Assim que Sara saiu da cela, o ar ficou pesado. Michael sentiu o estresse crescendo, cada vez mais consciente de que as coisas estavam saindo de controle. Ele sabia que precisava lidar com aquilo antes que se tornasse um problema ainda maior. Sara estava envolvida demais, emocionalmente, e isso colocava todo o plano em risco.
Ele passou a mão pelos cabelos, tentando se recompor, quando ouviu passos rápidos se aproximando. Elena entrou na cela, os olhos arregalados, claramente à beira de um colapso.
“Eu vi o jeito que ela saiu daqui,” Elena começou, a voz carregada de raiva. “O que ela disse, Michael? O que está acontecendo entre vocês?”
Michael ficou surpreso com a intensidade dela, mas sabia que mentir só pioraria as coisas. Ele respirou fundo e tentou manter a calma. “Elena, eu vou te contar tudo. Mas antes de qualquer coisa, quero que saiba que você é a única pessoa que importa pra mim. Nada mudou, tá bem?”
Ela cruzou os braços, ainda desconfiada. “Então por que ela saiu daqui com aquela cara? Ela estava te tocando, Michael! Eu vi!”
Michael deu um passo em direção a ela, mas Elena se afastou, levantando a mão, claramente abalada. "Ela está confusa, Elena. Eu disse a Sara que não pode haver nada entre nós. Ela está tentando lidar com isso, mas não é fácil pra ela."
"Ela está tentando ficar com você, e você está deixando!", Elena exclamou, com a voz tremendo. "Você acha que eu não percebi? Ela está sempre por perto, sempre tentando se aproximar. Eu sabia que isso iria acontecer!"
Michael tentou alcançar a mão dela, mas Elena se afastou de novo, as lágrimas começando a escorrer por seu rosto. "Eu te avisei que ela era uma distração. Eu sabia que isso iria nos separar."
Ele finalmente conseguiu segurar a mão dela, apertando-a firmemente. "Elena, não tem nada acontecendo. Eu só preciso que ela continue ajudando com o plano. Ela é a filha do governador, e isso nos dá uma vantagem. Mas não é por ela, é por nós. Eu estou fazendo isso para que a gente possa sair daqui juntos."
Elena olhou para ele, os olhos cheios de emoção, mas sem conseguir esconder o ciúme e a dor. "Eu confiei em você, Michael. E agora... eu não sei mais o que pensar."
Michael suspirou, tentando encontrar as palavras certas para acalmar a situação. "Eu não vou deixar nada, nem ninguém, ficar entre nós. Sara não significa nada além de uma peça no nosso plano. Você é a única pessoa que eu amo, a única pessoa com quem eu quero estar."
Mas as palavras dele, por mais sinceras que fossem, não pareciam suficientes para Elena. Ela balançou a cabeça, se afastando, como se estivesse tentando processar tudo. "Eu... preciso de um tempo para pensar. Isso está me matando, Michael."
Ela saiu da cela rapidamente, deixando Michael sozinho mais uma vez, o peso da situação esmagando-o. Ele sabia que precisava manter o plano em andamento, mas ao mesmo tempo, precisava consertar as coisas com Elena antes que tudo desmoronasse.
Lá fora, Elena andava pelos corredores da prisão, o coração disparado e a mente em turbilhão. Ela não sabia em quem confiar, e a dor de ver Sara tão próxima de Michael era sufocante. Ela sabia que precisaria de força para lidar com tudo aquilo... mas a dúvida já havia sido plantada.
Enquanto ela tentava manter o foco, viu T-Bag à distância, observando-a com aquele sorriso sinistro no rosto. Ele sabia mais do que deveria, e Elena sentiu um arrepio percorrer sua espinha. "Eu vou resolver isso," ela murmurou para si mesma, determinada.
Elena continuou andando pelos corredores de Fox River, tentando manter a cabeça fria, mas a cena de Sara passando as mãos em Michael repetia-se em sua mente, incendiando seu coração. A prisão, que já era sufocante, parecia ainda menor agora que Sara estava envolvida.
De repente, uma voz a interrompeu.
"Problemas no paraíso, querida?" T-Bag apareceu encostado na parede, o olhar malicioso fixo nela. Ele sempre parecia surgir nos piores momentos.
Elena estreitou os olhos, sua paciência no limite. "Isso não é da sua conta, T-Bag."
Ele deu um sorriso diabólico e deu um passo em direção a ela. "Oh, mas eu adoro me meter onde não sou chamado. Especialmente quando se trata de Scofield e seus joguinhos amorosos. Deve ser difícil pra você... ver outra mulher se metendo, não é?"
Elena cruzou os braços, tentando se manter firme. "Eu não vou cair no seu jogo, T-Bag. Tenho problemas mais sérios para lidar do que você."
Ele deu uma risada curta, claramente se divertindo com a raiva dela. "Ah, eu sei. Mas sabe o que é interessante? Gente apaixonada toma decisões estúpidas. Você está disposta a fazer o que for preciso pra proteger seu homem, certo?"
Elena o encarou, tentando esconder qualquer fraqueza. "O que você quer, T-Bag?"
Ele inclinou a cabeça, como se estivesse pensando. "Nada por enquanto. Só estou me divertindo observando como tudo vai desmoronar. Mas, se precisar de ajuda com... digamos, Sara ou qualquer outra distração... sabe onde me encontrar."
Elena o observou sair, seu sangue fervendo com a insinuação de que ela precisaria da ajuda de alguém como T-Bag. Mas, ao mesmo tempo, a tensão que Sara estava criando era inegável. E se ela realmente acabasse comprometendo o plano?
Ela voltou para a cela, e ao entrar, viu Michael sentado, com a cabeça entre as mãos. Ao perceber sua presença, ele levantou o olhar, os olhos cansados.
"Elena, eu sinto muito," ele começou, mas ela o interrompeu.
"Michael, não podemos deixar isso continuar. Sara está obcecada por você, e ela tem poder demais sobre o que estamos tentando fazer. Se você continuar a usar a influência dela para nos ajudar, ela vai querer algo em troca... mais do que você pode dar."
Michael suspirou, sabendo que ela estava certa, mas preso em um dilema. "Eu sei, mas precisamos dela. A posição dela pode nos dar acesso a coisas que ninguém mais pode. Ela é a filha do governador, e pode ser nossa única saída daqui."
Elena se aproximou dele, ajoelhando-se à sua frente e segurando suas mãos. "Eu entendo, Michael, mas você tem que controlar isso. Eu não vou ficar aqui assistindo ela se aproximar cada vez mais de você, enquanto eu sou empurrada para o lado. Preciso saber que posso confiar em você."
Ele apertou as mãos dela com força, a sinceridade brilhando em seus olhos. "Você pode confiar em mim, Elena. Só em mim. Eu prometo que não vou deixar que isso vá longe demais. Sara vai continuar a nos ajudar, mas eu vou colocar limites."
Elena ainda estava inquieta, mas as palavras de Michael, como sempre, tinham um jeito de acalmá-la. Mesmo assim, o nome de Sara ainda era como um espinho, uma ameaça que poderia crescer se não fosse controlada.
"Está bem," ela disse finalmente, embora ainda com reservas. "Mas se ela cruzar a linha de novo, Michael, eu mesma vou lidar com isso. Entendido?"
Michael assentiu, sabendo que Elena estava falando sério. Ele teria que ser extremamente cuidadoso a partir de agora. O plano de fuga dependia de manter tudo em equilíbrio, mas o fio que ele andava estava cada vez mais tênue.
Antes que pudessem continuar a conversa, Sucre apareceu à porta da cela, parecendo preocupado.
"Papi, precisamos ir. Algo está rolando no bloco B, e Bellick tá mais atento do que nunca. Isso pode complicar nosso plano."
Michael levantou-se rapidamente, olhando para Elena uma última vez antes de seguir Sucre. "Vamos resolver isso, e depois continuamos. Eu amo você."
Elena assentiu, observando-o sair da cela, mas o desconforto não a deixava. A sensação de que algo estava prestes a desmoronar a rondava.
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PRISON BREAK|•EM BUSCA DA VERDADE L.L
FanfictionQuando Lincoln Burrows é condenado à morte por um assassinato que não cometeu, seu irmão, Michael Scofield, vê-se diante de uma escolha impossível: deixar a justiça falhar ou arriscar tudo para salvá-lo. Mas Michael não está sozinho. Ao lado dele es...