28ºCAPÍTULO

74 7 0
                                    

 - O seu irmão está em repouso agora. Ainda não está totalmente fora de perigo.
- Podemos vê-lo? – Margarida
- Sim. Quando ele estiver no quarto, vocês podem ir.
- Ele vai ficar bem? – Margarida
- Vamos fazer por isso.
Voltei a sentar-me na cadeira com a Patrícia, até que o médico nos fosse chamar. Quando finalmente nos vieram chamar, fomos logo para o quarto onde estava o meu irmão. Ele estava acordado, e só perguntava o que é que tinha acontecido, quando a Patrícia lhe explicou o que se tinha passado, ficou super enervado e dizia que as coisas não iam ficar assim. O médico foi ao quarto para nos dizer que tínhamos que sair para o meu irmão poder descansar então despedimo-nos dele e saímos do hospital para apanhar-mos um táxi de volta para casa.
- Espera Patrícia. – Margarida
- Diz? – Patrícia
- Os teus pais? Como é que eles reagiram quando viram aquilo? – Margarida
- Os meus pais não estão em casa, eles foram dormir a um hotel. – Patrícia
- Ah... Está bem. – Margarida
O táxi finalmente chegou, e fomos para casa, disse à Patrícia para vir dormir lá a casa mas ela disse que preferia ir para casa. Tirei as chaves da mala e abri a porta sem fazer barulho para não acordar o Tiago, vesti o pijama e depois fui dormir.
No dia seguinte acordei com uma chamada da minha "mãe" adoptiva, mas não atendi. O Tiago acordou também, contei-lhe tudo o que tinha acontecido e ficou chateado comigo por não lhe ter acordado, e por ter ido sozinha para o hospital.
- És sempre a mesma coisa. – Margarida
- Tu não me acordaste porquê, dás-me uma explicação? - Tiago
- Tiago eu tenho 17 anos quantas vezes preciso de te dizer isto? Eu fui de táxi, estás a inventar coisas onde não há. – Margarida
- Era muito tarde já Margarida, tenta perceber o meu lado. – Tiago
- Não! Tenta tu perceber o meu, vocês estão sempre contra a eu andar sozinha como se eu tivesse 10 anos, já chega. – Margarida
Liguei à Patrícia para saber se ela já tinha acordado, e ela disse-me que já estava no hospital, pensei que tinha acontecido alguma coisa mas não, ela estava lá apenas para estar perto dele. Tomei um banho, fui tomar o pequeno-almoço e depois fui tratar da Carolina enquanto o Tiago se arranjava, até que fomos para o hospital ter com a Patrícia.
- Então novidades? – Margarida
- Nada. O médico não diz nada. – Patrícia
- Mas isso é bom é porque ele não piorou. – Tiago
- Mas também não melhorou. – Patrícia
- Tem calma... Vai correr tudo bem, ele é forte. – Margarida
Passamos ali a manhã toda, só via pessoas a passarem para a frente para trás, médicos a andar de um lado para o outro, tentava distrair-me com o telemóvel mas sempre que pegava nele lembrava-me de que a minha mãe adoptiva me tinha ligado, não queria falar com ela, mas também não queria ficar com o sentimento de culpa se tivesse acontecido alguma coisa, mais tarde ela voltou a ligar e eu atendi.
- Olá Margarida.
- Olá.
- Como é que estão?
- Bem. O que se passa para estar a ligar?
- Nada, queria saber como estavas.
Enquanto falava ao telemóvel o médico disse que já podíamos ir ter ao quarto para estarmos com o Rafael e ela ouviu.
- Estás onde? Está tudo bem?
- Estou onde? Estou no hospital porque o seu filho está internado.
- O que é aconteceu com o Rafael?
- Não interessa o que aconteceu. Ele está bem agora, não se preocupe.
Desliguei a chamada e fui até ao quarto, o Rafael continuava irritado mas acalmou quando esteve a brincar com a Carolina.
- Tive imenso medo de te perder. – Patrícia
- Ok, nós vamos dar uma volta. – Tiago
- É nós já voltamos. Consegues tomar conta da tua sobrinha ou queres que eu a leve? – Margarida
- Acho que consigo tomar conta desta bebé. – disse rindo-se
Eu e o Tiago saímos do hospital fomos ao McDonalds buscar comida pra nós, para a Patrícia e para a Carolina.
Contei finalmente ao Tiago o que tinha acontecido com a Cláudia enquanto estávamos a almoçar.


Nothing Like UsOnde histórias criam vida. Descubra agora