Eu juro que ela morre agora

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POV BILL KAULITZ
Eu estava com o celular do Felipe nas mãos, mas cada segundo parecia uma eternidade. Ouvir a voz do Tom do outro lado da linha me trouxe um alívio momentâneo, mas isso não era o suficiente.

Precisávamos de um plano, e rápido. S/N estava nas mãos de um psicopata, e eu sabia que o tempo estava contra nós.

Depois de desligar, olhei ao redor, procurando alguma pista que pudesse me dizer onde Felipe a levou. O corredor estava escuro e silencioso, como se o próprio lugar estivesse segurando a respiração, esperando pelo pior.

O cheiro de sangue e suor me envolvia, lembranças dolorosas de Madison e do caos recente. Mas eu não podia me dar ao luxo de hesitar.

Mas primeiro, eu preciso saber aonde estou. Eu não faço a menor ideia de onde esses dois maníacos nos levaram.

Com passos rápidos, segui pela única direção possível, tentando achar alguma janela ou algo do tipo.

A dor no meu corpo era sufocante, mas a imagem de S/N assustada e machucada era o que me movia.

Felipe sabia exatamente como me destruir, e estava usando S/N como a última peça do seu jogo doentio.

Finalmente achei um buraco em uma parede que dava vista para o lado de fora. Eu estou em um prédio bem alto e abandonado, nenhuma luz ou sinal de vida do lado de fora.

Espero que o Tom chegue logo.

POV S/N
Cada segundo ali parecia uma eternidade. O ar pesado da sala abafada me sufocava.

Eu tremia, não só pelo medo, mas pela dor e angústia que tomava conta de mim. Minha visão estava embaçada pelas lágrimas, estava quase sem voz de tanto gritar de dor, mas eu conseguia ver o sorriso de Felipe enquanto ele esfregava os dedos pela faca ainda suja com meu sangue.

Minhas mãos estavam amarradas, meu corpo enfraquecido. Eu mal conseguia respirar direito, sentindo a dor horrível na barriga onde ele havia me cortado.

Cada vez que a lâmina atravessava minha pele, era como se a esperança dentro de mim estivesse sendo arrancada.

Felipe: Se acalma, S/N... Vai acabar logo. Você nem vai sentir depois de um tempo.
A voz dele era fria, calculada. Ele se divertia com o meu sofrimento.

Minha mente gritava para lutar, para escapar, mas meu corpo não obedecia. Eu não conseguia.

Tudo o que eu queria era Bill. A última coisa que eu via antes de ser arrastada para cá era o desespero nos olhos dele, o mesmo desespero que eu sentia agora.

Eu precisava ser forte. Eu tinha que acreditar que ele viria me salvar.

POV TOM KAULITZ
A ligação de Bill me abalou de um jeito que poucas coisas já conseguiram.

Ele estava desesperado. Eu nunca o tinha ouvido assim antes, e isso me deixou alerta imediatamente. Quando ele disse que S/N estava em perigo, algo dentro de mim se ativou.

Olhei para o relógio. 5h23 da manhã.

Eu estava no meu quarto ao lado de Amy, que dormia tranquilamente nos meus braços. Eu não quero preocupar ela, mas não posso mentir e fingir que tudo está sob controle, porque não está.

Delicadamente, me levantei da cama e me vesti o mais rápido possível, tentando achar Gustav e Georg pela casa. Espero que o efeito do álcool já tenha passado neles.

Georg estava deitado no sofá da sala, e Gustav, no chão. Agitei o ombro de Georg e ele acordou, depois fiz o mesmo com Gustav.

Gustav: O que foi...
Disse com voz de sono.

Meu Professor | Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora