Franco Colapinto
A manhã chegou trazendo consigo uma luz suave, mas meu coração ainda estava pesado. A alegria da corrida e o impulso de ter conquistado pontos pela equipe tinham se dissipado na mesma velocidade em que eu havia me aproximado de Sofia. Eu esperava vê-la, ter uma conversa leve e, quem sabe, descobrir o que realmente estava acontecendo entre nós. Mas, ao invés disso, fui deixado com a frustração de não ter notícias dela.
Levantei-me da cama, o quarto ainda parecia envolto em uma névoa de desânimo. As memórias do dia anterior, do beijo, das provocações e da química que fluiu entre nós estavam muito frescas, mas agora tudo parecia um eco distante. O que havia acontecido com Sofia? O que eu fiz de errado?
Resolvi que precisava sair para arejar a cabeça. Um café da manhã em um lugar tranquilo poderia ajudar. Após me arrumar, saí do meu quarto, tentando afastar os pensamentos sobre Sofia.
Ao chegar à porta da frente, uma cena inesperada me paralisou. Lando estava saindo do quarto de Sofia, vestindo a mesma roupa que usou no dia anterior. O que ele estava fazendo ali? A imagem dele, rindo e brincando com Sofia, como se a noite deles tivesse sido uma grande festa, acendeu um fogo de raiva dentro de mim. Meu coração disparou, e a frustração rapidamente se transformou em indignação.
Eu não conseguia entender como Sofia podia agir assim. Seria possível que ela não estivesse preocupada com as consequências de suas ações? Eu estava certo de que havia uma conexão genuína entre nós, mas aquela cena me fazia questionar tudo.
Ela fecha a porta do seu quarto e então o inglês me encara, percebendo a minha presença no corredor.
— Franco! — Lando disse acenando, mas sua expressão estava longe de ser inocente. — O que você está fazendo?
Eu não respondi. Na verdade, não consegui. A raiva me consumia e as palavras pareciam presas na minha garganta. A visão deles juntos, mesmo que de forma inocente, era insuportável. Voltei-me rapidamente e fui para o meu quarto, batendo a porta atrás de mim com força, como se quisesse fechar não apenas a porta física, mas também todos os sentimentos confusos que me assombravam.
A frustração reverberava dentro de mim enquanto me encostava na porta. O que estava acontecendo? Por que isso me afetava tanto? O que eu realmente sentia por Sofia? As perguntas dançavam em minha mente, mas nenhuma resposta parecia clara.
Eu me deixei cair na cama, com as mãos na cabeça, sentindo uma onda de impotência. O que mais eu poderia fazer? Eu tinha tentado me aproximar dela, mas agora parecia que estava lutando contra um mar de incertezas. A ideia de Lando saindo do quarto dela, da proximidade entre eles, fez minha mente girar.
Café da manhã parecia uma ideia distante agora. O que eu queria era entender o que estava acontecendo, e, principalmente, como Sofia realmente se sentia. Mas ao olhar para o teto, tudo que eu sentia era o peso da dúvida e a amargura da rejeição. O dia prometia ser longo e complicado, e eu me perguntava se conseguiria seguir em frente, ou se estava destinado a ficar preso nesse ciclo de incertezas e ciúmes.
Batidas surgem na porta do meu quarto, eu vou apressado, com anseio que seja Sofia dizendo que foi tudo um mal entendido. Mas quando abri a porta, tenho a visão do piloto monegasco.
— Oi cara! — Ele diz sorrindo — Você foi bem nas pistas.
— Obrigado
— Você só não parece estar indo bem com a Oliveira — Charles fala apontando para o quarto da morena
— O que você está falando?
— Eu observo as coisas — Ele responde sorrindo — Você vai me deixar entrar?
Eu penso se deveria deixar, então acabo cedendo e deixando que ele entre em meu quarto. Charles vai até a poltrona no canto do quarto e se senta.
— Eu presenciei o que acabou de acontecer no corredor.
— Não foi nada demais.
— Eu achei que você estava interessado nela.
— Hum.
— Ela e Lando chegaram juntos ontem, os dois pareciam ter se divertido bastante. Eu acabei encontrando eles, quando fui sair do hotel.
— Eles chegaram juntos?
— Sim, eles estão ficando. Ela até me disse que ele iria dormir no quarto dela.
— Então eles dormiram juntos?
— Sim. Eu até achei que seria impossível ela ficar com o Lando, mas parece que não foi.
Eu fico em silêncio tentando absorver o que Charles estava me falando, isso tudo era uma loucura.
— Você está sendo mais um que está caindo no canto da brasileira — Ele fala sorrindo — Essa garota tem um poder incrível de ter olhares focados nela
— Não fala assim dela. O que você quer dizer com mais um? E o que você veio fazer aqui?
— Sargeant. O piloto que você pegou a vaga. Conhece?
— O que tem ele?
— Você não me perguntou quem era o mais um, é ele — Charles responde — Quando Sofia começou a trabalhar com o Logan, os dois se tornaram inseparáveis e então rolou aquela química, aí eles começaram uma amizade colorida, mas isso fez Logan piorar muito nas corridas e então ele foi demitido e você apareceu.
— Eles mantém essa amizade colorida?
— Eu não faço ideia, cara — Charles ri
— Mas e o Lando?
— Lando nunca se importou de ficar com alguém sem um compromisso sério
— Eu não consigo acreditar.
— Eu só queria te alertar, você é um ótimo piloto Franco e merece essa vaga que conseguiu, não desperdiça ela. Não seja como o Logan.
Eu o encaro confuso, Charles deixa um toque em meu ombro e sai de meu quarto, me deixando com milhões de incógnitas em minha cabeça.
✨️✨️
O que vocês estão achando?O que acharam da atitude do Charles?
O que vocês esperam que aconteça?
Vamos interagir😊
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Amigos & Rivais - Franco Colapinto
FanfictionEm meio ao glamour das corridas de Fórmula 1, a brasileira Sofia Oliveira e o argentino Franco Colapinto se veem presos em um jogo de rivalidade e provocação. Enquanto Franco tenta se destacar como o novo piloto da Williams, Sofia luta contra a cres...