ESSA AÇÃO TERÁ CONSEQUÊNCIAS

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O governador achava mesmo que eu não sabia os seus passos? Connor foi uma pequena ajuda, mas eu já desconfiava desse velho imundo mesmo. Ele está convencido de que venceu, devo esperar mais um pouco ou ainda está cedo?
- Mesmo sabendo que ia morrer, você veio até aqui. Eu não conheço ninguém mais suicida. - ele disse. Rubens sempre foi muito otimista. É fácil tirar vantagem de alguém que pensa tão alto e subestima sempre os seus oponentes.
- Por que você quer me matar? - perguntei. Eu provavelmente não deveria perguntar esse tipo de coisa, mas já que estamos aqui, pensei.
- o Landon é o cachorrinho do Esquadrão Escarlate, você acha mesmo que eu ia ficar do seu lado? - respondeu.
- É um argumento convincente. Você estava conspirando contra mim todo esse tempo? Francamente, eu não esperava menos de um peão do Westcott. - eu disse. Ele emburrou sua face. Velho estúpido.
- Nós iremos pegar o garoto de volta a todo custo, Hunterson. - disse.
- Vai ter que tirar a minha vida. Mas você e seu grupo conseguem me matar? Eu tenho certeza que não. - eu disse.
- Ele nem deve ser tão importante para você. Por que está atrapalhando os nossos planos? - perguntou. Isso é óbvio.
- Porque eu detesto perder. - respondi. Rubens virou-se e andou até mim. Apontou sua arma para o meu peito e olhou fixamente em meus olhos.
- Ele pertence ao Landon, não a você. Não há nada que Landon não possa ter. - ele disse.
- Tem uma única coisa: ele não pode ter o Connor e jamais o terá de volta. - falei.
- Eu ainda quero ser bondoso com você. Entregue o garoto ou então eu mato você aqui mesmo. - ele disse.
- Você tem noção de quão ousado você está sendo? Não faz a mínima ideia do que eu posso fazer com você, Rubens. - eu respondi.
- E o que você faria? Você vai amaldiçoar às minhas futuras gerações? Não seja um tolo, Hunterson. Assim que eu colocar minhas mãos no menino, eu irei fingir que sou você e vou comer ele com tanta vontade, que ele sentirá que um animal está entrando dentro de seu corpo frágil. Eu quero ouvir os seus gritos, quero ver ele arranhando a minha pele enquanto estamos transando em cima de seu cadáver. - disse Rubens. Aquelas palavras me causaram uma sensação de ódio e nojo extremo. Eu já imaginava que o governador fosse um velho nojento, mas agora eu tinha minha certeza. E com os meus conhecimentos, eu irei executar o plano perfeito.
- Você vai se arrepender de ter dito isso. Eu quero ver você lamentar até o seu último suspiro nesse mundo. - eu disse.
- Eu vou deixar um pouco para você também. - ele disse. Rubens deu um sorriso malicioso e perverso, que só um homem doente o faria. Sua mente é tão podre que ele verá ironia em suas palavras. Eu declaro prisão perpétua, mas não em uma cadeia genérica, e sim na minha cadeia mental. Um disparo de fuzil ecoa pela sala vazia. A bala disparada atravessou o braço do governador. Ótimo, agora eu posso olhar para o seu rosto sujo.

E naquela pequena casa pacata, onde habitava uma criança e antes, seu falecido irmão, agora habitará mais dois estranhos homens.
- Oh, está ficando muito tarde. Vocês estão indo? - perguntou Valerie.
- Na verdade, já devíamos ter ido há uma hora atrás. O que você acha? - perguntou Gavin.
- Nós podemos sair assim? - perguntou Connor. A aflição de deixar uma pobre menina sozinha era grande. Mas um sentimento ansioso era inegável.
- Você disse que iria comigo antes do chefe voltar. Connor, ele já deve estar em casa. - respondeu Gavin.
- Eu sei, mas algo em mim diz que é para eu permanecer aqui, com ela. - disse Connor. O clima tenso estava pairando sob a casa exageradamente colorida.
- São às nossas vidas ou a vida dele. - disse Gavin.
- Eu achei que você gostasse de crianças. - disse Connor.
- Eu amo crianças, mas não podemos fazer mais nada. Como quer levá-la para fora do país? - perguntou Gavin.
- Hunter. Se eu pedir, talvez ele faça. - respondeu Connor.
- Não parece uma má ideia, mas estamos ficando sem tempo. - disse Gavin.
- Nós vamos conseguir. - disse Connor.
- Antes de irem, vocês podem passar no mercado e trazer algo para mim? Por favor. - perguntou Valerie. Gavin olhou para Connor, Connor entendeu o recado.
- Eu posso ir sim. Qual é o mercado mais próximo? - perguntou Connor. Gavin estava inquieto.
- Na segunda rua da esquina seguindo pela direita. - respondeu Valerie.
- Entendi. Fique aqui, Gavin. Eu prometo que voltarei antes e que serei cuidadoso. - disse Connor.
- Tem mesmo certeza disso? - perguntou Gavin.
- Sim. Não vai acontecer nada comigo, não se preocupe. - respondeu Connor. Ele então saiu despreocupado. Gavin conteve sua preocupação e então focou na alegria de Valerie.

Quando um Mafioso é meu heróiOnde histórias criam vida. Descubra agora