14º CAPÍTULO

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- Quero que se divirtam muito e que aproveitem estas primeiras férias com esta bebé linda! – Pai do Tiago
- Muito obrigada. – Margarida
- Agora temos que ir, já está a ficar tarde para nós. – Mãe do Tiago
Ficamos a falar sobre essas tais férias, ficou combinado que íamos depois de amanhã, para termos tempo de preparar tudo, e se calhar era mesmo isso que precisávamos. Fomos deitar a Carolina e fomos dormir também, no dia seguinte quem acordou foi o Tiago para ir dar o leite à Carolina. Eu levantei-me pouco tempo depois, depois de acordar já não consigo dormir. Eram 15h e tocaram à campainha. Eu estava a vestir a Carolina, tinha acabado de lhe dar um banho, então foi o Tiago abrir a porta.
- Quem é? – Tiago
- Afonso. – Pai da Margarida
- O quê? O que é que você quer daqui? – Tiago
- Abra a porta, imediatamente. – Pai da Margarida
- Olhe o sr não fala assim comigo, tenha lá calma, está em minha casa eu posso mandá-lo sair. – Tiago
- Quem era Tiago? – Margarida
- Pai? O que é que estás aqui a fazer? – Margarida
- Vim tentar falar contigo a bem. – Pai da Margarida
- Diz o que queres. – Margarida
- És uma péssima mãe de certeza, tornaste-te uma... mãe aos 16 onde é que isto vai parar? Filha minha não é mãe aos 16, és uma... - Pai da Margarida
O Tiago deu um murro no meu pai e eu pousei logo a Carolina no sofá e puxei o Tiago para trás.
- O pai diz isso porquê? Porque não sou como a filha dos seus amigos? Se elas tivessem engravidado provavelmente os filhos delas andavam com os avós e elas não se iam preocupar nunca. Não tem o direito de me dizer isso. – Margarida
O meu pai deu um murro ao Tiago, o Tiago caiu ao chão e eu baixei-me logo também para o levantar e para o acalmar. Ele entrou pela minha casa a dentro e ia pegar na Carolina.
- NÃO! – Margarida
- Eu vou tirar-te esta criança, não tem que sofrer só porque tu erraste! – Pai da Margarida
- Não vai tocar num dedo que seja na minha filha! Sai-a já! Não ouviu? JÁ! – Margarida
Peguei na Carolina ao colo e agarrei-a bem, puxei o Tiago para trás.
- SAIA DAQUI JÁ! – Margarida
Ele saiu e a Carolina já chorava, andava a abaná-la no meu colo para a tentar acalmar mas estava muito difícil... O Tiago ficou mesmo furioso, e com razão... A porta estava aberta, e a Cláudia chegou.
- Aconteceu alguma coisa? – Cláudia
- Por favor ajude-me não consigo acalmar a Carolina, ela não para de chorar. O meu pai esteve aí, ele e o Tiago começaram à pancada, ele ia tirar-me a minha filha. – Margarida
A Cláudia entrou, fechou a porta e pegou na Carolina para a tentar acalmar, deu-me um abraço, ela transmite-me tanta segurança e protecção... Desde que a conheci que senti uma aproximação, é como se já a conhecesse. O Tiago tinha ido para o quarto para se tentar acalmar também e eu fui ter com ele.
- Tem calma está bem? – Margarida
- Como é que me pedes para ter calma? Ele ia tirar-nos a Carolina! – Tiago
- Mas não conseguiu nem vai conseguir. – Margarida
- Obvio que não, ninguém nos vai tirar a Carolina! – Tiago
- Deixa-me ver isso. Tens o lábio todo inchado. – Margarida
Tratei da ferida dele, estava mesmo mal, odeio vê-lo à pancada muito menos com o meu pai. Voltamos para a sala e lá estava a Cláudia com a Carolina.
- Conseguiste acalmá-la... - Margarida
- Sim, já está calminha, foi só um susto. – Cláudia
- Ele não se vai safar assim. – Tiago
- Tem calma a violência não resolve nada. – Cláudia
- Ele ia tirar-me a minha filha e isso eu não admito! – Tiago
- E tens toda a razão, mas têm que ter calma os dois, vocês precisam de se acalmar. – Cláudia
- Nós amanhã vamos 2 semanas para o algarve, os pais dele ofereceram-nos... Vai fazer-nos bem... - Margarida
- Aproveitem muito bem. Esqueçam os problemas e concentrem-se na vossa filha. – Cláudia
A Cláudia foi-se embora, eu e o Tiago fomos fazer as nossas malas e as da Carolina, já tínhamos tudo pronto para de manhã irmos. Só queria esquecer que isto tinha acontecido.

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