26º CAPÍTULO

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Vimos o filme, depois fomos almoçar qualquer coisa por lá e acabámos novamente nas lojas. Disse-lhes que tinha combinado irmos jantar a casa da Cláudia e eles não se importaram. Já era por volta das 19:30h quando fomos embora do centro comercial, estávamos a ir para o carro.
- Vocês compraram tantos batons para quê se só podem usar um de cada vez? – Tiago
- É verdade! E sapatos também vocês têm apenas 2 pés!!! – Rafael
- Não sejam tontos, compramos porque precisávamos. – Margarida
- Precisavam??? Vocês já têm uns 1000. – Rafael
- Nunca é demais. – Patrícia
- Até a Carolina resmungou, de estar tanto tempo à espera das madames. – Tiago
- Está é frio agora, ainda bem que trouxemos as mantas para ela. – Margarida
- Sim, está mesmo. – Patrícia
- Tens frio? – Rafael
- Não muito, também já estamos a chegar ao carro. – Patrícia
O Rafael tirou o casaco dele e deu à Patrícia para o vestir, pondo-lhe de seguida o braço por cima para a agarrar.
- Que giros!! – Margarida
- Toma o teu casaco Rafael, não vais estar ao frio por minha causa. – Patrícia
- Não, deixa estar. – Rafael
Ficou um ambiente super estranho entre eles, depois de terem trocado olhares. Entramos no carro e fomos para casa da Cláudia.
- Olá, chegamos muito tarde? – Margarida
- Olá, claro que não, entrem. – Cláudia
- Olá Cláudia. – Rafael e Patrícia
- Ui que estes até já falam em sintonia. – Margarida
- Olá Cláudia, boa noite. – Tiago
- Olá a todos. – Cláudia
Peguei na Carolina ao colo para que a Cláudia pudesse estar um bocadinho com ela, e ficamos a falar durante algum tempo, até que fomos jantar, foi um jantar super animado e a Cláudia cozinha muito bem.
- Margarida podes vir comigo até ao quarto? – Cláudia
- Claro. – Margarida
- Obrigada. – Cláudia
- Passa-se alguma coisa? – Margarida
- Não, mas quando fizeste 17 anos, não tive oportunidade para te dar uma prenda, então quero dar-te agora. – Cláudia
- Oh, não era preciso nada Cláudia. – Margarida
- Senta-te por favor. – Cláudia
- Está bem... - Margarida
- Toma. – Cláudia
Comecei a desembrulhar e vi que era um álbum de fotografias.
- É mesmo giro, obrigada. – Margarida
- Abre... – Cláudia
- Tem fotografias de bebés. – Margarida
- Não são fotografias de "bebés" são fotografias tuas, quando eras bebé. – Cláudia
- Como é que tu tens isto? – Margarida
- Tendo. – Cláudia
- Cláudia??? – Margarida
- Sim. – Cláudia
- Como assim tendo? – Margarida
- Eu sou a tua mãe biológica. – Cláudia
- O quê?! – Margarida
- É isso mesmo que ouviste... - Cláudia
- Como é que pudeste? Como é que tu me mentiste também? – Margarida
- Eu não podia dizer-te nada percebe isso por favor. – Cláudia
- Tu não podias dizer-me nada? Como é que tu és capaz de dizer uma coisa dessas? – Margarida
- Eu não podia mesmo! – Cláudia
- Tu mentiste-me! – Margarida
- Margarida tem calma por favor! – Cláudia
- Não, tu mentiste-me, tal como toda a gente, eu pensava que podia confiar em ti. – Margarida
- Tu podes confiar em mim, entende que eu não podia dizer nada! – Cláudia
- Não podias dizer nada porquê? Han? Diz-me! – Margarida
- Eu não posso falar, mas acredita em mim eu não podia dizer nada. Desculpa-me por favor. – Cláudia
- Tu estás a gozar comigo? Tu mentiste-me também, e estás a mentir de novo, não querias ser minha mãe não é? Não faz mal eu afasto-me de ti. – Margarida
- Margarida não faças isso, por favor... - Cláudia
- Quando é que soubeste que eu era mesmo tua filha? Ao longo destes anos todos não foste capaz de aparecer... Como é que sabias que era eu? – Margarida
- Desde que sou tua professora, soube que eras a minha filha por causa dos teus pais, falei com eles. – Cláudia
- Vocês mentiram-me todos vocês. – Margarida
- Eu não podia falar Margarida!! – Cláudia
- Diz-me! Diz-me porque é que não podias dizer-me que eras minha mãe, diz-me! – Margarida
- Queres saber é? Então eu vou dizer-te! - Cláudia

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