Capítulo 06: A Droga do Trabalho de História.

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Júlia Bergmann pov

Eu estava tão ansiosa para que as aulas acabassem, porque hoje eu finalmente iria fazer o trabalho de história na casa da S/n. Sei que pode parecer besteira, mas eu queria muito passar um tempo com ela. No fundo eu queria conhecer a verdadeira S/n, porque eu tenho certeza que a S/n que eu conheço não é ela de verdade. Eu penso que a melhor forma de conhecer alguém é como ela é em casa com a família ou como ela é com os amigos dela. Ela pode ser alguém diferente na quadra por ser muito competitiva, e uma pessoa diferente comigo por ser do clube rival.

Agora eu estava rabiscando enquanto o professor falava algo que não me interessava. Eu estava distraída e só conseguia pensar que finalmente eu teria um tempo a sós com ela. Vamos finalmente nos conhecer melhor, e ela vai descobrir que eu não sou chata. Eu pensava tudo isso enquanto desenhava no meu caderninho. Eu espero que ela realmente goste de mim.

– Júlia, você vai agora ou vai esperar o Lukas?

Luzia perguntou se levantando. Pelo visto a aula acabou e eu não tinha percebido.

– Ele acabou de largar, vamos todas juntas.

Comento após ler a mensagem que o meu irmão mandou.

– Beleza.

Nós três esperamos o meu irmão sair da escola e nos encontrar no ponto de ônibus. O problema era que ele estava demorando muito, e eu estava impaciente.

– Olha só, é primeira vez que vejo a garota do sorriso bobo, impaciente.

S/n apareceu na minha frente com um sorriso provocador e com sua amiga ao lado.

– Chegou quem não devia...

Luzia falou baixo, acredito que só eu e a Aninha ouviu ela sussurrando incomodada.

– Então quer dizer que você me olha quando estou sorrindo.

Falo em tom provocativo e vejo ela revirar os olhos com os braços cruzados. Ela ficou calada por alguns segundos, até as minhas amigas rirem baixo e ela criar coragem para se defender.

– Sonha, Bergmann.

Ela deu as costas e saiu, a sua amiga olhou a Lu dos pés à cabeça e saiu.

– Hoje as duas e meia?

Pergunto e minhas amigas me olham confusas.

– Duas e quarenta! Não quero você dez minutos antes na protagonista da minha casa.

– De duas e trinta eu chego lá.

– Vou te deixar esperando por dez minutos.

– Ah, mas não vai mesmo.

– Até mais tarde, chatonilda.

– Até mais tarde, garota que é apaixonada por mim.

Ela me deu dedo e saiu me xingando.

– Ok, agora quero saber o que foi isso?

– Nada demais, só vamos ter que fazer um trabalho juntas.

– Que trabalho? Não consigo lembrar de nenhum trabalho.

Luzia disse desesperada.

– Só nós duas vamos fazer esse.

– Ué...

Aninha ficou confusa.

– Oi meninas!

– Chegou o mascotinho...

Voltamos para casa no primeiro ônibus que passou, eu estava com pressa, e eu não queria me atrasar. Quando cheguei em casa eu tomei logo o meu banho, fiz um penteado no cabelo e fui almoçar. Sei que não é novidade, mas eu estava muito ansiosa para chegar logo na casa da S/n. Tomara que o nosso dia seja bem legal, porque eu quero muito que tudo ocorra bem.

Eu Odeio (Amo) Ela - Júlia BergmannOnde histórias criam vida. Descubra agora