Um novo dia

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/Laura narrando/

O som dos gemidos manhosos de Jade invadem o quarto, e a visão fica ainda mais excitante a cada vez que um raio cai lá fora e ilumina tudo aqui dentro. Nesse momento, não estou mais pensando, apenas seguindo meus desejos, e vivendo aquele momento. Fecho meus olhos.

Uma de minhas mãos segura seu cabelo, com força, a deixando mais inclinada. A outra está lá dentro. Deixo o nosso som tomar conta de mim. Minha buceta pulsa. Paro o que estou fazendo, ela se ergue, ficando de joelhos ali, ainda de costas pra mim. Deposito meus beijos por seu pescoço, enquanto passo minha mão para frente, a tocando no lugar certo. Meus movimentos são certeiros, eu sei porque o corpo dela fala, ele entrega. A mão dela agora também está em mim, me tocando. Com a mão livre, aperto seu seio, e a vontade que dá é de arranca-lo dali. Ela é muito gostosa e sabe disso. Seus gemidos agora mais altos vem acompanhados de espasmos por seu corpo. Ela não aguenta mais segurar, e vai chegar lá. Sua boca está entreaberta e sua expressão é de puro prazer. Ela geme cada vez mais rápido, e sinto seu corpo se enrijecer. Sua mão sai de dentro de mim e vai para cima da minha, ali dentro dela. A outra ela enrosca em meu pescoço, segurando firme minha nuca. Aumento a velocidade, e ela está cada vez mais excitada. Suas unhas cravam forte minha pele.

- Não para Laura, ah! ah, ah, aaah... eu vou gozar.

- Goza pra mim - falo em seu ouvido. - Vai, goza pra mim...

Meu pedido é quase uma ordem. Seu corpo entra em colapso. Ela se contorce e se contrai, gemendo gostoso enquanto minha mão é imundada. Enquanto ela goza, eu quase vou junto. Ela trava minha mão, me fazendo parar, indicando que está feito, mas não cai na cama, ela não amolece. Sua respiração ofega, e ela me olha.

- Minha vez.

Ela sorri mordendo o lábio e com a mão espalmada em minha barriga, me empurra para que eu me deite. E eu obedeço. A vejo se encaixar entre minhas pernas, ajustando a distância entre as duas.

Apenas me entrego.

Seus dedos entram dentro de mim, me arrancando um suspiro. Sua língua está onde deveria estar, e ela me chupa enquanto me fode, não de forma rápida, mas aumentando a velocidade. Sinto a ponta de seus dedos me tocando por dentro, e sua língua cada vez mais rápida e leve sobre meu clítoris. Minhas mãos agora soltam o lençol na cama e estão sobre sua cabeça. A encaro, ela me olha, me chupando e me olhando, sem vacilar. Essa troca de olhares é quente, e tão excitante quanto qualquer coisa.

Ela está me levando a loucura.

- Ai, Jade, aii, ah! Isso, me chupa, aaah, aaah, aaaaah

Ela intensifica, me chupando agora com mais vontade, eu diria até que com força. Aperto a cabeça dela contra a minha buceta, chegando no auge do meu prazer. Enquanto me chupa, ela também solta pequenos gemidos. Não duro muito tempo, e o prazer toma conta do meu corpo. Me contorço, me entrego, gozo na boca dela. Meu corpo relaxa. Estou no céu.

Ela vem até mim, ficando por cima, me olhando, eu ainda estou em transe, mal sentindo meu corpo. Ela me devora novamente com aquele olhar e deposita um beijo em minha boca. Sinto meu gosto. Ela morde meu lábio inferior e puxa. Seus seios estão sobre minha pele nua, o calor do seu corpo no meu. Acaricio lentamente suas costas durante nosso beijo. Não há tempo para se acalmar.

Começamos de novo.


///

Acordo com a claridade do dia entrando no quarto.  Abro meu olhos e ela está ali, dormindo profundamente do meu lado. Minha cabeça dói um pouco, e passa um filme da noite anterior diante dos meus olhos. É inevitável não sorrir ao lembrar. Eu e Jade tivemos uma conexão carnal muito forte na cama.

Me levanto tentando não acorda-la. Apesar de estar sentindo alguns poucos sinais da ressaca do pó e das bebidas do dia anterior, todo esse desconforto é anulado perto do que ainda sinto pelo que aconteceu ontem. É estranho, mas estou feliz.

Abro o chuveiro e a água fria cai sobre meu corpo, me despertando de vez. Tomo um banho demorado, me limpando com calma e aproveitando cada segundo daquela sensação de paz.

Pensamentos intrusivos vem, querendo me fazer pensar em todas aquelas coisas que me fazem querer me afastar de Jade a qualquer custo, mas tento evita-los, pelo menos por hoje.

Saio do banho, ela ainda dorme, sequer se moveu. O tempo lá fora está nublado. Visto um short e uma blusa de frio, pego meu óculos pois sei que estou um bagaço, calço meus chinelos e desço para ajudar as meninas a prepararem o café.

Nat, Larissa e Lua estão com a mesa já praticamente pronta, e terminam de colocar as caixinhas de suco e leite na mesma. Tomás, Gabriela e Bernardo já estão sentados, comendo. São quase 11 da manhã. Tomo meu copo de água gelada e me sento. A conversa na mesa é sobre as histórias da noite anterior, e é claro que sou zuada por ter pulado na piscina nua. Encho meu copo com café sem açúcar e pego uma fatia de pão, que preparo com queijo minas e requeijão. Ficamos ali conversando e rindo por um tempo. Alguém conta que Nicole está passando mal, vomitando lá dentro. Um tempo depois, vejo ela vindo.

Jade aparece na porta, também de short jeans, chinelo e uma regata. óculos escuro, cabelo preso em um coque. Vem andando lentamente em nossa direção.

- Bom dia.

Diz quando chega e é respondida por todos. Ela me olha e sinto um frio na barriga. Jade se senta ao meu lado, ergue os óculos para o topo da cabeça.

- Bom dia. - Ela dá um sorriso sem exibir os dentes mas que rasga sua bochecha formando uma covinha. Linda.  Sorrio de volta.

- Bom dia, como você está?

- Estou ótima. - Ela diz esticando o braço e pegando um copo. Se serve com suco de laranja e pega uma fatia de bolo de cenoura com chocolate.  Ela também tomou banho, posso sentir o frescor de sua pele. Percebo que ela e sua amiga Gabi se olham.

- Parece que a noite foi boa pra muita gente ontem.

Bernardo solta em meio a um risinho e nos olha. Todos na mesa nos olham.

- É dona Laura? - Nat está de pé com a garrafa de café nas mãos, se servindo antes de se sentar.

- Será que eu posso não ser o foco hoje, já que já fui ontem?

Pergunto e ela ri.

O telefone de Lua toca, e ela atende. A conversa parece ser com alguém conhecido.

- Beleza, eu aviso o povo aqui. Beijo, tchau.

Desliga.

- Gente, era o tio Zé. Ele saiu daqui tem uma hora mais ou menos, falou que a estrada tá muito ruim por conta da chuva de ontem, muita lama, buraco...

- A estrada pra cá já é uma merda né!

- Sim, Nic, por isso é melhor a gente não demorar. Quanto mais carros passam lá, pior vai ficando, porque tá com essa chuvinha fininha e essa chuvinha é péssima.

- Vamos agitar o povo então - Diz Any chegando - Amiga, vou começar a arrumar minhas coisas. - Ela me olha.

- Beleza.

Olho para Jade:

- De todo jeito eu teria que ir embora mais cedo hoje, é aniversário da mãe da Any, vai ter um almoço na casa dela, e nós viemos juntas.

- Amiga, vamos ajeitar as coisas também? - Gabi nos interrompe.

Jade assente.

- Só vou terminar de tomar café. - Ela morde um pedaço de bolo e solta um suspiro de prazer depois da mordida, fechando os olhos. Sua mão vem parar na minha coxa nesse momento. Eu amo a espontaneidade dessa menina, ela está completamente relaxada e parecendo viver aquele momento em um mundo só dela.

Caminhos - 1 temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora