Capítulo 28

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Minji

Entramos no pequeno restaurante que parecia mais um bar. Poucas pessoas, cheiro de comida, quadros antigos nas paredes e músicas como jazz enchiam o lugar

Jungkook, yoongi e eu nos sentamos na mesa cumprimentando todos. Todos rindo e contando piadas, outros se empanturrando de comida, e eu estava a pensar em como iria contar a todos eles.
Contar que eu tinha menos de 2 meses de vida.

Yoongi segurava a minha mão forte, e estava a todo momento com seus olhos em mim.

— Min... você quase não comeu nada, pega esse pedaço de carne — jimin coloca um pedaço pequeno de carne em meu prato. Espeto a carne com o garfo e como o pedaço de carne, que por sinal estava muito bom

— vocês dois estão muito grudados... —  taehyung espreme os olhos apontado pra mim e yoongi

— uai, eles são namorados. — jimin coloca outro pedaço de carne em meu prato — é isso que namorados fazem taehyung

— VOCÊS ESTÃO NAMORANDO? —  taehyung gritou com os olhos estralados

— já vai fazer quase 3 meses Tae... —  Jungkook murmurou

— você não sabia? — namjoon franzi a testa

— não! — ele bate a mão na mesa — por que ninguém me conta nada...

— você que é meio desligado. — yoongi ri soltando minha mão — acho que os assuntos científicos estão a te fazer mal.

— eu estou morrendo. — digo derrepente

— por ter que aguentar o chato do yoongi? — seokjin ri

— do que você tá falando minmin? — Jungkook percebe que eu continuo séria

— eu... — sinto yoongi segurar minha mão novamente — eu fui diagnosticada com uma doença rara á alguns meses.

— o que? Mas porque não contou pra nós? — jimin diz preocupado

— eu não queria deixar ninguém abatido com tudo isso... me desculpem.

— porque tá se desculpando? Você não fez nada de errado minji. Tenho certeza que se você seguir tudo o que o médico dizer, você vai ficar bem! — jhope abre um sorriso gentil

— queria que ficasse tudo bem... — yoongi diz soltando minha mão e vejo que seus olhos estão cheios de lágrimas

— Yoongi! Você não tá ajudando com essas palavras! — seokjin bate na mesa

— mas ele tem razão...

— o que? do que você tá falando minji? — namjoon coloca os braços em cima da mesa

— Não tem cura. Meu tempo é limitado.

— tempo limitado? Como assim? —  Jungkook franzi a testa

— significa que ela vai morrer. Significa que ela vai morrer em breve. —taehyung murmura mas todos conseguem ouvir

— O QUE?? — jimin grita e se levanta —  minji... isso é mentira não é?

Apenas sinto lágrimas desserem pelo meu rosto. Não consigo erguer meu rosto, não consigo olhar para nenhum deles.

minmin... — escuto a doce voz de Jungkook que logo se transformou em lágrimas

Um lugar que estava cheio de risadas e piadas, agora foi tomado por choro e tristeza. Alguns estão sentados processando tudo isso, e outros estão em pé e caminhando de um lado para o outro com os olhos cheios de lágrimas.

— eu... preciso tomar um ar... — digo me levantando da mesa. Apenas caminho em direção à saída do restaurante. Sinto meu corpo ficar fraco, e meu coração acelerar derrepente

— minji... — ouço a voz do jimin atrás de mim — eu sinto muito... eu...

— eu devia ter contado antes... me desculpa jimin...

— deve estar tudo tão difícil pra você... eu sinto muito. — nos abraçamos forte, e ficamos assim por um tempo

— se precisar de mim, eu estou aqui. Sempre vou estar

— obrigado jimin. — sinto meu corpo ficar mais fraco, como se estivesse prestes a se desmontar

— vou lavar meu rosto... está todo vermelho — jimin ri entre as lágrimas. O mesmo se vira para entrar no restaurante

— jimin... — sinto meu corpo se desmontar

— MINJI!? — ouço jimin gritar meu nome alto — SOCORRO!!

Acho que estou inconsciente

Sinto as mãos de jimin a me segurar e a me sacudir. Ouço as vozes dos outros, e escuto mais choros e choros. Tudo parecia lento e silencioso.

Ouço o barulho da ambulância. Tudo ficou escuro.

Tento abrir os meus olhos e vejo fortes luzes a cima de mim. Pessoas de branco correndo apressadas. Meus olhos estavam entre abertos, e ao inclinar a cabeça um pouco pro lado, meus olhos se encontram com os olhos de yoongi.

Seu cabelo está bagunçado, e seus olhos inchados. Ele está a chorar e a soluçar.
Sinto muito por deixar você assim...

Dou um pequeno sorriso que tenho certeza que ninguém percebeu. E tudo ficou escuro novamente.

[...]

filha... acorda! Porque está dormindo aqui? — ouço uma voz familiar

— pai...? — olho ao redor e vejo um belo campo de lavandas — onde eu estou?

— vamos, levante! Venha, vamos ver o por do sol.

Apenas caminho seguindo o mesmo. Onde eu estava? Eu havia morrido?
Nos sentamos em um banco que tinha no meio das lavandas. O por do sol estava lindo...

— bonito, não é? — concordo com a cabeça — o que você está fazendo aqui minji?

— eu não sei... eu morri?

— não... você não morreu. — abraço o mesmo

— eu estou com medo. — confesso

— não tenha medo Min. Deus está cuidando de tudo... — ele faz carinho em minha cabeça

— tem razão. Que seja feita a vontade de Deus...

E sol foi embora. E tudo escureu novamente.

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Espero que vocês tenham gostado!
E lembre-se, Deus está no controle de tudo!

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