FOUR

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12 horas de assalto
Sexta-feira

12 horas de assaltoSexta-feira

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Sofía Pov

Eu particularmente nunca assaltei algo grande o bastante para ficar na história, muitos foram furtos na casa de algumas pessoas, lojas de conveniências, mercados e por aí vai... Meu pai não era presente e não fazia questão também, mas mandava a pensão que por lei ele era obrigado, mas apenas a pensão não supria a necessidade de dois adultos, um adolescente e duas criança. Meu padrasto era um porco, só sabia viver em puteiros torrando toda minha pensão, minha mãe era uma puta babaca e fazia tudo que meu padrasto queria, então para os meus irmãos não passarem fome, tive que fazer algo.

Hoje sendo refém de um grupo de assaltantes na Casa da Moeda, eu tenho certeza que esse roubo iria entrar para história, ou eles serão os filhas da puta mais sortudos do mundo ou virarão estatística.

Quando a minha ficha caiu que o líder dos assaltantes, era o cara que eu passei os últimos 4/5 meses juntos, eu não sabia o que fazer, não sabia se botava a boca no trombone na primeira oportunidade ou me juntava a ele para vivermos tudo que sonhávamos. Afinal, ele foi um baita cuzão comigo, era isso que se passava na minha mente enquanto eu me sentava na cadeira em sua frente.

Vejo ele sorrir enquanto abaixa as pernas e dispensa o grandão que eu nomeei mentalmente de "ursão", cruzo os braços e o encaro vendo o quão sexy esse desgraçado continua.

- Muito bom ver a senhorita. Me recordo que quando nós conhecemos disse que tinha 24 anos e não que era uma criança no colégio.- Morde os lábios nervosa, sabia que uma hora isso iria acontecer. -Espero que tenha uma boa explicação, Amor.

Reviro os olhos com o "Amor", me inclino sobre sua mesa e apoio meus braços encarando o friamente.

- Desde quando te devo satisfação, amor? - Sorrio de lado vendo ele olhar rapidamente para meus lábios e voltar a encarar meus olhos. - Pelo que não me falha a memória, você me largou apenas com um bilhete, então, acho que estamos quites.

Voltou a me encostar na cadeira e sorrio vendo seu sorriso morrer.

- Eu tinha meus motivos, Sofía.

Meu nome soa tão bem em seus lábios. Foco Sofía.

- Agora os vejo. - Abro os braços olhando em volta. - A casa da Moeda, ou vocês são muito burros ou muito corajosos suponho.

Me levanto enquanto falo, me encaminho em direção a janela e abro de leve a cortina, vejo dezenas de polícias acampados lá fora. Berlim se levanta e anda calmamente em minha direção, continuo olhando para fora o ignorando.

- Preferia que você usasse o termo, - Ele chega por trás de mim pondo sua mão em minha cintura, fecho os olhos na intenção de me controlar e não cair em seus truques, chega bem perto do meu ouvido e sussurra - Audaciosos...

𝑷𝑨𝑹𝑰𝑺 - 𝐴𝑛𝑑𝑟𝑒𝑠 𝐹𝑜𝑛𝑜𝑙𝑙𝑜𝑠𝑎 Onde histórias criam vida. Descubra agora