Passei a noite em claro enquanto alinhava tudo sobre o caso, ainda faltavam dois suspeitos para serem interrogados, eram 7:58 da manhã quando meu celular tocou, Miguel já estava me chamando para continuar a investigação, John fez o mesmo quando deu 8:00.
Busquei Miguel na minha casa e fui com ele até o quarto suspeito, Maycon Oliveira da Rua Azevedo 117.
Miguel me contou no carro que sua esposa vai organizar o velório de seu filho essa manhã e que a tarde será o enterro.
Chegando ao local pude ver o carro da polícia de John do lado da rua do suspeito, ele estava tomando um café do lado de fora, o café é da mesma cafeteria em que fui com ele no dia anterior, ele também estava com mais dois copos.
"Trouxe umas bebidas para vocês rapazes, chocolate quente pro detetive e um café com leite para o repórter." Diz John enquanto tirava os dois copos de cima do carro para nos entregar.
A casa de Maycon era próxima a periferia, tinha uma cor bege, portão de alumínio branco com janela de grade, duas janelas na frente e o telhado era de concreto sem laje.
Apertei a campainha e não pude deixar de notar que John ainda estava com ressaca depois de beber na noite anterior, Miguel estava bem mais tranquilo mas ainda era perceptível a tristeza em seu rosto.
A porta é aberta e uma senhora sai de lá de dentro, ela possui uns 75 anos e mede algo em torno de 1,60 pesando uns 85 kg, usava um vestido de flores e uma tiara preta, tinha a pele morena e brincos em formato de coração, usava sapatilhas pretas com um bordado de flor em branco.
"Oh bom dia senhores, como eu posso ajudá-los?" Disse ela com um olhar desconfiado ao ver que John era um policial.
"Gostaríamos de falar com Maycon Oliveira, me falaram que o endereço dele é nessa residência." Disse Miguel enquanto se aproximava da senhora.
"Oh meu Deus, então aconteceu algo? É sobre o acidente dele? Ele bateu o carro a alguns dias e teve seus pertences roubados, até a roupa do couro dele foi retirada! Aaa Deus como puderam fazer uma crueldade dessas com meu garotinho?"
Disse a senhora com os olhos um pouco lacrimejados e uma voz abatida.
"Então Maycon sofreu um acidente e foi roubado? Ele está no hospital agora não é? Podemos vê-lo?" Perguntou John enquanto bebia seu café.
"Ele está em coma, meu Deus, que tragédia, ele infelizmente ainda não acordou, por favor, encontrem os responsáveis por isso!" Disse a senhora.
Miguel acalmou um pouco a senhora enquanto dava um pouco de água para ela, descartamos Maycon como suspeito pois não tinha como matar Matheus se ele estava de coma.
Pegamos os veículos e deixamos a residência logo depois, fomos para o último suspeito e a nossa última esperança de encontrar esse criminoso, Gustavo Virgílio da Rua Alexandre de Moraes 237.
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O Aniversário Vermelho
Mistério / SuspenseUm detetive de uma cidade sucumbindo à corrupção e a violência acaba tendo que investigar uma série de assassinatos envolvendo os aniversários de suas vítimas.
