Lord, take me, my drug is my baby

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Every time you're, every time you're lovin' me, you're lovin' me. Oh, Lord, save me, my drug is my baby. I'll be usin' for the rest of my life.


Seguimos correndo pela chuva de volta para o carro. Assim que estávamos na segurança do veículo, eu tentava focar na direção com o limpador no máximo tentando enxergar algo na minha frente e tremendo de frio pelas minhas roupas molhadas. Lauren tirou a tipoia do braço e a jaqueta molhada, jogando-as no carpete em seus pés, ela ligou o aquecedor do carro quando me viu tremer.

- Obrigada. - Falei agradecida e com o corpo tremendo.

Ela sorriu de canto me olhando.

- Seu braço está doendo? - Perguntei quando a vi colocar a mão sobre o ombro e fazer uma cara feia.

- Um pouco.

- Chuva está muito forte, acho melhor pararmos. - Falei. - Mal consigo enxergar. Vamos passar a noite aqui e vamos embora pela manhã.

- Tem certeza? - Ela me olhou esperando minha confirmação.

- Sim. - Confirmei com meus lábios tremendo.

Dirigi por mais alguns poucos quilômetros até encontrar um motel de beira de estrada com as luzes acesas. A tempestade não dava trégua. Entramos juntas na pequena sala da recepção pingando água. O lugar tinha um cheiro horrível de fumaça de cigarro com chulé e o atendente era tão assustador quanto o odor do local. Ele tinha a aparência de um serial killer e sorriu quando nos viu.

- Queremos um quarto, por favor. - Lauren falou. - Duas camas, não fumantes e com toalhas extras.

O homem corpulento a olhou com uma expressão estranha.

- Isso aqui não é o Four Sessions. - A cutuquei e falei do seu lado. - Aceitamos o que você tenha com água quente e uma cama.

O homem pareceu me entender melhor e virou para o quadro de chaves atrás de si. Pegou uma chave e me entregou.

- Pagamento adiantado e não temos café da manhã, tem uma máquina de lanches no fim do corredor. - Ele falou mal humorado. - Com essa tempestade a energia vai acabar logo, então se quiserem o chuveiro quente, andem logo.

Ele oferece uma vela grossa com a imagem de uma santa de baixo do balcão junto com uma caixa de fósforos.

- Se a energia acabar,.

Lauren o olhou de cara feia e deixou o dinheiro sobre o balcão. Eu a puxei pela camiseta para longe antes que ela o atacasse. Parei o carro na vaga na frente do quarto e abri a porta com Lauren atrás de mim, apertei o interruptor do lado da porta e fiquei aliviada pela luz funcionar. O lugar era um horror e cheirava a cigarro. Era difícil saber se o papel de parede era daquela cor ou só estava sujo pelo tempo, havia uma cama de casal, uma poltrona velha, uma cômoda com uma pequena TV antiga, a porta do banheiro e do armário.

Fui até o banheiro, era pequeno e sufocante com um vaso, a pia e uma banheira junto com o chuveiro. Liguei a torneira e rezei por água quente, assim que coloquei a mão embaixo da água, agradeci a todos os santos. Aquele quarto era um horror, mas eu já tinha estado em lugares pior.

- Tem água quente pelo menos. - Falei ao retornar para o quarto.

Lauren estava parada de pé lá, olhando tudo de cara feia e levemente enojada, me fazendo sorrir.

- Você vai sobreviver a uma noite.

- Não se eu contrair tétano.

- É por isso que é tão importante tomar suas vacinas em dia. - Falei com sarcasmo, vendo ela sorrir. - Você vai primeiro ou eu vou?

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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Víbora Vermelha - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora