Billie bossa nova

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EVA FERRARI

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EVA FERRARI

Cheguei no meu quarto, cansada, mas ainda agitada pelos eventos do dia. Me desfiz da saia e fiquei apenas com uma camisa social que descia até a polpa da minha bunda, um pouco aberta na frente, revelando partes da minha pele. Eu sabia que estava vulnerável, mas o quarto era meu espaço, meu refúgio.

Logo depois, ouvi a porta se abrir. Era Billie. Ela entrou sem dizer nada, passou por mim como se nada tivesse acontecido, e foi direto ao banheiro. Suspirei, revirando os olhos. Era sempre assim. Ela agia como se não houvesse nada de errado, como se todas as provocações fossem só uma brincadeira.

Eu me concentrei em arrumar minhas coisas na cômoda, calada. Mas mesmo de costas, sentia o olhar dela queimando em mim. Cada movimento meu parecia atrair sua atenção. Quando terminei de organizar a cama, finalmente ouvi a voz dela.

— Porra, Eva, não dá pra colocar o caralho de uma roupa? — Billie soltou de repente, sua frustração evidente.

Eu me virei para ela, cruzando os braços.

— Eu estou no meu quarto, os incomodados que se mudem. — Falei, mantendo a voz calma, mas firme.

Billie se levantou da cama, jogando o celular de lado. O jeito como ela me olhava era intenso, como se estivesse se segurando.

— Por favor, põe uma roupa, dá pra ver tudo com essa camisa que não cobre nada aí embaixo. — A voz dela estava rouca, como se a provocação estivesse a um passo de explodir.

Eu dei de ombros, me aproximando um pouco.

— Uma pena, né? E eu nem sei por que você tá olhando em primeiro lugar.

A feição de Billie se endureceu por um segundo, mas logo foi substituída por um sorriso predatório. Ela deu mais um passo em minha direção, parando a poucos centímetros de mim.

— Olha aqui, Eva... — começou, mas eu a interrompi antes que pudesse terminar.

— Olha aqui nada, Eilish. — Me aproximei mais, enfrentando-a de perto. — O que você vai fazer? Me bater?

Ela riu, mas não de um jeito leve. Era um riso baixo, carregado de algo perigoso. O olhar de Billie mudou, o sorriso no rosto dela se tornando mais intenso, quase desafiador.

— Se você soubesse o que eu realmente queria fazer com você agora... — Sua voz baixou, cada palavra saindo devagar, arrastada. Ela levantou a mão, alisando meu queixo suavemente, seus dedos frios contra minha pele quente. — Estaria de burca... porque bater não seria a única coisa.

Meu corpo ficou tenso por um segundo, o toque dela me provocando mais do que eu gostaria de admitir. Mas antes que eu pudesse reagir, ela se afastou, caminhando de volta para o banheiro com uma calma inquietante.

Fiquei parada, meu coração batendo forte enquanto o silêncio do quarto parecia se amplificar. A tensão no ar entre mim e Billie era palpável. Ela havia sumido atrás da porta do banheiro há um bom tempo, muito mais do que o normal. Continuei a mexer no celular, tentando me distrair, mas a curiosidade começou a falar mais alto.

Between walls- BILLIE EILISH G!POnde histórias criam vida. Descubra agora