VISAO SOFIA
Estávamos há alguns minutos no Uber em direção à casa da Duda. Estaria mentindo se dissesse que estou apática à situação do João. Eu me importava com ele? Sim. Mas nunca me apeguei.
Quando chegamos ao apartamento da Duda, resolvi não subir e já fui direto pedir outro Uber enquanto ela chamava o elevador. Até que um pensamento passou pela minha mente: por que eu não fico? Uma notificação de "motorista encontrado" chegou à minha tela, mas resolvi cancelar antes que Duda visse. O que eu tenho a perder? O não eu já tenho. Às vezes, ignorar o beijo que ela deu em outra pessoa mais cedo é o melhor a se fazer.
– Duda, eu acho que estou passando mal. Posso subir e usar o banheiro? – Digo, guardando o celular na bolsa.
– Claro, Sofi, eu notei que você não estava bem mesmo.Subimos até o apartamento da Duda e eu fui direto ao banheiro, onde planejava fazer absolutamente nada. Ouço batidas na porta e a destranco:
– Tá tudo bem, Sofi? Você tá aí faz um tempo e eu ouvi o barulho do TikTok. Tô bêbada, mas não tô surda – ela diz, rindo.
– Ah, Duda, cansei de ficar aqui já – digo, saindo do banheiro. – Tava arrumando uma desculpa pra ficar só...
– Pra quê, Sofi? – ela pergunta, me olhando de forma duvidosa. – Fiquei preocupada agora.
– Porque... – Meu Deus, o que eu tô fazendo aqui. – Estou me sentindo meio mal e não queria correr o risco de vomitar na minha bolsa igual você. – Por que eu disse isso?
– Vai se fuder, prostituta – Duda ri, e aquilo me derrete por dentro. Meu Deus, por que ela tem que ter esse sorriso tão contagiante?O tempo passa e nós viajamos por milhares de assuntos, e por milhares de segundos ela ficou mais atraente. Conversa vai, conversa vem, e, por mais bêbada que Duda estivesse, ela estava completamente ciente das suas ações. O jeito como jogava o cabelo repetidamente para trás e molhava os lábios não era inocente, ou talvez o álcool estivesse alterando completamente a química do meu cérebro.
– Eu te desculpo, viu? – Digo enquanto me sento próxima, até demais, de Duda.
Ela me olha confusa e ajeita o cabelo de novo, puta que pariu.
– Pelo quê, Sofi?
– Por “pegar pesado com o flerte”. Tá tudo bem, eu estava gostando – digo, relembrando nosso papo na balada.
– Eu também estava gostando, mas fiquei com medo de estar sendo invasiva, por causa daquele maldito também.
– Mas agora não tem ele, né? – Digo, hipnotizada pelos lábios dela.
– Não... – Antes que Duda terminasse a frase, eu colo nossos lábios juntos, quase como um pedido de socorro. Levo minha mão à sua nuca e tento não me afogar no mar de tentação que minha mente estava navegando no momento. Ela retribui e, sem hesitar, continua o beijo na mesma intensidade, de forma tão sedenta quanto eu. Avançamos a etapa, e vejo sua língua pedir licença entre meus lábios. Nesse momento, sinto a mão de Duda passando pelos meus cabelos, dando uma leve puxada para trás. Por poucos segundos, nossos lábios se desgrudam, apenas para respirarmos e nos deslocarmos da sala para o quarto. Ao chegarmos na porta – fechada – Duda me encosta nela e continua a guiar beijos pelo meu pescoço e boca. Minha mão voa até sua cintura e a puxa para o mais próximo possível. No momento em que a maçaneta atrás de mim é aberta, meu desejo por ela aumenta ainda mais – como ela conseguiu abrir a porta me beijando?Ao entrarmos no quarto, sinto meu corpo ser empurrado para a beira da cama de Duda, e eu me sento nela. Em meio a gemidos agora liberados e respirações ofegantes, Duda retira minha camisa. Eu puxo a barra do short dela e abro o zíper. O peso de Duda cai sobre mim e me empurra contra o colchão. Minhas mãos voam pelo corpo da morena, tentando ao máximo tocar e sentir cada parte. Quando chegamos ao topo da cama, Duda começa a distribuir beijos pelo meu pescoço e agora visível tronco. Nesse momento, me permito abrir os olhos e notar o quão atraente seu braço tatuado é. Sinto seus dedos passarem pelos meus lábios e depois irem em direção ao meu pescoço, enquanto sua outra mão está posicionada logo acima da barra da minha calça, pedindo espaço para se aproximar da minha intimidade. Seus beijos continuam descendo até perto de sua mão. Trocas de olhares agora são inevitáveis, e o cheiro de Duda e do nosso libido permeiam meu cérebro. A mão que estava na minha nuca desce e abre meu sutiã, e seus dedos finalmente deslizam até o lugar que eu mais desejei.
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NAO ME MATEM MAS A LEITURA VAI FICAR PRA PRÓXIMA, RELAXEM, A FIC TA NO COMEÇO, é só pra testar vocês mesmo, obrigada novamente pelo apoio
1k❤️❤️❤️❤️❤️🫦🫦🫦🫦
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daylight - soarda
Romancesofia e duda sempre foram amigas e, em tirando algumas festas, manteram essa pose para seus fãs e amigos. Até que após um episódio de mais um pograma alcoolizado, duda é forçada a dormir na casa de sofia.