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[LEO]

Ariadne e eu estávamos sentados lado a lado no cinema, com Jason e Piper logo atrás, enroscados em um abraço. À nossa frente, Percy e Annabeth dividiam um balde de pipoca, ou melhor, Percy devorava enquanto Annabeth tentava pegar um pouco. E, para piorar minha visão, Frank estava na fileira da frente com Hazel. Não entendo por que Frank, sendo o mais alto de todos, tinha que sentar bem ali, bloqueando quase toda a tela. Eu já era baixinho, e ele conseguia transformar isso em um desafio maior.

Ariadne tinha a cabeça repousada no meu ombro, e eu podia sentir meu coração derreter. Ainda era difícil acreditar que estávamos namorando. Quer dizer, já fazia dois meses, mas parecia que minha ficha não tinha caído completamente.

Ela era inteligente demais. Bonita demais. Basicamente, fora da minha liga. Como alguém assim estava comigo? Nem em meus maiores delírios eu poderia imaginar algo melhor.

Eu me esforçava para ser um bom namorado. Quer dizer, claro que eu era... ou pelo menos tentava ser. Mas a verdade é que eu nunca tinha namorado antes. Nunca tinha beijado ninguém antes dela, pra ser honesto. Ela era a primeira em tudo. Tudo isso era novo pra mim — como aprender a andar de bicicleta, só que com sentimentos e menos joelhos ralados.

Mas eu estava feliz. Já fazia dois meses desde nossa missão para recuperar o Aegis, e isso significava que, por enquanto, estávamos de férias de monstros, deuses, titãs e qualquer outra ameaça apocalíptica.

E agora, parecia que tudo tinha finalmente se encaixado: Ariadne, que sempre foi tão insegura em relação à irmã, Annabeth, já não era mais. Eu? Bom, eu também já não me comparava tanto com Jason. Quer dizer, não tanto quanto antes. Tínhamos resolvido uma briga de décadas entre os chalés de Atena e Hefesto ao recuperar o Aegis, o que, convenhamos, era um feito histórico. E o melhor de tudo? Todos os nossos amigos estavam namorando entre si agora, o que significava que poderíamos organizar vários encontros em grupo sem ninguém ficar de vela — que costumava ser eu.

E era exatamente isso que estávamos fazendo: assistindo a um filme de ação em um cinema de Nova York, curtindo nosso momento de paz.

Assim como Percy e Annabeth, eu e Ariadne também dividíamos um balde de pipoca, metade salgada, metade doce. Claro que eu estava devorando a parte doce. Como se minha hiperatividade natural não fosse suficiente, eu claramente precisava de mais uma dose de açúcar para elevar meus níveis de energia ao impossível. Quer dizer, por que ser normal quando você pode ser uma máquina de pipoca doce em movimento?

Ariadne deu uma risadinha enquanto eu pegava mais um punhado de pipoca doce. Eu sabia o que ela estava pensando — algo entre "você vai ficar insuportável daqui a pouco" e "eu não vou te impedir porque você está adorável demais agora".

O filme era bom. Explosões, heróis fazendo coisas impossíveis, vilões com planos mirabolantes. Mas a verdade? Eu estava mais interessado na sensação da cabeça dela no meu ombro, no fato de que a gente estava ali, sem precisar se preocupar se um monstro gigante ia sair da tela e nos atacar.

— Tá gostando do filme? — eu sussurrei, só para puxar papo, porque, pra ser honesto, eu nem estava prestando muita atenção.

— Tá legal — ela respondeu, a voz tranquila, mas com aquele brilho nos olhos que eu amava. — Mas estou mais interessada em saber quantos baldes de pipoca você ainda consegue devorar antes de explodir.

Eu ri baixinho, tentando não deixar o balde cair no processo.

— Isso aqui? Moleza. Aposto que consigo mais um balde inteiro fácil — desafiei, piscando para ela.

Ela revirou os olhos, mas com um sorriso que mostrava que, no fundo, ela gostava das minhas piadas idiotas. Era uma daquelas coisas que me faziam amá-la ainda mais.

𝐀 𝐅𝐋𝐄𝐂𝐇𝐀 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 | 𝐿𝑒𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑑𝑒𝑧Onde histórias criam vida. Descubra agora