**Flashback**
O barulho ensurdecedor da batalha ainda ecoava em sua mente. Tony Stark sentia como se o mundo estivesse desmoronando ao seu redor. O confronto com Steve havia deixado cicatrizes profundas, não apenas em seu corpo, mas também em sua alma. A cena que se desenrolara diante dele ainda o assombrava. Ele se lembrava de Steve levantando o escudo, e uma onda de desespero tomou conta dele, fazendo seu coração disparar. Por um momento, ele pensou que seria o fim.
“Não, não, não!” foi o pensamento que ecoou em sua cabeça. Mas, no meio do caos, a única coisa que importava era Peter. A imagem do pequeno bebê, seus olhos brilhantes e sorriso inocente, iluminou sua mente em meio à escuridão. Ele desejava desesperadamente voltar para casa e proteger o filho que ele e Steve tinham adotado juntos, mesmo que agora tudo estivesse em ruínas. Mas Steve não o matou; ao invés disso, foi embora com Bucky, deixando Tony ali, ferido e vulnerável.
Após o resgate, quando finalmente chegou em casa, as paredes da Torre dos Vingadores pareciam oprimidas, como se o ambiente estivesse absorvendo sua tristeza. Ele se sentou no sofá, a exaustão pesando sobre ele, e assim que ouviu o choro familiar de Peter vindo do quarto, um instinto incontrolável tomou conta dele. Com passos rápidos e trêmulos, ele se dirigiu até o berço.
Ali estava Peter e ao olhar para aquele pequeno ser, uma onda de amor e dor misturou-se dentro dele. “Eu não vou deixar nada acontecer com você, eu prometo.” Com os braços finalmente envolvendo o bebê, Tony o puxou para perto. O cheirinho de leite e o calor do corpo de Peter eram reconfortantes. Enquanto o segurava, lágrimas começaram a escorregar pelo rosto de Tony.
- Agora será eu e você - murmurou Tony com voz chorosa
Ainda com lágrimas escorrendo pelo rosto, Tony continuou abraçando o filho com intenção de dizer que ele estava ali agora, nada iria tirar de perto dele novamente.
Peter chorava, Tony não sabia ser era por está o apertando demais, por saudades, por fralda suja ou por fome ou pelo simples fato que ele sentia a tristeza do pai.
— Desculpe, meu pequeno, — ele murmurou, beijando a cabecinha de Peter repetidamente. O choro do bebê se acalmou em seus braços, e ele se sentiu um pouco mais inteiro. — Eu estou aqui, você é tudo o que eu tenho agora.
Os dias foram passando, a vida de Tony se tornou uma batalha totalmente diferente. Ser pai era uma experiência maravilhosa, mas também esmagadora. Peter chorava frequentemente, e cada choro parecia ser um lembrete de que ele estava sozinho nessa luta. A cada noite, quando o bebê não conseguia dormir, Tony se via em um ciclo de pânico e frustração.
— Vamos lá Peter, colabora — diz Tony, tentando se acalmar enquanto balançava Peter no colo, tentando encontrar a posição certa que o faria parar de chorar. A pressão aumentava, e, em algumas noites, ele se pegava balançando e quase gritando junto com o bebê, “Por que você não para de chorar?, O que está acontecendo, eu não sei oque fazer, Por que isso agora, por que comigo” Mas, ao olhar nos olhos pequenos e confusos de Peter, ele se lembrava de que o bebê não tinha culpa de nada.
Até que um certo dia, Tony começou a sentir uma presença ao seu redor, como se alguém estivesse observando-o. No início, isso o assustava, fazendo-o olhar por cima do ombro, mas com o tempo, essa sensação se transformou em um conforto sutil. Ele se convenceu de que era apenas sua imaginação, uma forma de lidar com a solidão, mas não pôde ignorar a sensação de que alguém estava ali. Nos momentos mais difíceis, quando Peter chorava e ele se sentia completamente perdido, a presença parecia encorajá-lo a seguir em frente.
Até que em um certo dia, Peter estava calmo, sem muito choros ou estresse, a noite Tony pode relaxar, Peter havia dormido, Tony desceu de elevador, estava cansado demais pra usa as escadas, sentou se na sala e desfrutou do seu inseparável copo de whisky, aquela sala escura e gelada, barulho alto da chuva deixava aquele ambiente mais gelado, calmo ao mesmo tempo solitário, sem perceber Tony havia dormido no sofá.
Tony acordou outro dia confuso, "como vim para na cama? Acho que estava tão bêbado que vim que nem lembro" pensava gênio.
Uma noite, enquanto balançava Peter em seus braços e tentava cantar uma canção de ninar que não saía bem, Tony se perdeu em seus pensamentos. Ele olhou pela janela, observando as luzes da cidade de Nova York piscando na escuridão. Era bonito, mas solitário. E então, o choro de Peter o trouxe de volta à realidade.— Tudo bem, pequeno. Eu estou aqui. — Ele acalmou o bebê, segurando-o ainda mais perto. Peter, por sua vez, pareceu finalmente relaxar em seus braços. Ao olhar para o rosto sereno do filho, Tony sentiu que, de alguma forma, estava fazendo o certo. Mesmo que tudo ao seu redor estivesse desmoronando, ele ainda tinha Peter.
Esses três meses foram uma montanha-russa de emoções. Havia dias bons, quando o bebê sorria para ele e o mundo parecia mais leve. Mas também havia dias ruins, quando a solidão e a saudade o consumiam, ele finalmente estava dormindo todas as noites sem precisar acorda as madrugada para cuida de Peter, ele não sabia que milagre Peter finalmente começou a dormir a noite toda e acorda só no outro dia de manhã. Cada dia era uma nova luta, mas Tony estava determinado a ser o pai que Peter merecia, mesmo que estivesse lutando contra os próprios demônios.
Apenas quando o sol começou a nascer, iluminando a sala com uma luz suave, Tony percebeu que, apesar de tudo, ainda havia esperança. Ele olhou para Peter, agora adormecido em seu colo, e decidiu que não importava o que acontecesse, ele lutaria por eles. Afinal, ser pai não era apenas sobre proteção; era também sobre amor, e ele estava pronto para dar o seu melhor, não importando as dificuldades.
Havia ser passado três meses dês que os vingadores se foram, em uma noite Tony havia recebido ligação de Nick Fury avisando que Steve estava sendo controlado pela Hydra a anos, dando aviso que ser algum momento Steve fez algo a culpa era da Hydra, Tony só concordou e desligou celular, Peter em seu colo dormindo Tony só pode deixa lágrimas silenciosas deslizarem pelo seu rosto, nenhum dos vingadores, ninguém da shield sabia oque Steve fazia com ele, mesmo ser soubesse culpariam a Hydra, afinal ele e o capitão América, jamais machucaria alguém, Tony chorou, com Peter ainda no copo ele pegou a garrafa de whisky e volto a senta no sofá, se afundando na bebida sentindo aquela presença novamente como se tivesse alguém o vigiando mas dessa vez ele não se importou.
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entre luz e sombras {ironstrange}
FanficApós a ruptura dos Vingadores e um relacionamento marcado por traições e feridas profundas, Tony Stark vive isolado na Torre. Perdido entre as sombras de um passado que não consegue esquecer, sua vida solitária toma um rumo inesperado quando Stephen...