capitulo - 8

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O despertador tocou, arrancando Ji-Woo de um sonho agitado. Ela espreguiçou-se, sentindo os músculos doloridos da noite anterior. A imagem de Hyun-Soo, pálido e sangrando, ainda se gravava em sua mente.

Suspirando, Ji-Woo se levantou e caminhou até a janela. O sol da manhã começava a pintar o céu de tons rosados e alaranjados. Um novo dia.

Ela se olhou no espelho, seus olhos refletiam a mistura de cansaço e determinação. Aquele pesadelo não a abalaria.

Ji-Woo se arrumou lentamente, escolhendo uma roupa simples e confortável. Havia muito para fazer, muitos livros para ler. O vestibular estava se aproximando, e ela não podia se dar ao luxo de perder tempo.

Com um último olhar no espelho, Ji-Woo pegou sua mochila e saiu de casa, pronta para enfrentar mais um dia de estudos.

A rua estava movimentada, cheia de estudantes apressados indo para a escola. Ji-Woo se sentia um pouco fora de lugar, como se estivesse em um filme que não entendia. O peso daquilo que havia feito, a sombra da culpa, a acompanhava como uma segunda pele.

Mas ela não podia se entregar ao desespero. Precisava ser forte, Ela precisava se sustentar, construir um futuro, longe da dor e da violência.

Ao entrar na escola, Ji-Woo respirou fundo. O cheiro de giz e papel, o murmúrio das conversas, a energia juvenil que preenchia os corredores, tudo isso a lembrava de uma vida normal, de um tempo em que seus maiores problemas eram provas difíceis e dramas adolescentes.

Ela se dirigiu para a sala de aula, sentindo os olhares curiosos dos colegas sobre si. Ji-Woo ignorou, concentrando-se em seus livros. Era hora de estudar, de se preparar para o futuro.

O sinal estridente do intervalo ecoou pela sala, interrompendo a aula. Ji-Woo fechou o livro com um suspiro, se levantando junto com Min-Seo. Ao saírem da sala, um burburinho crescente as atingiu. No pátio, uma multidão se aglomerava, formando um círculo agitado.

— O que está acontecendo? — perguntou Min-Seo, curiosa.

Ji-Woo, sentindo uma apreensão, se esgueirou entre os alunos, tentando ver o que causava tanta comoção. E então, ela viu. No centro do círculo, de pé e com um sorriso estampado no rosto, estava Jang-Haru.

Aquele sorriso familiar, Jang-Haru, a garota que fingiu sua própria morte, havia voltado. E ao lado dela, observando a cena com um olhar frio e calculista, estava Soo-Ah.

O sangue de Ji-Woo gelou em suas veias. Aquele sorriso de Jang-Haru, antes um prenúncio de horror, agora era uma declaração de guerra. A fúria que Ji-Woo sentia era um turbilhão de emoções: raiva, medo, ódio, mas também uma determinação feroz.

Jang-Haru não estava sozinha. Ao seu lado, cercavam-na homens fortes e grandes, seus olhares fixos nos alunos que os observavam com medo e apreensão. A atmosfera era carregada de tensão, como se uma tempestade estivesse prestes a estourar.

— O que ela está fazendo aqui? — perguntou Min-Seo, sua voz trêmula.

Ji-Woo não conseguia responder. A mente dela girava, tentando processar a situação. Jang-Haru havia voltado, e não parecia ter vindo em paz. O que ela queria?

Jang-Haru levantou a mão, silenciando a multidão. Seus olhos encontraram os de Ji-Woo, e um sorriso se abriu em seus lábios.

— Olá, Ji-Woo — disse ela, sua voz doce e venenosa ecoando pelo pátio. — Sentiu minha falta? —

Ji-Woo apertou os punhos, sentindo a raiva a consumir por dentro. Ela não se deixaria intimidar.

— O que você quer? — perguntou Ji-Woo, sua voz firme, apesar do tremor que sentia.

THREAT OF LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora