O Internato Saint Claire era mais do que uma escola para os futuros herdeiros do mundo - era um santuário de luxo e prestígio, onde os filhos e filhas dos mais ricos aprendiam a carregar o peso de seus sobrenomes. Entre eles, estava Eva Ferrari, cuj...
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EVA FERRARI
A tensão da noite ainda estava no ar quando entrei no quarto e vi Billie já lá, deitada na cama, parecendo tranquila demais para alguém que acabara de sair de uma festa cheia de provocações. Ela mal levantou o olhar do celular, mas senti que sua atenção estava em mim desde o momento em que cruzei a porta.
— Chegou cedo, Eilish. — Falei, enquanto tirava o casaco, jogando-o sobre a cadeira. — Pensei que você ia "comer" a Bárbara ou a Odessa. — Minha voz saiu afiada, com aquele toque de provocação.
Billie finalmente me encarou, os olhos azuis escuros, visivelmente irritados. — Não é da sua conta, Eva. — O tom dela era frio, mas eu sabia que a provocação tinha a atingido.
Sorri com a resposta curta. — Nossa... Santa grosseria, hein? — Respondi, desabotoando as botas e as tirando lentamente. A tensão entre nós só parecia crescer.
Billie ficou me observando, seus olhos não saíam de mim. Eu sabia que ela estava acompanhando cada movimento meu. Quando tentei alcançar o zíper do meu vestido, me vi lutando com ele. Estava difícil de abrir. Soltei um suspiro frustrado.
— Você... — Ela começou, se levantando da cama devagar, mas parou quando viu minha tentativa falha de puxar o zíper.
— Eu o quê? — Retruquei, sem me virar, os dedos ainda lutando contra o vestido apertado. Mas antes que eu pudesse terminar a frase, senti as mãos de Billie em minha cintura. Um choque percorreu meu corpo ao toque inesperado. Seus dedos deslizavam pelo tecido até alcançarem o zíper, puxando-o lentamente.
O vestido deslizou pelos meus ombros e caiu ao chão, deixando minha pele exposta, já que eu estava sem calcinha, fruto daquela provocação anterior no armário. Por um segundo, o ar no quarto ficou pesado, o silêncio entre nós mais forte que qualquer palavra que pudesse ser dita.
Billie permaneceu atrás de mim, seus dedos ainda na minha pele, como se hesitasse em se afastar. Eu podia sentir a respiração dela se tornar mais pesada, e a proximidade era quase insuportável. Seus olhos queimavam em minhas costas, e eu sabia o que estava prestes a acontecer. A pergunta pairava no ar, sem que nenhuma de nós dissesse.
— Vai continuar só me olhando, ou vai fazer alguma coisa?— Minha voz saiu baixa, um desafio que eu sabia que ela entenderia.
Billie riu suavemente, um som rouco que fez minha pele arrepiar. — Você é um problema, Ferrari. — Ela sussurrou em meu ouvido, as mãos ainda vagando por minha cintura, como se ponderasse o próximo passo.
Eu me virei devagar, olhando nos olhos dela, que estavam carregados de desejo. A noite parecia se esticar entre nós, e por um momento, tudo ao nosso redor desapareceu. Eu sabia que isso mudaria o que quer que existisse entre mim e Billie. Nada seria igual depois daquela noite, e talvez fosse exatamente isso que eu queria.
