capítulo - 9

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um grito ecoou pelo pátio. A multidão se abriu, revelando o Professor Kim, correndo em direção a eles, seguido por um grupo de professores e funcionários da escola. Min-Seo, com o rosto vermelho de corrida, apontava para Jang-Haru e seus comparsas, explicando a situação com voz trêmula.

O caos se instalou. Os professores tentaram conter a situação, enquanto os alunos murmuravam, chocados com a revelação. Jang-Haru, surpreendida pela chegada repentina de ajuda, recuou um passo, seus olhos se estreitando em fúria.

— Vocês não podem fazer isso comigo! — gritou ela, sua voz carregada de raiva. — Eu tenho direitos! Eu sou uma aluna desta escola! —

Professor Kim, com a autoridade de quem detinha anos de experiência, se aproximou de Jang-Haru, sua expressão séria e impassível.

— Jang-Haru, você está sendo acusada de ameaças e perturbação da ordem. Você tem direito a se defender, mas terá que fazê-lo junto às autoridades competentes — disse ele, sua voz firme e clara.

Jang-Haru bufou, cruzando os braços. — Isso é ridículo! Eu não fiz nada de errado! —

— Você está mentindo, Jang-Haru — disse Ji-Woo, sua voz firme e segura. — Todos nós sabemos o que você fez. Você fingiu sua morte para se vingar de mim e agora está ameaçando minha vida e a de meus amigos. —

As palavras de Ji-Woo ecoaram pelo pátio, silenciando a multidão. Jang-Haru se virou para Ji-Woo, seus olhos brilhando com ódio.

— Você vai se arrepender disso, Ji-Woo — sibilou ela. — Eu vou te destruir. —

Soo-Ah e os outros homens fortes tentaram se aproximar de Ji-Woo, mas foram impedidos pelos professores e funcionários que formavam uma barreira protetora ao seu redor.

Jang-Haru, derrotada, olhou em volta, sua expressão se transformando em um misto de raiva e frustração. Ela sabia que havia perdido.

— Isso não acabou, Ji-Woo — disse ela, sua voz baixa e ameaçadora. — Eu vou voltar. —

E com um último olhar de ódio, Jang-Haru se virou  e saiu do pátio, seguida por Soo-Ah e seus comparsas, que a observavam com uma mistura de apreensão e lealdade. A multidão se abriu, deixando-os passar, como se todos sentissem o peso da ameaça que ela carregava.

Um silêncio sepulcral caiu sobre o pátio. Ji-Woo sentia o corpo tremer, a adrenalina da situação começando a diminuir, dando lugar a um cansaço profundo. Ela se apoiou em Min-Seo, que a abraçou com força, sussurrando palavras de conforto em seu ouvido.

Professor Kim se aproximou delas, sua expressão preocupada. — Ji-Woo, você está bem? — perguntou ele, colocando uma mão gentilmente em seu ombro.

Ji-Woo assentiu, tentando sorrir, mas as palavras não saíam. Ela estava exausta, emocionalmente e fisicamente. A ameaça de Jang-Haru pairava sobre ela como uma nuvem escura, roubando sua paz.

— Eu vou tomar providências imediatas para garantir sua segurança, Ji-Woo — disse o professor Kim, com firmeza. — Vamos entrar em contato com a polícia e com seus pais. Você não estará sozinha nisso. —

Ji-Woo sentiu uma onda de gratidão pelo professor Kim. Ele sempre fora um professor dedicado, mas naquele momento, ele se mostrava como um verdadeiro protetor.

Min-Seo a acompanhou até a sala de aconselhamento, onde ela se sentou em um sofá confortável, tentando processar tudo o que havia acontecido. A imagem de Jang-Haru, com seu sorriso cruel e seus olhos cheios de ódio, estava gravada em sua mente. Ela sabia que aquela não era a última vez que elas se encontrariam.

Enquanto Min-Seo lhe oferecia um copo de água e palavras de encorajamento, Ji-Woo sentia um misto de medo e raiva. Jang-Haru havia voltado para destruir sua vida, para tirar tudo o que ela havia conquistado com tanto esforço.

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