22° CAPÍTULO

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Os meus pais estavam em casa da Cláudia.
- O que é que vocês estão aqui a fazer? - Margarida
- Precisavamos de falar contigo e não atendias o telemóvel por isso falámos com a Cláudia e viemos até aqui. - Mãe
- Falaram com a Cláudia? Mas vocês conhecem-se? - Margarida
- Precisamos de falar. - Mãe
- Falem. - Margarida
- A Carolina está enorme, e está tão bonita. - Mãe
- É está mesmo, afinal não era assim tão má mãe como diziam não é? Mas enfim falem o que querem. - Margarida
O Rodrigo levou a Carolina para o quarto e o Tiago foi ajudá-lo, ficamos todos na sala, eu, a Claudia e os meus pais, foi quando decidiram finalmente falar.
- Isto é uma coisa muito importante e não sabemos como vais reagir. - Mãe
- Falem de uma vez, depois de tudo o que já me disseram. - Margarida
- Eu e o teu pai não somos os teus pais biológicos, tu e a Mafalda foram adotadas. - Mãe
- O quê??? - Margarida
- É verd... - Mãe
- Como é que vocês me esconderam uma coisa destas? Quem são os meus pais? - Margarida
- Nós não sabiamos como ias reagir. Não sabemos dos teus pais biológicos eles já não dão notícias a algum tempo... - Mãe
- Eu já volto. - Claudia
Pareceu-me que estava muito em baixo mas secalhar foi só impressão minha, apenas queria sair dali.
- Quem é que sabe disto? - Margarida
- Só eu e o teu pai é que sabemos disto. Nenhum dos teus irmãos sabe. - Mãe
- E não vão dizer-lhes? Acham que eles não têm o direito de saber? - Margarida
- Não estamos pensar falar com eles. - Mãe
- O quê? Como é que eu nunca desconfiei de nada. Eu não sou de desistir dos problemas, de vocês já não se pode dizer o mesmo. E o pai não diz nada? - Margarida
- A tua mãe já disse tudo o que tinha a dizer. - Pai
Virei as costas e fui-me embora a chorar até ao quarto onde a Carolina estava a dormir, e fui abraçar o Tiago. A Cláudia tinha voltado para perto dos meus pais e ficou a falar com eles durante algum tempo. Eu não conseguia parar de chorar para explicar ao Tiago o que tinha acontecido... Mais um problema, já não tinha suficientes. Quando consegui acalmar-me e explicar-lhe o que tinha acontecido ele não queria acreditar. Vivi 16 anos de mentira, do melhor aniversário de sempre tinha acabado de se tornar no pior. Já me doía tanto a cabeça, por causa da noite de ontem e de ter estado a chorar que só queria sair dali e andar sem rumo.
- Não vais andar por aí sozinha, não estás bem. - Tiago
- Eu não sou nenhuma criança Tiago, vou só dar uma volta preciso de estar sozinha. - Margarida
- Mas não queres que vá contigo? - Tiago
- Tiago não, deixa-me ir. - Margarida
- Que teimosa. Então vou para casa com a Carolina se precisares que te vá buscar ligame. - Tiago
- Não vai ser preciso. - Margarida
E fui estava a andar sem rumo, sinceramente nem estava a prestar atenção ao caminho que estava a fazer, ia sendo atropelada senão ouvisse a buzina do carro.

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