~Capítulo 12~

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-POV LUCAS

Agora tudo fazia sentido pra mim. Meu ciúme, minhas preocupações, a falta de vontade de transar na última semana, minha falta de interesse em assumir relacionamentos sérios, a necessidade de querer estar sempre presente na vida dele, cuidando, protegendo, o arrepio estranho na minha nuca e a vontade louca de beijar aquela boca. Mesmo um pouco alcoolizado, eu estava totalmente consciente do que estava acontecendo naquele banheiro. Um vulcão entrou em erupção quando nossos lábios se tocaram e nós dois parecíamos que íamos explodir. Amaury agarrou firme minhas costas, enquanto eu dava o meu melhor em cada canto de sua boca. Eu queria arrancar da minha cabeça aquela cena do Senhor Simpatia beijando a boca do dele no escritório dele semana passada e queria, de todo jeito, fazer Amaury se esquecer daquele beijo também. Ou melhor, eu queria que ele se esquecesse de todos os outros beijos que havia trocado antes de mim. Quando o ar tornou-se necessário, afastei lentamente meus lábios da boca dele e ficamos ali, nos encarando em silêncio.

-Acho que me empolguei... - falo contornando meu dedo na linha de seus lábios vermelhos e inchados.

 - Você nunca me contou que era um vampiro. - ele brinca.

 - Você também nunca me contou que era afim de mim. Estamos quites. - dou de ombros envolvendo meus braços em sua cintura.

- Eu ainda não contei. Como você soube? - nisso Lennon meu amigo abre a porta, enfiando apenas a cabeça para dentro do banheiro.

- Dieguinho eu não quero te apressar, mas, será que você poderia dar uma agilizada aí no processo? - perguntou desviando o olhar para Amaury. - Oi Amaury. - ele sorriu, dando-lhe um tchauzinho tímido e voltou a olhar pra mim. - Amigo, eu já estou sofrendo bullying e ameaças de morte aqui fora por impedir tanto tempo a entrada desse banheiro... - Amaury franziu o cenho confuso com a aquela cena, mas eu o ignorei.

- Lennon eu te dou mais 500 reais se você conseguir segurar por mais cinco minutos... - pedi com meu melhor sorriso inocente. Eu sabia que ele faria isso de graça por mim, mas não custava nada dar um incentivo. Após Lennon fechar a porta, Amaury ficou olhando pra mim.

 - Você subornou o seu amigo  para me prender dentro do banheiro, Diego? - perguntou, incrédulo.

 - Ah, como eu não sabia se só os meus músculos seriam capazes de te impedir de sair daqui até falar comigo, resolvi pedir reforço. - eu sorri, puxando ele pela cintura de novo. - Um reforço de peso, diga-se de passagem.

 - Você sabe que agora o Lennon sabe que a gente estava se pegando aqui dentro, né?

- E daí?

 - Como e daí, Diego? Amanhã a cidade toda poderá estar sabendo também. Ele é fofoqueiro que só! E se amanhã você acordar e se arrepender? -Amaury saiu de perto de mim e caminhou até a porta ficando de braços cruzados, encostado na madeira.

Caminhei a passos lentos até ele de novo e apoiei minhas mãos na madeira da porta, uma em cada lado de sua cabeça. - Se arrependeu, né? - perguntou arqueando a sobrancelha pra mim. Encarei Amaury com seriedade dessa vez.

- Completamente. - ele tentou abaixar a cabeça para desviar o olhar, mas impedi, levando uma das mãos abaixo do seu queixo. - Estou completamente arrependido de não ter feito isso a oito anos atrás. - e então eu sorri, capturando os lábios do meu melhor mais uma vez.

Saímos do banheiro da Vitrinne como se nada tivesse acontecido. Lennon sorriu discretamente para nós e  Amaury ergueu a cabeça, assumindo sua postura de homem de negócios de sempre. Eu comecei a reparar em coisas que eu não prestava muita atenção antes de beijar meu melhor amigo e sorri. Ele até que ficava bem sexy ativado nesse modo prepotente de dono da porra toda.
Não era incomum para todos nos virem andando  juntos, então, ninguém estranhou quando nos não despedimos de ninguém e fomos embora mais cedo da festa.

- Você vai pra minha casa ou para a sua? Amaury perguntou.

- Não é meio óbvio essa pergunta?

- É? - Ele  questionou entrando em seu carro. Eu o acompanhei, me sentando no banco do passageiro. Antes dele colocar a chave na ignição, eu sorri com malícia, puxando o seu corpo de encontro ao meu.

- Se eu já gostava da sua cama antes de beijar a sua boca, imagina agora que eu sei tudo que você pode me oferecer naquele colchão fofinho?

- Ei, cara. Eu não sou nenhum vagabundo, não, viu? - Amaury se afastou e deu partida no carro. - Está achando que tá fácil pra você chegar, me usar  e sumir da minha vida como você faz com todo mundo que você pega? Não senhor, sou um homem de família! Vai ter que me cortejar muito para abusar desse corpinho. - comecei a gargalhar e ele também.

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Desculpem a demora e att pquena mais o pov vai mudar, tive um problema familiar e não deu pra postar mais prometo voltar com att diaria, se bem que nossa historia está no final mais prometo lançar outra e maior.

Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora