~Capítulo 3~

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- POV AMAURY

Finalizei alguns relatórios e passei em casa para me trocar. Peguei o endereço do bar que Samuel me mandou no whatsapp marcando de encontrá-lo no local por volta das nove horas. Eu não estava muito acostumado a frequentar aquele tipo de lugar. Na verdade, eu não estava acostumado a frequentar lugar nenhum. Meu negócio era curtir a paz e a tranquilidade do meu lar, nesse ponto, Diego tinha razão ao meu respeito. Eu era velho, chato e rabugento mesmo. Logo que entrei no bar, Samuel me viu e acenou pra mim. Ele estava no balcão de bebidas acompanhado de Felipe e mais um cara que eu não conhecia que era muito bonito por sinal.  O cara tinha o cabelo preto mais era da cor de Diego. Seus braços torneavam muito bem em uma justa camiseta branca. O rapaz me lançou um olhar tão fulminante assim que me aproximei dos meus amigos que me deixou sem jeito. Eu não sabia se o ele era modelo, mas tranquilamente, poderia ser.

- Olha Brasil e não é que ele veio mesmo? - brincou Paulo, animado.

-Finalmente Amaury resolveu sair do casa né mano.-Diz Felipe me abraçando.

 - Amaury esse aqui é o Bruno, um amigo nosso que encontramos aqui por acaso e convidamos ele pra ficar com a gente. 

 Ele sorriu para o bonitão que alargou ainda mais o sorriso na minha direção. Confesso que quase perdi o ar com a perfeição daqueles dentes. Eu só havia visto um sorriso mais bonito que aquele uma vez na vida, mas era de alguém que eu não estava afim de pensar agora. Bruno apertou minha mão e olhou fixamente dentro dos meus olhos.

-É um prazer te conhecer Amaury, espero que não se importe de eu participar da reunião de vocês.

-Claro que não me importo. -Eu disse desconcertado pela intensidade que ele me olhava.

- Faz tempo que vocês estão aqui? - Foi a primeira pergunta que veio na minha cabeça para tentar sair daquela situação constrangedora.

 - Faz uma hora mais ou menos. - Samuel me respondeu, mas logo voltou a atenção para o Felipe. Já vi que a minha noite ia ser longa. Acenei a cabeça sem graça, batucando meus dedos nervosos no balcão. 

_ -Você bebe alguma coisa? - perguntou Bruno simpaticamente pra mim.

 Ai meu Deus, o cara estava mesmo oferecendo uma bebida? Senti-me uma daquelas garotas tentando ser conquistada pelo homem. Que vergonha! Sentei-me no banco ao lado do rapaz e esfreguei minhas mãos na calça. Eu estava suando frio.

 - Er... E.eu... - merda, essa não era hora de eu começar a gaguejar, era? 

- Pode ser uma cerveja mesmo, mano. - Bruno riu.

 - Tem preferência de algum tipo? - eu não era muito de beber, então, eu não fazia a menor idéia do que ele estava falando. Pra mim cerveja era cerveja, não tinha esse negócio de tipo. Percebendo o meu constrangimento, Dhygo perguntou. 

- Você gosta de cerveja mais amarga, mais forte ou mais frutada e suave? - olhei pra ele com um sorriso.

- Cara na boa, me desce uma heineken logo que está tudo certo. - Falei e ele sorriu pedindo a mesma pra nós dois e logo após isso o clima foi ficando mais confortável e o papo foi fluindo.

Bruno era um cara bastante agradável e divertido. Passamos a noite toda conversando e após analisá-lo, acabei me interessando muito pela sua contratação na minha agência. Assim como Diego, Bruno era o tipo de cara que chamaria a atenção de qualquer anunciante. Seria muito bom para a empresa ter mais alguém com um valor comercial tão grande para revezar as campanhas com Diego. Eu poderia até dobrar o meu lucro tendo dois profissionais daquele porte.

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