10º CAPÍTULO

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Passou dois dias e acabei por sair do hospital com a minha bebé. Ainda não estava a acreditar, que eu já era mãe, e tinha a minha filha nos meus braços. O Tiago foi-nos buscar:
- Vem comigo. – Tiago
- Vamos para onde? – Margarida
- Vem comigo, confia em mim. – Tiago
O Tiago levou as malas da Carolina e eu levava-a ao colo, ainda não tínhamos quase nada, nem carro, nem ovo, apenas algumas roupinhas. Fomos para uma estação de comboios, apanhamos um comboio para Lisboa. Pensei que ele me fosse deixar em casa dos meus pais, mas não. Passamos a casa dos meus pais e percebi que não era para aí que ele me queria levar, continuamos o caminho a pé, até que ele me deu a chave de uma porta.
- Esta é a chave da nossa nova casa. – Tiago
- O quê? Como assim nova casa? – Margarida
- Estes meses, tenho andado a trabalhar e consegui juntar o dinheiro suficiente para comprar esta casa para nós. – Tiago
Beijámo-nos, abraçámo-nos, e eu pedi-lhe para ele me dizer ao certo onde era a casa, fomos para lá, abri e vi a casa.
- É linda! – Margarida
- Não é uma casa gigante com piscina, mas pelo menos não temos vizinhos, não estamos num prédio, não é a maior casa de sempre, mas acho que é óptima para nós! – Tiago
- É mesmo! É linda, adoro mesmo. – Margarida
- Meu amor olha a tua casinha filha. – Margarida
Obvio que a Carolina não me ia responder mas queria dizer-lhe ahah, fomos ver a casa, era linda mesmo tinha tudo o que nós precisávamos. Quando cheguei ao quarto que ia ser da nossa bebé, estava lá tudo o que ela precisava, imensas roupinhas em cima da cama, um carrinho, um ovo, mantinhas, imensos peluches e brinquedos. Estava super feliz por ter tudo o que a Carolina precisa! Ficamos lá a tarde, mas por volta das 19h fomos à casa dos meus pais buscar todas as minhas coisas, e apesar de os meus pais não terem aparecido no hospital, queria apresentar-lhes a neta. Pus a Carolina no carrinho, peguei na minha mala e fomos. Cheguei quem me abriu a porta foi o Rodrigo e a Mafalda.
- Olá pequenina! – Margarida
- Manaaaa! – Mafalda
Apareceu o Rafael:
- Mafaldinha tem cuidado, a mana saiu do hospital à pouquinho tempo. – Rafael
- Desculpa mana. – Mafalda
- Não faz mal meu amor. – Margarida
- Posso pegar nela? – Rodrigo
- Claro tonto, mas tem cuidado. – Margarida
- É melhor seres tu a tirá-la do carrinho, tenho medo de a magoar. – Rodrigo
- Ahah está bem. – Margarida
O Rodrigo lá pegou na Carolina estava todo contente, entretanto atrás dele apareceu uma rapariga atrás dele, a nova namorada, foram todos para a sala brincar, o Tiago ficou a falar com o Rafael sobre a nova casa e assim, eu fui para o meu quarto e a Mafalda veio comigo.
- Mana vais-te embora outra vez? – Mafalda
- Vou meu amor, a mana tem uma casa nova, e quando tiver tudo arrumado, eu levo-te lá e tu passas lá dias com a mana e a Carolina e o Tiago. Queres? – Margarida
- Sim. – Mafalda
- Ajudas a mana a fazer as malas? – Margarida
- Sim, mas mana a Carolina tem quantos anos? – Mafalda
- Ela tem dias, nem um mês tem pequenina, ahah. – Margarida
Ela ficou super confusa e eu ri-me muito com ela, fomos fazendo a mala, já estava tudo pronto levei as malas para a sala, e ficamos lá a falar, não muito tempo, os meus pais chegaram, e eu mesma fui abrir a porta.
- Já estás em casa? – Pai
- Obrigada por me terem ido visitar ao hospital, mas pronto, vim buscar as minhas coisas, vou viver com o Tiago na nossa casa, vim apresentar-vos a Carolina. – Margarida
- Não queremos conhecer ninguém, foi a tua decisão, nunca concordamos. Não vamos sustentar essa bebé, nem a vou considerar minha neta. – Pai
- Como é que consegues dizer uma coisa dessas? – Margarida
- Dizendo! Sabes que mais? Queres sair desta casa não queres? Então sai agora. – Pai
- Vou sair. – Margarida
O Tiago trouxe as minhas malas, eu pus a Carolina no carrinho e trouxe algumas também. Despedi-me da Mafalda e do Rodrigo, e quando me estava a despedir do Rafael disse-lhe para depois me ligar para irem todos lá para casa, e para ver se eu me tinha esquecido de alguma coisa eles me levarem. Saímos dali, eu fui o caminho todo mesmo triste. Nunca esperei isto dos meus pais. Chegamos a casa, fomos por as malas no quarto, e a Carolina no berço, ela adormeceu pelo caminho.
- Como é que eles foram capazes de me fazer isto? – Margarida
- Eles estão a ser muito injustos contigo. O que eles fizeram não se faz a ninguém. Recusar a neta, é muito mau. - Tiago

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