21º CAPÍTULO

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Recebi uma mensagem no telemóvel da Patrícia a dizer-me para ir ter ao bar perto da praia, porque ela precisava de falar comigo urgentemente. Fomos lá ter e não via a Patrícia em lado nenhum, liguei-lhe e ela disse-me que tinha ido até à praia porque não me encontrava lá dentro e na praia estava mais à vontade para falar, estávamos a voltar para a praia quando o Tiago me tapou os olhos.
- Tiago estás a fazer isso porquê? – Margarida
- Já vês! – Tiago
- Mas nós ainda vamos cair, olha a Carolina. – Margarida
- Descansa não vais cair. – Tiago
Quando finalmente tirou a mão dos meus olhos, eu vi que estava lá toda a gente, a Patrícia e o Pedro, os meus irmãos, a Catarina e a Cláudia.
- O que é que vocês estão aqui a fazer? – Margarida
- PARABÉEEENS! – Patrícia e Rafael
- Obrigada!!! – Margarida
Estava a ser uma noite incrível e ainda ficou melhor, estava lá toda a gente que eu precisava, exceto o Pedro claro... Mas enfim, se lá estava é porque ele e a Patrícia já tinham resolvido as coisas. Passamos a noite a dançar, a Claudia ficou com a Carolina e com a Mafalda, e fomos todos à água. Estava a ser o melhor aniversário de sempre. A Claudia disse que tinha que se ir embora, já estava a ficar tarde para ela e perguntou se nós queríamos que ela levasse a Carolina, a Mafalda e o Rodrigo para casa e tomava conta deles, e nós aceita-mos.
- Porque é que eu não posso ficar? – Rodrigo
- Já não são horas para ti puto, vai lá embora. – Rafael
- Os pais não vai dizer nada de não os levares? – Margarida
- Não quero saber dos pais já, sei que eles estão bem entregues. E não estou a pensar em ir para casa esta noite. – Rafael
- Pois, vocês sabem muito, eu é que pago. – Rodrigo
- Vai chegar a tua vez acredita. – Catarina
Eles lá foram embora, e nós fomos os 6 para a areia para secarmos a roupa, queríamos ir para o bar para acabarmos a noite em grande.
- Estás a gostar dos anos pequena? – Rafael
- Claro que sim, está a ser o melhor aniversário que já tive. Os pais não te vão arranjar problemas por isto? – Margarida
- Eles não sabem de nada, e não estejas preocupada com isso agora. – Rafael
Neste mesmo momento recebi uma chamada da minha mãe, depois de tudo o que eles me fizeram não fui capaz de atender, guardei o telemóvel e fomos para o bar. Dançamos, bebemos talvez até demais. Recebi uma mensagem no telemóvel, era da minha mãe também... "Quando poderes falar liga, precisamos de falar contigo. Parabéns filha." Já não estava no meu melhor estado, mas de qualquer das maneiras não pensava em responder, guardei o telemóvel e continuei a dançar. Chegou a uma altura em que quisemos vir embora, mas estávamos praticamente todos bêbedos, nenhum de nós sabia como sair da praia então ficamos ali mesmo. Acordámos com uma voz que não conhecíamos.
- Acordem!!!! Vocês não podem estar aqui!!!
- O quê? Quem é o senhor? – Catarina
- Eu sou o dono deste bar, queremos abrir a esplanada e os meninos estão a ocupar o espaço.
- Desculpe, nós não fazíamos ideia, nós adormecemos aqui ontem... - Patrícia
- É, mas não se preocupe que nós vamos já sair daqui. – Pedro
- Vocês não vão sair daqui até não limparem todas as garrafas e copos que deixaram aqui.
Ontem trouxe-mos algumas bebidas, mas sinceramente não me lembrava de nada e nem sei como adormecemos ali. Pegamos nas nossas malas e começamos todos a correr em direcção aos carros e entramos, fomos para casa.
- Achas que conseguimos despistá-los? – Margarida
- Sim, de certeza que já não nos vê à muito tempo. – Tiago
- Só preciso de um bom banho agora. – Margarida
- Vamos tomar banho e depois vamos buscar a Carolina e os teus irmãos. - Tiago
- Sim, só espero que não tenham dado trabalho à Cláudia, ela foi impecável connosco. – Margarida
- Sabes como ela gosta deles, de certeza que não. – Tiago
Tomamos banho, vestimo-nos e comemos qualquer coisa, fomos para o carro e estávamos a caminho de casa da Cláudia, quando a minha mãe me volta a ligar, voltei a não atender o Tiago fartou-se de me dar na cabeça a dizer-me para atender o telemóvel porque apesar de tudo eram meus pais, mas não vou atender, não tem desculpa o que eles já me fizeram. Voltei a guardar o telemóvel, tocamos à campainha e subimos, assim que a Cláudia nos abre a porta, encontrámos quem não queríamos.


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