo que havia ouvido em um cochichos: Jang-Haru havia feito um pacto com Hyun-Soo para se livrar de Ji-Woo.

Sunghoon, vendo Ji-Woo sair, a seguiu, decidido a pedir desculpas pelas ameaças de Hyun-Soo. Ele a encontrou no terraço da escola, onde Ji-Woo, com lágrimas nos olhos, confrontava Jang-Haru.

— Você mandou ele me matar? — perguntou Ji-Woo, a voz trêmula.

Jang-Haru, sem negar, justificou seus atos, culpando Ji-Woo por ter roubado Sunghoon dela. Uma discussão acalorada se seguiu, culminando em um empurrão. Um dos três tropeçou, perdendo o equilíbrio e caindo do terraço.

O grito de horror ecoou pela escola. No chão, um corpo imóvel. A tragédia havia se consumado. O silêncio que se seguiu ao grito foi mais assustador que qualquer grito.  Ji-Woo e Sunghoon se encaravam, paralisados pelo horror do que haviam presenciado. O corpo no chão era de Jang-Haru.

assustada com a cena. Sunghoon, em choque, se ajoelhou ao lado do corpo, tentando encontrar um sinal de vida.

Ji-Woo, ainda em estado de choque, sentiu uma onda de náusea. Ela havia descoberto a verdade sobre Jang-Haru, mas o preço a pagar era terrível demais.

— O que aconteceu? — perguntou uma voz atrás deles. Era Min-seo, que havia subido ao terraço em busca dos amigos. Ao ver a cena, ela gritou, coberta de horror.

Jin-hyuk, atraído pelo grito, chegou logo em seguida. Ele se aproximou do corpo de Jang-Haru e, com o rosto pálido, constatou que ela havia morrido.

A polícia chegou logo depois, acionada pelos gritos. O terraço da escola foi isolado, transformado em um cenário de crime. Os amigos, ainda em choque, foram interrogados separadamente.

Ji-Woo, incapaz de se defender das acusações de assassinato, mentiu sobre o pacto de Jang-Haru, colocou a culpa em Hyun-Soo. Ela descreveu o empurrão, o desespero e o horror de ver sua "amiga" cair.

Min-seo, em lágrimas, falou sobre a bondade de Ji-Woo e a amizade que tinha com ela. Ela afirmou que nunca acreditaria que Ji-Woo fosse capaz de matar alguém.

Jin-hyuk, apesar do choque, manteve a calma. Ele sabia que Ji-Woo era inocente, mas como provar isso?

A investigação se arrastou por semanas. A escola ficou em luto, os alunos e professores abalados pela tragédia.

A verdade sobre o pacto de Jang-Haru com Hyun-Soo ficou em aberto. As provas eram escassas, as testemunhas contraditórias.

A dúvida pairava no ar, sufocante como a névoa que se formava sobre a cidade. Ji-Woo, apesar de ser liberada após o interrogatório, vivia sob a sombra da suspeita. Os olhares acusadores dos colegas a perseguiam, os sussurros a seguiam como sombras.

Min-Seo, fiel amiga, tentava confortar Ji-Woo, mas a tristeza era palpável entre elas. Jin-hyuk, observando o sofrimento dos amigos, sentia uma raiva crescente. Ele sabia que Ji-Woo era inocente, mas a justiça parecia distante.

Hyun-Soo, desaparecido desde o dia da briga, tornou-se um fantasma. A polícia o procurava incessantemente, mas ele parecia ter evaporado.

Um mês se passou, marcado por investigações infrutíferas e pela dor silenciosa dos amigos. A escola tentava retomar o ritmo normal, mas a atmosfera era pesada, carregada de segredos e suspeitas.

Um dia, Jin-hyuk recebeu um envelope anônimo. Dentro, uma foto de Hyun-Soo, com um bilhete escrito com uma letra familiar: — A verdade está escondida dentro da vaca. —

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