ARCA - O MISTÉRIO DO PASSADO

É HORA DE ACORDA

Geralmente a definição de avô perfeito é aquele avô que paparica o neto,dá presentes o ano inteiro,sempre dá doces quando os pais dizem que não pode,ajudar os netos a fazerem brincadeiras as quais os pais jamais deixariam.No entanto a minha definição de avô perfeito é aquele que arruma confusão com o exército do bicho papão e ainda constrói uma nave interestelar.

Depois de levar a Arca para longe daquele sistema,ficamos vagando pelo espaço sem saber o'que fazer,tínhamos um mapa a qual ninguém sabia ler,uma grávida e um velho suicida,mas as coisas ainda poderia ficar mais esquisitas ou piores.Deixei os motores no piloto automático em baixa potência e sai da sala de controle em direção para o meu quarto e tirei um cochilo até o dia seguinte.Depois que eu acordei fui para cozinha,cheguei na cozinha fiz uma pão na chapa com um pouco de manteiga em cima(acredite em mim,eu não faço ideia de onde vem a comida,mas até hoje nunca faltou) quando Steve entrou na cozinha pegou um pote de rosquinhas e sentou na mesa junto comigo.

─Muito estranho né?─ele disse analisando uma rosquinha como se fosse a coisa mais impressionante do mundo.─Estamos no espaço há tanto tempo.

─Na verdade não tem nem um mês.─falei.─Deve ter umas...─falei fazendo uma contagem nos dedos.─Umas 3 a 5 semanas,provavelmente.

─Como que o seu avô fez tudo isso?─perguntou ele e foi nesse momento que percebi que a conversa na verdade tinha outro objetivo.─Essa nave e...

─ O que você quer?─interrompi ele antes que essa conversa se entendesse mais do que deveria.

─Tudo bem.─disse ele.─Quero pedir a sua irmã em casamento!

─OI...???─falei e automaticamente engasgando com o pão.

─Eita!─disse ele.─Deixa eu te ajudar.─ele disse vindo para trás de mim com a finalidade de dar uns tapinhas nas minhas costas,mas eu consegui voltar ao normal e impedir que ele jogasse o meu pulmão para fora.

─Desculpe...─falei sorrindo um pouco.─Me explica melhor.

─Eu gosto muito da sua irmã.─disse ele.─E não sei se vamos viver o bastante para um dia, quem sabe,conseguir casar e ter filhos.─disse ele e meu coração pesou,eu havia condenado a minha família a morrer no vácuo do espaço só pelo simples motivo de querer respostas.

─Eu não posso influenciar na sua decisão.─falei levantando da mesa e indo em direção a saída.─Se vocês se amam,siga o seu coração.─falei saindo.

Não vou dizer que fiquei triste por ele(eu fiquei bem chocado na verdade),mas não imaginava ter de lidar com isso,quando Steve tocou nesse assunto me veio a mente que eu não conhecera ninguém antes da terra sucumbir,vou terminar meus anos sem saber o amor verdadeiro(okay,vou parar com esse melodrama).

Ayana havia ficado com os dados na sala de comando.

─Achou alguma coisa?─perguntei para Ayana assim que cheguei.

─MUITA coisa,esses dados que vocês pegaram...─ela estava encantada no computador.─Estão cheios de informações valiosas.─ela parecia maravilhada.─Alguns dados estão em línguas diferentes,mas Mary está traduzindo eles.

─Temos alguma ideia de para onde ir?─perguntei.

─Sim!─disse ela.─Segundo o mapa...há uma pista no "WP-6"...─ela parecia confusa.─Não sei bem que lugar é esse,mas parece importante.

─Como vamos chegar até lá?─perguntei.─Acho que não existe um gps no espaço.

─Na tecnologia dos humanos não,mas a Arca não foi feita por humanos.─uma voz familiar surgiu na porta.