༺𝑷𝑹𝑶𝑳𝑶𝑮𝑶༻

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5 Meses antes do Dia D
Sexta- Feira, 14:35

Fazenda

Andrés de Fonollosa, codinome (Berlim), caminhava silenciosamente pela casa onde passaria os próximos 5 meses com mais oito pessoas, incluindo seu irmão mais novo. Tinha cerca de 1 semana desde que chegaram ali e ele já achava aquilo incrivelmente tedioso, por mais que amasse seu irmão e faria de tudo para honrar ele e seu falecido pai. Berlim chegou até uma das varandas da enorme casa e se sentou observando a paisagem. A paisagem era incrivelmente bela.

-

Berlim?! - Se virou dando de cara com o homem mais velho.

O olhou brevemente e o convidou a sentar com ele.

- O que deseja querido, Moscou? - O homem sorriu ladino.

- Professor pediu que fosse ao mercado da cidade, as coisas estão acabando.

O homem revirou os olhos impaciente e sorriu irônico.

- Não deveria ser função da Tokyo e Nairóbi? Não sou um homem de fazer compras...

O mais velho respirou fundo e se levantou tirando o papel do bolso, junto com o dinheiro falsificado que Nairóbi fez e jogando no colo do outro.

- Anda logo antes que o Professor venha.

Berlim bufou quando viu o mais velho dar as costas e ir embora, pegou a bendita lista e andou em direção ao carro.

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Cidade de Torrelodones

A garota corria como se não ouvesse amanhã, ela sentia suas pernas doer e seu pulmão arder por falta de ar mas mesmo assim não parava de correr, esbarrando nas pessoas e pedindo desculpas.

- VOLTE AQUI SUA LADRA - Ouviu seu padrasto gritar enquanto ela se metia no meio de um beco.

A garota desesperada vendo que o beco era sem saída e ouvindo que seu padrasto se aproximava, ela não teve escolha a não ser se enfiar em um carro vermelho que estava estacionado ali, por sorte ela era muito boa em abrir fechaduras.

- Cadê essa vadiazinha - Ouviu o homem falar entre dentes enquanto ela se afundava mais e mais atrás do banco do passageiro, por sorte seu padrasto era burro como uma pedra.

Quando ela ouviu os passos dele se afastando do carro, a menina suspirou de alívio.

- Presumo que deveria chamar a polícia por invadir meu carro, não? - A menina congelou quando ouviu uma voz rouca e com tom irônico.

A jovem se levantou devagar e virou para o banco do motorista onde viu  um homem mais velho e muito bonito sentado enquanto a olhava com um sorriso irônico e carregado de deboche.

- P-por favor...

A garota implorava a Deus que o homem bem bonito a sua frente não a entregasse para a polícia.

- Ou devo chamar o homem que a está procurando, certamente você roubou algo dele. - O homem se virou um pouco e riu quando viu a cara de pânico da morena a sua frente.

-Prefiro que me entregue para a polícia, se assim quiser.

A menina morria de medo por dentro mas nunca demonstraria, mesmo que os olhos castanhos escuros a intimidassem tanto.

𝑷𝑨𝑹𝑰𝑺 - 𝐴𝑛𝑑𝑟𝑒𝑠 𝐹𝑜𝑛𝑜𝑙𝑙𝑜𝑠𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora