Aguenta firme

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POV TOM KAULITZ
A tensão no carro era quase insuportável.
O som do motor rugindo nas estradas vazias ecoava nos meus ouvidos, mas minha mente estava em outro lugar. Gustav e Georg estavam atrás de mim, a Amy ao meu lado, nervosa.

Ninguém precisava dizer nada.

Felipe está com S/N. Sabíamos que ele estava cada vez mais desesperado, mais perigoso. E nós estávamos correndo contra o tempo.

Eu pisava no acelerador com força, tentando ignorar o medo crescente. Não era apenas raiva que me movia, era o medo de que Felipe realmente fosse capaz de machucar S/N de uma maneira irreversível.

E se ele machucar a S/N, ele também vai machucar Bill.

Quando chegamos ao prédio abandonado, depois de uma hora e meia de viagem, todos saltaram dos carros em silêncio, como se tivéssemos treinado essa operação antes. Minha mão foi direto para a arma em minha cintura.

Não tinha certeza de que seria capaz de puxar o gatilho, mas eu sabia que não tinha escolha.

Se Felipe tivesse tocado em S/N de novo, eu acabaria com ele.

- Precisamos achar o Bill.
Eu disse, enquanto entravávamos no prédio.

Georg: Eu posso procurar ele. Alguém quer vir comigo?

Amy: Eu posso ir.
Ela se afastou de mim e foi para o lado do Georg.

- Ok, vocês vão procurar o Bill e eu e o Gustav vamos atrás do Felipe.
Todos concordaram e nos separamos, indo em direções opostas.

Estamos há 10 minutos procurando algum lugar, e até agora nada.

- Você conseguiu descobrir alguma coisa sobre esse Felipe, Gustav?
Perguntei enquanto andávamos.

Gustav: Não, mas eu sei que ele tem pai ausente e medo do abandono. Fora isso, nada.

- Que merda.

Milhares de salas vazias ou com antiguidades inúteis, nada que possa nos ajudar.

Gustav: Tom, o que é aquilo?
Ele disse, parado na frente de uma das salas.

Voltei alguns passos para ver o que Gustav havia visto. Maddy desmaiada, muito sangue no chão e uma faca.

Bill matou a Madison.

Gustav: Ela tá morta?

Fui até o corpo e dei um leve chute para verificar.

- Sim.

[...]

Amy: Tom! Tom, cade você?
Ouvi a voz de longe.

Olhei para trás, Amy e Georg voltavam com Bill entre eles, voltando com o apoio dos dois.

Ele estava destruído.

- Puta que pariu.
Eu corri até o meu irmão.
- Que merda aconteceu com você?

Bill: Não se preocupa comigo, Tom. Eu to bem.
Ele se apoiou em mim.

A blusa cheia de sangue, o cabelo bagunçado. Ele estava fraco, não sei quanto tempo ele ainda aguenta.

- Não, você não tá bem. Olha pra você.

Bill: Eu não me importo, a gente precisa salvar a S/N.

Ele vai fazer de tudo por ela.

- Certeza?

Bill: Sim.

Olhei para o resto, respirei fundo e ouvi um grito.

- Tá bom, vamos salvar a S/N.

Meu Professor | Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora