07 - de volta à realidade

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"Sai do meu telefone, me deixe em paz [...]

Não consigo resistir, que inferno é esse?"

GET OFF MY PHONE | The Driver Era

Não vejo os meus pais no restante do domingo e nem segunda de manhã quando acordo e resolvo matar as primeiras aulas do dia para ir treinar — preciso me aquecer e deixar o corpo mole que o mé trouxe para trás

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Não vejo os meus pais no restante do domingo e nem segunda de manhã quando acordo e resolvo matar as primeiras aulas do dia para ir treinar — preciso me aquecer e deixar o corpo mole que o mé trouxe para trás.

Meu personal trainer pega pesado comigo, mas eu levo numa boa, se ele não pegar... o shape não vem naturalmente.

Encontro a minha mãe no almoço, ela está sozinha na mesa da sala de jantar, mexendo no celular enquanto prato de salada caprese está parado em frente a ela.

— Mãe? — a chamo, ainda estou com a roupa da academia e um pouco suado do último ritmo de cárdio que fiz antes de voltar para casa.

— Ah, oi, Leo. — ela levanta o olhar do aparelho e sorri na minha direção. — Não vi que tinha chegado... não teve aula hoje de manhã?

— Teve, mas aproveitei que ainda não faltei esse semestre para descansar um pouco mais.

— Descansar na academia? — ela ri. — Só vocês jovens para fazer isso mesmo.

— Você nem é tão velha assim. — comento e me aproximo da mesa e olho para a caprese. — Tá tão ruim assim?

— Estava esperando a Valéria e até perdi a fome. — comenta, ela e a irmã do meu pai são melhores amigas há anos, geralmente almoçam juntas uma ou duas vezes na semana para atualizar das fofocas... mesmo que moremos no mesmo condomínio. — Ela foi buscar o pimentinha na escola e acho que não vem mais.

— Quer companhia?

— Aceito sempre. — ela coloca o celular de lado. — Mas vai lavar essa mão antes, Leonardo... você sabe o tanto de germes que tem naquela academia.

Reviro os olhos, mas sorrio com a sua preocupação usual de mãe e vou até a cozinha ao lado lavar a minha mão. Almoço com ela... ela pergunta como foi a AgroParty, porque sabia da minha agenda lotada semana passada com a diretoria para fazer a festa acontecer e eu conto tudo para ela — bom, nem tudo, tiro a parte das drogas e da minha fuga em direção a casa de Kauã Cruz.

Meu pai não almoça conosco e aposto que deve estar enfurnado na Raggi Agronegócios cuidando de mais algum projeto ou contrato. Somos uma das maiores exportadoras de soja e milho do Mato Grosso, é normal que ele esteja tão atarefado em uma segunda-feira útil.

Depois do almoço tomo outro banho e me arrumo rápido com uma calça jeans clara, um Nike branco no pé e uma camisa da TXC e vou direto para a faculdade com a Silverado que ganhei dos meus pais no meu último aniversário, em julho passado.

Cowboy Like Me (em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora