5. Devaneios excessivos.

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Seus longos cabelos ruivos balançavam suavemente a cada passo apressado que ecoava pelos corredores cheios de estudantes

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Seus longos cabelos ruivos balançavam suavemente a cada passo apressado que ecoava pelos corredores cheios de estudantes. O som de seus sapatos contra o piso parecia ser o único ruído que realmente a atingia, como se o caos ao seu redor — as risadas, as conversas dispersas e o burburinho incontrolável dos adolescentes — estivesse abafado, distante demais para importá-la. Apesar do tumulto e da energia que fluía em todas as direções, Blossom sentia-se isolada, alheia à confusão da escola entre uma aula e outra. Tudo ao redor parecia distante, como se estivesse em outra frequência, enquanto sua mente estava focada no peso que carregava e nas questões que não conseguia ignorar.

Bubbles estava estranha naquela manhã, algo que fugia completamente ao habitual para a irmã mais nova — apenas alguns segundos mais nova que Blossom e Buttercup, mas sempre tão cheia de vida. O comportamento incomum de Bubbles fez com que um incômodo brotasse no peito de Blossom, um desconforto que só aumentava conforme ela repassava mentalmente os detalhes sutis daquela manhã. O olhar normalmente brilhante de sua irmã parecia mais opaco, e os sorrisos que ela sempre distribuía como raios de sol estavam ausentes, como se algo sombrio a tivesse tocado durante a noite.

Blossom sentia um nó apertando em sua garganta, um pressentimento ruim que a seguia pelos corredores. Tentava manter a postura firme, mas a verdade é que a preocupação se infiltrava a cada pensamento, criando cenários em sua mente que iam desde o trivial até o impensável. O que quer que tenha acontecido com Bubbles durante o sono? Esse pensamento a atormentava, como uma sombra persistente, ameaçando devorar a paz que sempre buscava manter. Blossom sabia que algo estava errado e a sensação de impotência, de não poder proteger a irmã de um perigo desconhecido, a angustiava profundamente.

Era comum que Bubbles tivesse pesadelos desde a infância, especialmente considerando os terrores que enfrentavam. Mas nem todos os pesadelos eram iguais. Alguns, em particular, eram diferentes... sombrios. E Blossom sabia que, quando se tratava de Him — Que até o momento estava morto —, os tormentos eram profundos e difíceis de esquecer. Esses momentos voltavam como fantasmas, perseguindo Bubbles nas noites mais escuras, e Blossom podia sentir o peso disso em cada movimento contido da irmã. A lembrança de Him ainda pairava como uma ameaça silenciosa, uma sombra do passado que, por vezes, parecia nunca ter sido realmente derrotada.

Blossom queria desesperadamente conversar com Bubbles, descobrir o que exatamente tinha ocorrido durante a noite e oferecer o conforto que ela tanto precisava. Mas o caos daquela manhã, com os corredores da escola fervilhando de vozes e agitação, não permitia um momento de paz. Ela olhava para a irmã, desejando poder encontrar um instante para falar, mas, até então, o dia havia sido implacável e agitado. Cada segundo que passava parecia adicionar mais à sua angústia, e a preocupação latejava em sua mente, como uma ferida aberta que não conseguia fechar enquanto o tumulto ao redor continuava.

Ela finalmente alcançou o grêmio estudantil, e assim que a porta se fechou atrás de si, um suspiro aliviado escapou por seus lábios. O silêncio acolhedor que preenchia o ambiente contrastava fortemente com o caos dos corredores, oferecendo-lhe a paz que tanto ansiava. Era nesse refúgio que Blossom encontrava conforto, uma serenidade quase tangível, onde o único som era o suave farfalhar de páginas de livros e o sutil tilintar de xícaras de café.

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⏰ Última atualização: Oct 06 ⏰

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