Conforto na floresta proibida

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Capítulo 13

Conforto na floresta proibida
 

        O tronco da árvore pressionava desconfortavelmente contra as costas de Marvolo, as raízes machucando suas pernas. Nada como o peso de sua criança contra si, compensando a dor do restante de seu corpo.

        Desde que eles haviam conversado e Harry decidido que estava grande demais para continuar buscando o peito de seu lorde como forma de conforto, houve uma redução significativa em suas interações, especialmente em seus hábitos.

        Marvolo possuia tantas tendências quanto Harry a seguir rotinas rigidamente, mesmo que Harry fosse mais flexível quanto a elas, o mais velho se encontrava encarando dificuldades em se adaptar a mudança abrupta. Sua criança estava saindo do degrau da infância e o lorde não estava pronto para isso.

        O garoto havia parado a muitas semanas de fugir do dormitório para abraçar o lorde para se preparar mentalmente para as aulas do dia seguinte, dispensando o lorde como seu principal protetor quando se via preso em problemas. Ele estava se tornando um adolescente em busca de sua independência e desapego ao seu provedor.

        Oque frustrava Marvolo que sentia falta dos momentos com sua criança.

        Harry levantou os olhos, encarando seu lorde com suas íris brilhando, nublados pela tempestade que se acendeu dentro deles; resquícios das lágrimas grudando seus cílios.

        Apesar do quão inflexível Harry se mostrou com seu desejo de desmame, ele ainda sugava o peito de Marvolo com avidez, apertando os dedos contra a carne macia de forma a faze-la seu suporte. O lorde tinha a impressão de que se seu menino estivesse tão banguela quanto o dia em que nasceu, estaria mastigando a carne como forma de reter suas emoções caóticas; Dificilmente sairia algum leite dado as poções hormonais que o lorde passou a tomar para cortar seu fluxo lactante, além do ritual planejado para reviver seu antigo peito reto.

        As ações de Harry não trariam outra coisa além de usar as mamas como uma forma de bolas antiestresse.

        Marvolo o encarou de volta, tentando entender oque se passava na mente do pré adolescente sem ter que recorrer aos feitiços mentais — sabendo como ele odiava a sensação de ter sua mente invadida. O garoto havia crescido muito no último verão, estando poucos centímetros mais alto que o próprio lorde, oque causou grande dificuldade quando um Harry choroso e sem fôlego chamou por Tom e quase imediatamente grudou em suas vestes, tentando se enfiar dentro do calor seguro.

        Apesar da incoveniencia da altura, eles fizeram dar certo — Marvolo só não possuia a certeza se conseguiria se levantar sozinho.

        Após um momento o lorde sentiu a cavidade úmida se distanciar, o ar levemente frio penetrando sua pele e ajudando a anestesiar os arredores pulsantes. Marvolo ao menos conseguia se recordar da última vez em que Harry se apoiou tão duradouramente em si, se recusando a ficar milímetros de distância do seu lorde. Com o crescimento, especialmente com a introdução escolar, tornou-se parte da rotina apenas mamadas rápidas com pouco intervalo entre elas. Mas naquele momento, o sonserino tinha a impressão de que já haviam passado muitas horas do toque de recolher, especialmente com Harry tendo o chamado pouco antes da última aula do dia.

        Harry respirava com dificuldade, por vezes fungando tão tensamente que Marvolo sentia que ele não queria ser ouvido. Como se quisesse passar despercebido, desconsiderando a forma como se agarrava ao seu lorde; seus ombros tremiam levemente. Não era preciso ser um especialista em legilimência para ler as emoções que o afogavam, cada sentimento e pensamento passando por seus olhos nebulosos. O lufano não conseguia encarar seu lorde, seus dedos se mexendo de forma nervosa contra o mamilo.

Lactação - papai TommyOnde histórias criam vida. Descubra agora