O Internato Saint Claire era mais do que uma escola para os futuros herdeiros do mundo - era um santuário de luxo e prestígio, onde os filhos e filhas dos mais ricos aprendiam a carregar o peso de seus sobrenomes. Entre eles, estava Eva Ferrari, cuj...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
EVA FERRARI
Acordei de repente, sentindo o vazio no quarto ao meu redor. Meu olhar se fixou na cama de Savanna — arrumada, vazia, e sem sinal de que ela voltaria. Minha melhor amiga havia se mudado para outro país, e agora eu estava prestes a dividir o quarto com uma pessoa nova. "Ai, que ódio", pensei, ainda sonolenta, enquanto me arrastava para fora da cama. Me aproximei do espelho, observando o completo desastre que eu estava. Os cabelos loiros estavam bagunçados, com algumas mechas teimosas caindo sobre meu rosto, e as olheiras denunciavam uma noite mal dormida.
Bufei, indo direto ao banheiro para fazer minha higiene matinal. Tomei meu tempo, mas o incômodo de saber que uma desconhecida invadiria meu espaço já começava a me consumir. Depois de uma rápida ducha, vesti o uniforme impecável do Saint Claire: o blazer azul marinho com um corte perfeito, a camisa social branca, as meias 3/4 que completavam o visual, e os mocassins lustrosos. O toque final, é claro, era o laço que usávamos como gravata e, com orgulho, prendi no meu blazer o brasão da minha família — o icônico emblema da Ferrari.
Antes de sair, peguei meu celular e disparei uma mensagem para o grupo das meninas.
"Já estou descendo. Me esperem na frente do refeitório."
Com a mochila da Louis Vuitton pendurada no ombro, desci as escadas do dormitório e segui para o hall principal. Ao avistar o grupo, meu humor melhorou um pouco. Hailer foi a primeira a me notar.
— Bom dia, meus amores! — disse com animação, forçando um sorriso. Hailer foi a única que correspondeu com o mesmo entusiasmo.
— Bom dia, gostosa! — Hailer praticamente gritou, um brilho malicioso nos olhos. Alta, magra e com seus olhos azuis penetrantes, ela tinha um magnetismo inegável. Os cabelos castanhos caíam em ondas, e ela exibia um sorriso de quem definitivamente tinha aprontado na noite anterior.
— Que isso, Hailer? Deu ontem, né, sua piranha? — Jenna comentou, rindo alto. Ela era pequena, de pele morena e cabelos pretos, com uma energia sempre contagiante. Sua ascendência latina era evidente em suas feições marcantes e olhos escuros.
— Dei, e foi ótimo, tá? — Hailer respondeu com um sorriso travesso, já saindo na frente com passos firmes.
Enquanto eu me aproximava mais das meninas, Sydney se virou para mim com um olhar curioso. Ela era quase da minha altura, mas o que mais chamava atenção nela eram os cabelos loiros e os olhos azuis brilhantes. Ah, e claro, o corpo dela, com seus seios volumosos, sempre atraía olhares.
— E aí, Eva, como está com a notícia da nova colega de quarto? — Sydney perguntou, mexendo nos cabelos enquanto me analisava.
Eu suspirei, revirando os olhos.
— Um saco, né? Eu queria que meu pai tivesse alugado o quarto só pra mim, mas... a escola não permite. — Dei de ombros, frustrada.
— Isso é ridículo. — Jenna balançou a cabeça, concordando. — Imagina se colocam uma esquisitona no seu quarto?
