09 - mundo pequeno

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"Você deveria ter dito não, você deveria ter ido pra casa

Você deveria ter pensado duas vezes antes de botar tudo a perder"

SHOULD'VE SAID NO | Taylor Swift

Não dá para faltar nas aulas da manhã duas vezes seguidas, infelizmente, então ir para a UPAN na terça pela manhã se torna obrigação moral

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Não dá para faltar nas aulas da manhã duas vezes seguidas, infelizmente, então ir para a UPAN na terça pela manhã se torna obrigação moral.

Um pouco antes do almoço, minha mãe manda uma mensagem para mim: "oi, Leo, a tia Val não vai conseguir buscar o Pimentinha no colégio hoje... consegue passar lá e ele levar pra TO?"

Meus planos eram almoçar com Guido e os piás, mas não vou criar caso quanto a isso... eles aceitam que eu me atrase um pouco, então confirmo para a minha mãe que consigo buscar o pimentinha.

Minutos depois já estou entrando na Silverado, já botando a minha música favorita do Hugo & Guilherme para tocar e enquanto Mal Feito vai reproduzindo nos alto-falantes, acelero em direção a escola do meu priminho.

Não é tão longe, mas acho que vim nessa escola só uma ou duas vezes, então precisei sim do auxílio do GPS para chegar até aqui e quando vou estacionando a caminhonete em frente ao portão dos pequenos, já encontro poucas crianças por aqui e...

— Não acredito. — murmuro quando vejo quem está ao lado do Pimentinha.

Só pode ser a pior das coincidências existentes nesse mundo — ainda mais depois de tudo que andou rolando nas últimas 72 horas.

Desço da Silverado e se ele não tinha reconhecido o meu carro antes, sua expressão deixou bem claro agora o ódio ao me ver.

— Oi. — me aproximei.

— Você veio buscar o Miguel? — Kauã questiona cerrando os olhos na minha direção.

— Sim. — respondo enquanto o meu primo já corre e abraça as minhas pernas. Estou há uns dois metros de distância de Cruz. — Não sabia que você era o babá dele.

— Monitor. — me corrige. — Eu sou o monitor dele. — Kauã abaixa o seu olhar para o pimentinha. — A gente se vê amanhã, Miguel, tchau.

— Tchau. — Miguel esconde a cara na minha perna, olho para Kauã e solto um:

— Valeu.

Vocês sabem do horário que tem que buscar ele. — ignora o meu agradecimento e vai me dando as costas.

— Ei. — o chamo mais por impulso mesmo, Kauã se vira, revirando os olhos.

— Que foi?

— Não sou eu quem busco o meu primo, não sabia disso. Dos horários, quero dizer.

Cowboy Like Me (em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora