3 • Um Pouco de Loucura

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Castiel

Alí estava eu observando aquele lindo estranho na minha frente. Seus olhos verdes nunca desgrudando dos meus, até que eu pigarreio e logo falo:

─ Você quase me afogou. Não viu que tinha uma pessoa na frente não? ─ Digo em um tom quase que irritado enquanto tiro um pouco de areia do braço.

─ Ei, foi mal, desculpa. Eu realmente não vi ok? Eu só tava nadando e daí a onda se formou e acabei não vendo você. ─ O estranho tenta se explicar.

─ Maluco...─ Me viro de costas pra ele e dou alguns passos enquanto ele me segue.

─ Maluco? Maluco por que? Eu não vi a onda cara. ─

─ Fala sério.. Tô com areia até no- ─

─ Aonde? ─ Pergunta ele com um sorriso cafajeste no rosto.

Franzo um pouco o cenho e olho pra ele meio indignado. ─ No ouvido! Você achou que eu ia falar em outro canto né? Tarado! ─

─ Mas hein?! Não, é que eu tô com areia lá também. ─ Deu de ombros.

Reviro os olhos e me viro para ir embora novamente até que ele pega meu braço de forma leve.

─ Ei ei ei, calma aí. Deixa eu pelo menos me desculpar direito. Meu bar fica perto daqui, muito perto aliás, e eu posso levar você pra tomar uma bebida e se desculpar mais adequedamente. ─

─ Olha me desculpa mas eu prefiro ir embora tá? Que vergonha... ─ Coloco as mãos no rosto e penso se alguém viu uma das cenas mais vergonhas da minha vida.

─ Vem cá você mora aqui? ─

─ Não me leva a mal mas não te interessa e eu realmente prefiro voltar daonde eu vim... ─ Falo e meus olhos involuntariamente descem até seu corpo molhado e rapidamente me recomponho.

─ Qual é não precisa ficar dando patada. Só tô tentando ser amigável e pedir desculpas, afinal temos uma história agora não é? ─ Diz ele num tom brincalhão enquanto dá uma piscada.

Balanço a cabeça em negação ─ Olha, adeus ok? Passar bem. ─ Dessa vez vou embora de vez pegando minha roupa que tava na areia, vestindo ela. Resolvo olhar para trás e vejo ele me encarando e um leve rubor aparece em meu rosto fazendo eu me virar rapidamente para frente.
Porém não deixo de notar o quão bonito o homem era.

×××

Na mansão dos Singer estava tudo em ordem e "paz" tirando o fato de que Bobby, como sempre, vivia sendo um pouco rabugento. Era o jeito dele.
Sam havia chegado e apesar de passar certa parte do tempo em seu notebook resolvendo suas coisas de advogado, tirava um tempo para conversar com o pessoal da casa ─ exceto Nick ─ e ir na biblioteca da mansão passar um tempo lendo livros e comentar sobre as histórias com Bobby. O local era como um refúgio para o mais velho.

─ Mudando de assunto Bobby, você está bem mesmo não é? ─ Sam pergunta.

─ É claro que estou! Vocês se preocupam demais comigo. ─ Responde o Singer.

─ Claro que nos preocupamos, somos sua família e antes disso você teve desmaios, sangramento pelo nariz e sinais de fraqueza. Como você queria que não nos preocupassemos? ─

─ Sam você devia saber que sou duro na queda. E se o exame deu tudo bem é porque está tudo bem. ─ Ele diz enquanto folheia uma página do livro do autor brasileiro, Machado de Assis que foi traduzido pela sua editora para ser publicado no Kansas e em outros estados.

Entrelaços do Destino (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora