Acorda-mos cedo, estava alguém a tocar à campainha dela, não sei como é que os pais da Patricia não ouviram nada. Ela foi ver quem estava a tocar.
- Nem imaginas quem é... - Patricia
- Quem??? – Margarida
- É o Pedro, Margarida o que é que ele está aqui a fazer? – Patricia
- A mim é que me perguntas? Vais abrir a porta? – Margarida
- Achas que deva abrir? – Patricia
- Tu é que sabes, faz o que achares melhor. – Margarida
Estava com vontade de lhe dizer para não abrir a porta e acho que ela percebeu isso, mas não quero ser o motivo por eles não estarem juntos, apesar de ele ter errado com ela, eu continuo a achar que ele gosta dela... Mas errou, e ela não merecia estar a passar por isto. Ela acabou por abrir a porta, eu fui para o quarto dela para tomar um banho e trocar de roupa e para fazer o mesmo à Carolina para ir ter com o Tiago, quando saí do quarto fui à sala para me despedir da Patricia.
- Se precisares de... - Margarida
Quando olhei para eles estavam a beijar-se, não sei se ela está a tomar a melhor decisão mas não quis dizer nada e vim-me embora. Falei com o Tiago e ele disse-me que estava em casa, tinha ido tomar banho e trocar de roupa para ir ter com uns amigos de turma dele. Antes de ir para casa fui a um café tomar o pequeno almoço com a Carolina e depois fomos para o autocarro. Quando chegamos a casa, tirei as chaves da mala e abri a porta, estava o Tiago a calçar-se no sofá da sala.
- Bom dia amor, como é que correu essa noite divertida? – Tiago
- Bom dia... Sim, como estão os teus pais? – Margarida
- Estão melhores, e o médico que está com eles agora diz que eles em principio têm alta mais cedo do que se esperava. Achas que eu vou bem assim vestido? – Tiago
- Sim... Estás bem, para quê tanta coisa? – Margarida
- Apenas queria saber a tua opinião, o que se passa? – Tiago
- Não se passa nada, não estavas de saída? – Margarida
Beijou-me e foi dar um beijo à Carolina e foi-se embora.
Estava quase na hora do almoço, comecei a fazê-lo e o Tiago continuava sem aparecer. Liguei-lhe e disse-me que estava mesmo a chegar para eu ir à janela. Não queria acreditar no que estava a ver. O Tiago estava a estacionar um carro e eu peguei na Carolina para descer e ir ter com ele.
- Então, que dizes? – Tiago
- Como é que tu estás a conduzir um carro se nem carta tens? Este carro é de quem? – Margarida
- Este carro é nosso, e eu tenho a carta sim à algum tempo já, apenas não te quis dizer até conseguir comprar o carro. – Tiago
- Não acredito! – Margarida
- Acredita, vai buscar a tua mala lá a cima e entra, vamos dar uma volta. – Tiago
- Estás mesmo a falar a sério? Mas eu acabei de fazer o almoço, não estou a acreditar nisto. – Margarida
- Esquece o almoço, vai lá buscar a mala e vamos. – Tiago
Demos um bom abraço e fui buscar a minha mala e também o ovo para que a Carolina pudesse ficar segura no carro. Não estava a acreditar no que estava a acontecer. Quando cheguei de novo ao carro estava o Tiago a falar com a Carolina e a mostrar-lhe o carro, que tonto. Fomos almoçar a um restaurante em Lisboa, gostei tanto do restaurante, era mesmo bonito e estava com quem mais precisava. Quando acabamos de almoçar, fomos até Belém, tinha lá um parque e andámos a brincar com a Carolina, comemos um gelado, estava a ser um dia mesmo bom.
Passamos toda a tarde lá, e quando chegou a hora de jantar começámos a ir embora, não sabia para onde ele me estava a levar, pelo menos não conhecia aquele caminho. Quando finalmente conheci o caminho, percebi que nos estava a levar até à praia, onde tudo começou na verdade. Perto do bar que estivemos da última vez tinha um restaurante e foi aí que jantámos.
- Porquê aqui? – Margarida
- Pensei que fosses gostar, preferes ir embora? – Tiago
- Não, estou a adorar mesmo acredita. – Margarida
Depois de termos acabado de jantar a Carolina já dormia.
- Anda, vem. – Tiago
- Vem onde? – Margarida
- Anda lá. – Tiago
Fomos para a praia mesmo, e deitámo-nos na areia. Estava uma noite linda, conseguíamos ver as estrelas na perfeição. Ficamos algum tempo assim e estava a ser tão bom.
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