O Internato Saint Claire era mais do que uma escola para os futuros herdeiros do mundo - era um santuário de luxo e prestígio, onde os filhos e filhas dos mais ricos aprendiam a carregar o peso de seus sobrenomes. Entre eles, estava Eva Ferrari, cuj...
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EVA FERRARI
Ele acariciou meu cabelo e sorriu, como sempre. — Tudo bem, Eva. Eu sempre estarei aqui para você, minha princesa. — E com isso, ele saiu do quarto.
Assim que a porta se fechou, o alívio temporário desapareceu, e a sensação esmagadora de raiva voltou. Eu menti para o meu pai e agora estava sozinha com isso. Fui direto para o banheiro, a água quente caindo sobre mim enquanto eu tentava acalmar meus nervos e pensar no que fazer. Não havia como voltar atrás; eu precisava resolver essa situação por conta própria. E isso significava lidar com Billie.
Depois de um tempo, já deitada na cama, ouvi a porta do quarto se abrir. Billie entrou, com aquele ar presunçoso de quem sabia que tinha o controle. Ela olhou para mim, e eu imediatamente senti a tensão aumentar no quarto. Mesmo com todo o ódio que sentia, sabia que estava prestes a entrar no jogo dela — e ia jogar conforme as regras, até encontrar uma saída.
—Contou ao seu papai Eva?
—Não Eilish não contei!
— Boa garota — disse Billie, segurando meu queixo com força, avaliando cada reação minha.
Eu sorri de volta, fingindo inocência, mas por dentro a raiva crescia.
— Olha, vai ter um rancho agora lá na pista de corrida... quer ir, não? — perguntei, tentando parecer casual.
Ela arqueou uma sobrancelha e inclinou a cabeça.
— E quem disse que você vai? — me estudando de cima a baixo.
Me aproximei, deixando meu corpo roçar levemente no dela, meus lábios perto do seu ouvido.
— Por favor, Eilish... deixa eu ir — sussurrei com uma voz provocante, e antes que ela pudesse responder, mordi levemente o lóbulo da sua orelha. — Posso te recompensar mais tarde... — finalizei com malícia.
Ela soltou uma risada baixa, ainda mantendo aquele brilho possessivo nos olhos.
— Tá, a gente vai... mas você vai ficar na porra do meu lado, Eva, e sem gracinha — disse, com um tom de aviso.
Levantei as mãos em rendição, tentando parecer inocente.
— Tudo bem — respondi com um sorriso atrevido, me afastando para ir ao banheiro.
Fechei a porta do banheiro, respirei fundo e me encarei no espelho, sentindo o calor da irritação subir. Estava ficando difícil manter a paciência com Billie e suas exigências, mas, por enquanto, precisava jogar o jogo. Tomei um banho rápido e escolhi minha lingerie preta favorita, fina, quase imperceptível sob o vestido vermelho justo que acentuava minhas curvas. O decote na perna mostrava uma boa parte da minha coxa, e eu completei o look com um casaco de couro preto e meu coturno da Prada. O visual estava impecável, provocativo.
