PRISON BREAK|•EM BUSCA DA VERDADE L.L

O retorno

O baú finalmente foi aberto, revelando o brilho das notas que refletiam nos rostos cansados de Michael, Elena, Lincoln e Sucre. A sensação de alívio começou a tomar conta deles, mas a tranquilidade durou pouco. Um farfalhar nas folhas à distância fez todos pararem imediatamente.

“Acham que iam se livrar de mim tão facilmente?” Uma voz fria e familiar ressoou no ar.

T-Bag surgiu das sombras, sujo, com o olhar cruel e implacável. Sua mão, antes amputada, agora estava grotescamente costurada de volta, com uma aparência perturbadora que fez todos recuarem.

“Vocês me devem algo,” ele disse, sorrindo de forma perversa enquanto seus olhos brilhavam com insanidade. Ele olhou diretamente para Michael, que tentava disfarçar o desconforto.

Elena sentiu o corpo inteiro se enrijecer ao ver a figura de T-Bag, mais ameaçadora do que nunca. A tensão no ar era quase palpável.

“T-Bag, acabou,” disse Michael, a voz firme, mas o suor escorrendo pelas têmporas. “Esse dinheiro não é seu.”

T-Bag soltou uma gargalhada sinistra, um som que parecia gelar o sangue. “Ah, Scofield, eu estava ouvindo cada palavra que vocês disseram sobre esses cinco milhões, e agora é minha vez de tomar o que é meu.” Ele levantou a mão costurada de maneira grotesca, mostrando-a com orgulho. “Vocês tentaram me deixar para trás, mas, vejam só, ainda estou aqui.”

Lincoln deu um passo à frente, encarando T-Bag com fúria. “Se tocar em qualquer um de nós, não vai sair daqui vivo.”

T-Bag não parecia nem um pouco intimidado. Seus olhos faiscavam de loucura. “Eu não vim aqui pra negociar, eu vim buscar o que me pertence. Se não me derem o que quero, posso garantir que alguém aqui vai perder mais do que uma mão.”

Elena manteve-se ao lado de Michael, o corpo tenso e o coração batendo acelerado. Sucre, por sua vez, olhou para a mão de T-Bag e deixou escapar um gemido, seus olhos arregalados de choque.

“Ai, papi…” ele murmurou, e antes que alguém pudesse reagir, Sucre desmaiou no chão, o estresse da situação finalmente o superando.

T-Bag soltou uma risada cruel, sem tirar os olhos do dinheiro. “Parece que um de vocês já caiu... quem será o próximo?”

O ar estava carregado de tensão enquanto Michael, Elena, Lincoln e Sucre se reuniam em um canto isolado, longe dos olhares de T-Bag e Abruzzi. O plano estava sendo cuidadosamente elaborado.

“Precisamos fazer isso rápido. Se não, teremos que dividir o dinheiro com o Abruzzi,” Michael começou, seu olhar sério.

“Eu posso fingir que estou roubando o dinheiro. Assim, podemos ficar com tudo só para nós,” sugeriu Sucre, nervoso, mas animado com a ideia.

“Você tem certeza disso?” Elena perguntou, preocupada. “E se algo der errado?”

“Confie em mim. Eu sei como fazer isso,” respondeu Sucre, um brilho determinado nos olhos.

Depois de discutir os detalhes do plano, Sucre se afastou e se aproximou de T-Bag e Abruzzi, colocando em prática o que havia combinado com os amigos. Ele puxou uma arma, apontando para os dois.

“Todo mundo pra baixo! A entrega é minha agora!” Sucre gritou, a adrenalina pulsando em suas veias.

T-Bag e Abruzzi trocaram olhares de choque. “O que você pensa que está fazendo?” T-Bag perguntou, mas a hesitação logo se transformou em uma expressão de raiva.

“Entreguem a mala com o dinheiro e ninguém se machuca!” Sucre insistiu, mantendo a arma firme.

Abruzzi, em estado de choque e fúria, atendeu, sem saber o que fazer. Com um gesto rápido, T-bag entregou uma mala para Sucre, que a pegou com firmeza.

Assim que o dinheiro foi em suas mãos, Sucre se virou e saiu correndo, fazendo um sinal para Michael, Elena e Lincoln se juntarem a ele.

Os quatro se reuniram em um local seguro, longe do alcance de T-Bag e Abruzzi. A euforia tomou conta do grupo.

“Conseguimos! O dinheiro é só nosso!” Lincoln exclamou, seus olhos brilhando de felicidade.

Sucre abriu a mala, e a expectativa encheu o ar. Mas a euforia rapidamente se transformou em confusão e desespero. O que eles encontraram lá dentro eram apenas revistas amassadas.

“Não... isso não pode ser,” Michael sussurrou, olhando para o que deveria ser cinco milhões de dólares, mas era só papel.

“Ele nos enganou!” Elena gritou, a frustração e a raiva tomando conta dela. “T-Bag! Ele fez isso de propósito!”

“Precisamos encontrá-lo!” Lincoln disse, a determinação tomando conta dele. “Não podemos deixar ele escapar com nosso dinheiro!”

Enquanto o grupo se recuperava do choque, uma única certeza pairava no ar: T-Bag havia conseguido mais uma vez, e a batalha estava longe de acabar.