Eu já esperava que viessem atrás do Connor. Está tudo correndo como o planejado. Ele ficou nervoso. A sua inquietação só provou que eu estava certo sobre como ele reage nessas circunstâncias.
- Eu posso usar o banheiro? - perguntou.
- Quando quiser. - respondi. Connor saiu rapidamente após agradecer. Notei que ele foi na direção oposta do banheiro. Para onde ele estava indo, afinal? De repente, eu senti como se alguém estivesse apontando uma mira em minha cabeça. Logo, me virei e com um movimento rápido, puxei a minha arma e então disparei contra um homem de terno escuro. "Que previsível." Pensei. Rápido, eu me agachei e me aproximei do corpo do homem que acabei de matar. Tive a certeza de que não era um indivíduo do Landon Westcott, pois era muito previsível. Se fosse um "Eek", eu estava mesmo encurralado. Ouvi passos de pessoas que eu não conseguia identificar atrás de mim. Peguei a arma do cara morto e virei para trás. E com as duas armas, atirei em três homens armados que estavam esperando o momento certo para cometerem tal ato. São homens que estão atrás do Connor. Aliás, mandaram poucos homens. Uma estranheza e tanto.Falando no garoto, lá estava ele com seu brilhante plano de fuga em ação.
Connor estava fora da loja, correndo pelas ruas, como se fosse um louco que acabou de fugir do hospício. Será que seu plano daria certo?
- Alguém me ajuda, por favor! - dizia ele. Connor corria e gritava sem rumo. Seus pés estavam descalços, então ele sentiu um calor fervente em sua parte inferior. As pessoas olhavam assustadas. Elas passavam longe dele ou fingiam que ele nem estava pedindo por ajuda. Seus lindos olhos clamavam por uma liberdade restrita. Ele achava mesmo que seria escutado nessas condições deploráveis? Connor foi para um mercado depois de tantos lamentos.
- Bom dia. O que vai querer? - disse a funcionária.
- Por favor, me ajude! - disse com uma voz falha e ofegante.
- Você não parece bem. O que aconteceu? - perguntou ela. Connor estava assustado e quase sem fôlego. Seu corpo estava em pânico. - Ai meu Deus. Certo, vamos sentar um pouco? - ela perguntou. A funcionária trouxe uma cadeira de madeira antiga. Connor se sentou nela com dificuldade. Ele estava em alerta. Suas mãos tremiam rapidamente e seu coração estava acelerado. - Você pode me dizer qual é o seu nome? Você está tremendo e eu queria poder te ajudar e ligar para os seus pais. - ela disse.
- Eu sou o Connor. - ele se apresentou. Ele acreditava que aquela mulher era um anjo disfarçado de uma funcionária de mercado. Ela era meiga e prestativa. Certamente cuidadosa.
- Connor é um nome muito bonito. O meu nome é Mary. Você pode me dizer o que aconteceu? Eu posso te ajudar ou posso ligar para a polícia. - ela disse.
- Sim, por favor. Ligue para a polícia imediatamente. - ele pediu. Connor sabia dos riscos que eram os de ligar para a polícia e mesmo assim não pensou nisso.
- Fique calmo. Eu irei ligar, certo? - ela disse.
- Tudo bem. - ele respondeu. Mary pegou seu celular e digitou um número de emergência. Era o número da polícia mesmo. Connor seria salvo no final? Ele se animou ao ver Mary conversando com um policial. Estava sem acreditar. A mulher soltou seu celular após alguns minutos. Ela deu um sorriso positivo e olhou com esperança para Connor.
- Tudo o que devemos fazer agora é esperar. Vai dar tudo certo, confiança! - ela disse.- Muito obrigado, de verdade. Eu serei eternamente grato pela sua ajuda. - ele disse.
- Quando você chegar em casa, peça desculpas aos seus pais por ter fugido, ok? - Mary pediu.
- Eu irei. Não se preocupe, Mary.
- Me ligue quando estiver bem. - ela disse. Ela estava sorrindo, mas seu sorriso, aquele sorriso sumiu quando Mary foi atingida com uma bala na cabeça, não, uma não, foram várias. E se eu pudesse contar, diria que foram treze disparos feitos contra sua cabeça. O sangue dela jorrou no rosto de Connor e se espalhou rapidamente pelo piso do mercado. Ele soltou um grito de desespero. Sentiu aquele aperto novamente, aquela sensação de quando o Landon entrava no quarto no meio da noite. Connor caiu da cadeira e se arrasou para trás enquanto viu um grupo de homens entrando no local, quebrando tudo.
- Peguem ele. - disse um deles. Connor se perguntava: Por que? Por que eu sempre acabo nas mãos do Landon por mais que eu tente fugir? Eu achei que eu estivesse correndo do Hunter, mas eu sabia que eram os homens do Landon. Por isso eu corri, por isso não vi outra alternativa.
- Coloquem ele dentro do carro. Nós temos que evacuar agora. - ordenou. Esse homem parecia ser o líder daquele grupo. Quando um dos homens se aproximou de Connor, de repente, houve um barulho de algo caindo no chão. Uma fumaça surgiu no lugar. Ninguém conseguiu ver o que era.
- O que é isso? - perguntou um dos homens.
- Que merda está acontecendo? - outro homem perguntou, intrigado.
- Eles estão aqui! - gritou o terceiro. A dúvida e o desespero tomaram conta deles. A cegueira foi o ato ideal que fez todos temerem. E em pouco segundos, diversos disparos foram feitos em direção ao mercado local. Connor se arrastou para atrás do balcão e então ficou abaixado. Os tiros continuaram por vários segundos, sem hesitação. Após um tempo, um silêncio mortal reinou no lugar que agora está destruído. Passos foram ouvidos, junto com o som de um gemido de um corpo ainda vivo.
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Quando um Mafioso é meu herói
AksiyonConnor é um garoto que nunca se deu bem na vida. Ele era obrigado a trabalhar para Landon Westcott, que é um chefe da máfia que o trata como animal. Landon matou os seus pais, e então criou Connor como seu filho ou sua "esposa." Um dia, o rival prin...