é tipo o amor entre um cowboy e um militante...
criados em ambientes diferentes, com princípios e ideologias opostas, Leonardo e Kauã logo perceberão que a birra que tem um pelo outro nada mais é do que um p*ta tesão acumulado.
história em andamento...
"Você é tão difícil de agradar, temos que acabar com isso"
I LOVE IT | Icona Pop ft. Charli XCX
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Sábado parece passar por uma eternidade de dias até chegar, tudo isso por conta do trote com os calouros e com a possibilidade de Kauã ir mesmo lá — não que eu tenha ficado os últimos dias pensando a respeito disso e no que eu poderia fazer caso ele fosse —, não o vi na faculdade ontem e só o vi de relance na fila da cantina na quinta, então significa que tivemos contato negativo desde a conversa do bebedouro na quarta-feira passada.
Sei que com os calouros de Agronomia eu tenho (quase que) liberdade total em mandar e desmandar naquele semáforo, agora com os de Letras... quase nada, tipo, zero mesmo.
O horário combinado foi 12 horas em uma das praças/redondo que ficam pela extensão da avenida principal da cidade, a Governador Júlio Campos, então vou para lá no horário combinado, levando uns engradados de vodca na caçamba da Silverado e tintas e algumas plaquinhas da recepção passada para reaproveitarmos nessa.
Chego e já encontro Guido e mais um pessoal da diretoria, alguns calouros do nosso curso e também dos outros parceiros.
— Atrasado. — Guido coloca as mãos na cintura quando me vê.
— Vai se foder. — solto. — Bora, vem me ajudar a pegar as coisas no carro. Sem reclamar.
— Seu pau no cu. — ele ri, mas me acompanha.
A Iônica e a Pi trouxeram os galões de 250 litros cada, então fazemos o mé neles (não completamos, deixamos mais ou menos pela metade, no final é só para fazer volume mesmo), e como a minha caçamba é a mais espaçosa, montamos em cima da Silverado o open mé de hoje.
Reparo uma vez ou outra para ver se Kauã ou a amiga dele já chegou por aqui... não que eu me importe de fato com a presença deles, mas acho que seria interessante tê-lo aqui para deixar esse jogo mais justo, sei lá.
— Vai, Leo, faz a frente. — Guido me tira dos meus pensamentos e me entrega a maquininha de cortar cabelo, sorrio com a pressão e olho para os calouros de Agronomia.
— Seguinte... aqui é corta ou paga. — anuncio e os meninos se olham.
Um deles tem um mullet bem cortado o outro um low fade em V, vai ser triste ver os cabelos deles indo para o pau.
— Paga quanto? — o do mullet pergunta.
Olho para Guido, que responde por mim:
— 100 pila.
— Porra... — expressão de tristeza. — Tudo bem, eu pago. — o mullet puxa o celular do bolso para fazer o PIX enquanto olho para os outros calouros.
