Novos Começos

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Tony inspirou profundamente antes de falar, segurando firme Peter contra o peito enquanto Stephen permanecia ao seu lado. Ele olhou para os Vingadores reunidos no saguão e se preparou para estabelecer os limites.

— É o seguinte: vocês podem usar os dois primeiros andares da Torre — começou Tony, com a voz calma, mas sem margem para discussão. — Isso inclui os quartos, as áreas de lazer, o campo de futebol, o cinema, a quadra de basquete, as salas de treinamento, a cozinha e a área de pouso, entre outros, vocês já sabem quais. Tudo isso é de vocês agora.

Os olhares entre os Vingadores eram cautelosos. Eles sabiam que, apesar do tom aparentemente casual de Tony, havia regras que não poderiam ser ignoradas.

— Mas o terceiro andar é off-limits — Tony continuou, sem rodeios. — É onde ficam o meu quarto e o do Peter. Ninguém sobe lá.

Steve abriu a boca para argumentar, mas Stephen deu um passo à frente, interceptando com um olhar firme, o que fez Steve se calar. Tony continuou, sem prestar atenção ao breve confronto silencioso entre os dois.

— O laboratório também está fora dos limites — acrescentou Tony, passando uma mão pelos cabelos, um hábito quando estava estressado. — Se eu pegar qualquer um de vocês lá... — Ele fez uma pausa, o suficiente para que a ameaça não precisasse ser verbalizada. — Vamos evitar problemas, certo?

Natasha assentiu em silêncio, dando um passo adiante para quebrar o momento de tensão.

— Entendido. A gente só quer cooperar, Tony.

Clint deu um assobio baixo, tentando aliviar o clima.

— A Torre está mais equipada que nunca. Golfe, boliche e até campo de futebol? Parece que alguém finalmente decidiu que luxo não era suficiente.

Tony lançou um olhar exausto para ele, mas uma sombra de um sorriso ameaçou aparecer.

— Bom, espero que aproveitem.

Peter se remexeu nos braços de Tony, e o gênio olhou para o bebê, suavizando a expressão.

— É isso. Façam o que quiserem nos andares permitidos, mas lembrem-se das regras.

Com isso, ele virou-se, acenando com a cabeça para Stephen, indicando que estava pronto para subir. Stephen trocou um olhar rápido com Steve, apenas o suficiente para deixar clara a mensagem: "Não ouse cruzar essa linha."

Enquanto Tony e Stephen se afastavam em direção ao elevador, Natasha virou-se para os outros Vingadores.

— Bom, parece que teremos uma nova rotina pela frente.

Steve ficou parado por alguns segundos, observando Tony se afastar com Peter nos braços e Stephen ao seu lado. Algo dentro dele se revirava, mas ele sabia que teria que se segurar... pelo menos por enquanto.

— Vamos nos acomodar. — Natasha sugeriu, rompendo o silêncio desconfortável. — E sem pisar nos laboratórios, hein, Barton.

Clint ergueu as mãos em rendição, sorrindo de leve.

— Tá, tá. Só vou procurar a sala de cinema.

Com isso, o grupo começou a se dispersar, explorando os andares que agora seriam seu novo lar temporário. Mas todos sabiam que, apesar da fachada pacífica, a verdadeira tempestade estava apenas começando.

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Assim que as portas do elevador se fecharam, Tony soltou um suspiro pesado e descansou a cabeça contra a parede metálica. Peter já havia adormecido, e a presença silenciosa de Stephen ao seu lado era estranhamente reconfortante. O mago não disse nada, apenas manteve uma mão gentil nas costas de Tony, oferecendo um apoio silencioso.

— Eu não sei no que estava pensando ao deixar eles entrarem — Tony murmurou, como se falasse consigo mesmo.

Stephen lançou um olhar atento a Tony.

— Você fez o que precisava fazer, Tony. Nick nunca deixaria eles longe por muito tempo. Pelo menos agora você tem controle sobre onde eles podem ou não pisar.

Tony bufou, um sorriso cansado aparecendo por um momento.

— Controle. Isso é uma palavra forte. Eu só espero que eles não destruam meu boliche.

Stephen riu baixinho, o som suave fazendo Tony se sentir um pouco mais leve. O elevador parou no terceiro andar, e as portas se abriram com um leve "ding". Tony ajustou Peter nos braços e começou a caminhar em direção ao quarto do bebê, Stephen o seguindo de perto.

Tony abriu a porta e colocou Peter suavemente no berço, puxando a coberta até o pequeno que ressonava tranquilamente. Ele ficou ali por um momento, observando o filho, antes de se afastar e encontrar Stephen de braços cruzados na porta.

A luz suave do quarto iluminava o rosto de Stephen, e Tony sentiu uma onda de gratidão por tê-lo ali. Stephen era uma âncora em meio ao caos que se tornara sua vida.

- Você está mais lindo dês da primeira vez que eu te vir - Diz Stephen calmamente.

Tony sorri envergonhado

— Obrigado por estar aqui — Tony disse, sua voz baixa. Ele estava começando a perceber o quanto a presença de Stephen significava para ele.

Stephen desfez os braços e se aproximou, seu olhar fixo em Tony com uma intensidade que fazia o coração de Tony acelerar.

— Sempre estiver aqui, Tony — respondeu Stephen, sua voz carregada de sinceridade. — Você não precisa passar por tudo isso sozinho, não mais.

O silêncio entre eles se estendeu, carregado de uma tensão que Tony nunca havia sentido antes. Ele olhou nos olhos de Stephen, sentindo-se atraído por tudo o que o mago representava. Era como se, nesse momento, todas as dores e medos que sentira desaparecessem, substituídos por uma nova esperança.

Stephen deu um passo à frente, encurtando a distância entre eles. O olhar de Tony se fixou nos lábios de Stephen, e ele prendeu a respiração, quase esperando que algo acontecesse. Então, em um movimento decidido, Stephen segurou o rosto de Tony com uma mão e, com um brilho intenso nos olhos, inclinou-se para frente, capturando os lábios de Tony em um beijo suave e carinhoso.

O beijo começou terno, mas logo se aprofundou, enquanto Stephen puxava Tony para mais perto, envolvendo-o em um abraço caloroso. Tony sentiu a emoção transbordando dentro dele, como se todas as barreiras que havia construído ao longo do tempo estivessem desmoronando.

Quando finalmente se afastaram, ambos ofegantes, um sorriso nervoso se espalhou pelo rosto de Tony. Ele estava surpreso com a intensidade do que acabara de acontecer, mas ao mesmo tempo, uma sensação de alívio tomou conta dele.

— Stephen... — Tony murmurou, a mente ainda processando o que havia ocorrido.

— Só precisava dessa chance, você é tão perfeito — Stephen respondeu, seu olhar cheio de emoção.

Tony não conseguiu conter o sorriso, sentindo uma esperança renovada se formando dentro dele. Ele sabia que, independentemente do que acontecesse, Stephen estaria ao seu lado, e isso era tudo que ele precisava naquele momento.

- Pera, você disse "eu sempre estive aqui"?? - Tony pergunta se tocando o que mago falou.

- Eu disse???

entre luz e sombras {ironstrange}Onde histórias criam vida. Descubra agora